Vejam as notícias mais quentes de Tangará e Região com Luciana Menoli!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Fim da greve dos bancários: bancos lotados e prejuízos para empresas e correntistas

A maioria das agências bancárias do país retomou suas atividades ontem, após duas semanas de greve, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf – CUT). Em Tangará, a Caixa Econômica Federal foi a primeira agência a aderir à greve, no dia 04 de outubro. Depois, foi seguida pelo Basa e Banco do Brasil. Entre os privado, a agência do HSBC foi a única, na cidade, que seguiu a diretiva nacional. A cooperativa de crédito Sicred, o Itaú e o Bradesco não aderiram ao movimento.
Na noite da quarta-feira, até as 22h, dos 113 sindicatos filiados à associação, incluindo bancos privados e públicos, apenas 19 haviam rejeitado as propostas de reajuste salarial de 7,5% feitas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal.
"Fizemos a maior greve dos últimos 20 anos e faremos o melhor acordo desse período, pois a maioria já aprovou as propostas nas assembleias", afirmou o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro. Os bancários também conseguiram a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho de mecanismos de combate ao assédio moral e mais segurança no ambiente de trabalho. A proposta da Fenaban só não foi aceita no Maranhão e em Bauru (SP).
A paralisação teve início no dia 29 de setembro em âmbito nacional, quando os bancários passaram a reivindicar reajuste de 11%, valorização dos pisos salariais, maior participação nos Lucros e Resultados (PLR), medidas de proteção à saúde com foco no combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades, segurança contra assaltos e sequestros e fim da precarização via correspondentes bancários, entre outros pontos.
O levantamento de agências fechadas feito pela Contraf indica que a greve deste ano foi a maior das últimas duas décadas, superando, inclusive, a de 2009, quando os bancários paralisaram 7.222 unidades no dia de maior pressão do movimento.
MT – Em Mato Grosso, a decisão pelo retorno às atividades foi tomada durante uma assembleia geral da categoria realizada na noite da quarta. Os grevistas acataram a proposta de reajuste de 7,5% para quem recebe até R$ 5 mil, apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
O Banco do Brasil e Caixa Econômica fizeram propostas específicas para os seus funcionários. O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb-MT) avaliou como 'vitoriosa' a proposta oferecida pela Fenaban. Com a assembleia, os bancários decidiram encerrar a greve e voltar ao trabalho.
O resultados dessa quinzena de paralisação foram sentidos pelo comércio e por diversos trabalhadores em todo o país. Em Tangará, atraso no pagamento de contas, tanto de serviços quanto de produtos, foram o ponto comum. Lotéricas lotadas e pouca movimentação financeira em diversos seguimentos também fizeram parte do movimento de greve. O Banco do Brasil, Basa e HSBC retornaram ao atendimento na quarta. A CEF, somente ontem. E, como de costume, filas se formaram à frente da agência. Em seu interior, dezenas de pessoas esperando por atendimento e poucos caixas à disposição. A espera variou de 60 minutos a 3 horas e irritou os clientes.

LUCIANA MENOLI

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Semáforos: População pede e Prefeitura se nega a atender

Vai longe a época em que Tangará da Serra foi focado como município educado no trânsito, inclusive com repercussão nacional, quando foi veiculada a foto de um cachorro atravessando a faixa de pedestres e motoristas esperando, numa grande revista semanal. Dez anos depois, com a frota de veículos quase quadruplicada, as tais faixas, que já foram motivo de orgulho, são as mesmas.
Atualmente, o município tem uma frota de 40 mil veículos trafegando por suas ruas, o que pede uma readequação do sistema de trânsito na cidade. No ano passado, algumas providências foram tomadas, como a modificação de mãos, por exemplo. Na íntegra, nada ou pouquíssimo mudou, já que os acidentes, principalmente, na área central e avenidas que a elas dão acesso, continuam. Uma das formas de se diminuir esse avanço na violência do trânsito é colocar aparelhos de contenção, como quebra-molas, rotatórias e semáforos. Este último, um pedido que vem ecoando entre autoridades, profissionais especializados e população. “Na época em que as faixas foram instaladas, eram apenas 12 mil veículos. Hoje, uma década depois, são 40 mil. O resultado são acidentes cada vez piores. O trânsito não é o mesmo. Manter as faixas com certeza, mas também colocar semáforos seria o mais correto”, pontua Vera Segatto, proprietária de uma autoescola tangaraense.
O pedido por semáforos não é só das autoescolas, mas também da Polícia Militar de Trânsito que atua diariamente no município e vê a problemática de perto. “Há partes críticas em Tangará da Serra em que há necessidade de semáforos, principalmente, em horário de pico, tendo em vista a grande quantidade de acidentes. A opção seriam rotatórias ou semáforos, mas rotatórias dentro dos padrões corretos, não como muitas que foram instaladas em Tangará. Os semáforos são necessários em locais como em frente aos Colégios 13 de Maio, 29 de Novembro, José Nodari e Airton Senna, por exemplo. E, ainda, nos encontros da rau 29 com a Avenida Ismael do Nascimento, onde há um fluxo maior de veículos e pedestres”, aponta a policial militar Tenente Vanessa Cícero de Sá, observando que o semáforo tem como objetivo controlar o trânsito.
Os policiais também criticam as rotatórias do município, como a da rua 29 atrás do Colégio 29 de Novembro. “Ali não houve engenharia de trânsito. A pista deve acompanhar a rotatória”, destaca.
Há alguns dias, o vereador peemedebista João Negão, procurou o Executivo municipal para discutir a implantação de semáforos, haja visto que ele notou ser um anseio da população, onde em sua pesquisa, 90 % dos entrevistados foram a favor da colocação de sinaleiros. Na ocasião, o prefeito Júlio César Davoli Ladeia disse que não seria interesse do município, instalar os semáforos, já que 'perderia' o título de cidade educada. Procurado pela reportagem do DS por várias vezes, o prefeito não quis se pronunciar. Disse apenas, através de sua assessoria, que não tinha interesse neste assunto.
Uma enquete feita pelo DS, chegou à mesma conclusão do vereador João Negão. E, quando procuramos especialistas no assunto, todos se disseram preocupados com o posicionamento do prefeito e com a crescente de acidentes no município, pedindo, portanto, a instalação de semáforos. “Enquanto há esse pensamento, a população é quem paga o preço, pois os acidentes estão aí todos os dias para comprovarmos”, destaca a Ten. Vanessa.
O taxista Antônio Alves também se queixa dos quebra-molas. “São irregulares. Não têm tamanho nem altura padrão e tamb´me não são sinalizados. Temos que adivinhar onde estão. Gostaria que os gestores do município fossem a outras cidades com trânsito organizado e seguissem um bom exemplo de algum lugar. Só as faixas, quebra-molas e rotatórias não seguram mais o trânsito tangaraense”, reflete.
NÚMEROS – No Samu, há uma média de 175 acidentes por mês. Muitos deles poderiam ser evitados com mais prudência e responsabilidade dos condutores, com uma sinalização adequada das vias e com a colocação de sinaleiros em certos pontos-chave da cidade. “ São vários locais onde há necessidade de semáforo. Como na Brasil com a Tancredo, por exemplo. Outra necessidade é de se fazer um trabalho sério junto aos motociclistas. Do número de acidentes que atendemos todos os meses, 90% são com motos ou motos e carros”, destaca o coordenador do Samu, Guilherme Garske, que chama a atenção para o custo de um paciente provindo de acidente. “Não dá pra medir. O Samu faz a parte mais fácil, resgata. Depois vem medicamentos, cirurgias, INSS, internamento, sequelas, enfim, os governos municipal, estadual e federal, além do acidentado, têm um grande prejuízo com os acidentes. O interessante é se evitar, prevenir”, pontua.
O DS fez uma pesquisa em sites especializados para ver os custos de semáforos. Os mais modernos, com sistema em LED, custam de R$ 1.700 a R$ 3.300, em empresas nacionais e estrangeiras. Em Tangará, o custo total de instalação de semáforos nos pontos referidos pela Polícia Militar, taxistas, autoescolas e cidadãos, ficaria em torno dos R$ 120 mil. Um custo ínfimo, principalmente, em relação ao que custa perder uma vida. Então, semáforos já! A população está pedindo e cabe aos gestores municipais repensarem seus conceitos, imediatamente.
LUCIANA MENOLI

Autoescola terá de atingir cota mínima de aprovação

As autoescolas do país terão que conseguir a aprovação de no mínimo 60% dos candidatos que fizerem exames práticos ou teóricos para tirar a carteira de habilitação. A nova exigência, fixada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), será uma das condições para que elas tenham o seu crede-ciamento renovado a cada ano. Essa é uma das especificidades citadas na Resolução 358, do Contran, em substituição à Resolução168, que teve alguns artigos alterados.
O órgão alega que a medida visa controlar a qualidade das autoescolas no processo de formação de condutores. A inovação, no entanto, já é alvo de questionamentos. Em tese, um índice mínimo de aprovação é uma maneira de pressionar os estabelecimentos a melhorar a qualidade dos cursos e a obrigar os alunos a cumprir a jornada mínima de 45 aulas teóricas e 20 práticas para tirar a carteira de motorista.
Além disso, a regra é citada por autoridades e especialistas de trânsito como uma forma de combater as criticas às autoescolas que fazem da reprovação de alunos um negócio - sem treiná-los da forma adequada e lucrando com seguidas taxas cobradas a cada insucesso.
Preocupações - Por outro lado, a obrigação motiva preocupações. Uma delas é que, num ambiente historicamente marcado por desvios de conduta, como a venda de CNHs, as autoescolas se sintam motivadas a manter acordos com examinadores para aprovações automáticas de condutores despreparados - até para sobreviver na atividade. Já os estabelecimentos que repudiam as práticas ilícitas têm outro temor: as deficiências dos próprios exames.
Pela nova legislação, as autoescolas deverão ser alertadas de que estão abaixo da cota mínima a cada três meses e terão de passar por reciclagens na tentativa de evitar a suspensão das atividades ao completar um ano.
Resolução - A criação da cota mínima de aprovados é só uma das mudanças impostas pela resolução 358, em vigor desde agosto. Outras são a fixação do teto de aulas diárias e a mudança na idade máxima dos veículos usados nas aulas e as exigências de implantação do teste biométrico (impressão digital) para marcar a presença dos alunos nas aulas, de que diretores de autoescolas passem por cursos de reciclagem e provas anuais, além da proibição da venda das autoescolas a outrem.
Em Tangará – Proprietários de autoescolas tangaraenses participaram nos dias 10 e 11 de setembro, em Cuiabá, de um simpósio para a discussão da Resolução 358 e de todas as suas consequências, principalmente no interior mato-grossense. De acordo com Vera Luci Ramos Segatto, contadora e secretária da Associação dos Despachantes e Autoescolas de Tangará da Serra (Adats), há uma disparidade muito grande entre as realidades dos estados brasileiros que não é levada em conta quando o Contran decide baixar portarias e/ou resoluções. “Penso que o Detran em Mato Grosso também esteja sofrendo para se adaptar às diversas mudanças, pois não há uma adequação caso a caso de acordo com as particularidades de cada estado. Em Tangará da Serra, os proprietários não estão preocupados em cumprir esta meta, pois ela já é superada. Temos uma taxa de aprovação anual média em torno dos 70 a 80%”, destaca a empresária, que dia estar tomando pé e se aprofundando nas determinações da nova resolução e as portarias baixadas neste período.
Críticas – Atualmente, o município tem uma frota de 40 mil veículos trafegando por suas ruas, o que pede uma readequação do sistema de trânsito na cidade. “Na época em que as faixas foram instaladas, eram apenas 12 mil veículos. Hoje, com a frota quase quadruplicada são as mesmas faixas. O resultado são acidentes cada vez piores. O trânsito não é o mesmo. Manter as faixas com certeza, mas também colocar semáforos seria o mais correto”, pontua Vera Segatto. O pedido por semáforos não é só das autoescolas, mas também da Polícia Militar de Trânsito que atua diariamente no município e vê a problemática de perto. Outra reivindicação é que a Guarda Municipal tome as suas vezes e faça valer sua autoridade para coibir infrações como a não utilização do cinto de segurança e dirigir falando ao celular.

LUCIANA MENOLI