BURACOS NA RUA 01 (AV. ISMAEL J. DO NASCIMENTO)
E os buracos vão se multiplicando em Tangará da Serra. Na Av. Ismael José do Nascimento, por exemplo, são inúmeros. Há locais em que há buracos em sequência, como nas proximidades do Lions Clube. Mal cabe um carro na parte sem buracos.
BURACOS NO CENTRO (RUA 15 C/ TANCREDO NEVES)
Além das sequências, têm também os 'dinossáuricos', ou seja, aqueles que estão lá desde que Tangará é Tangará e ninguém teve a capacidade de tapá-los. É o caso da esquina da rua 15 com a Av. Tancredo de Almeida Neves, no Centro. Entra ano, sai ano, entra governo, sai governo e entra de novo e lá estão eles. Ainda bem que a rua agora é de mão única, pois só dá para trafegar de um lado.
E NO SAN DIEGO...
Para terminar o compêndio 'esburacado', porém, deixando muitos pontos da cidade em descoberto, pois há buracos em todos os bairros possíveis e impossíveis de se ter (que são os novos asfaltos feitos pela presente administração), uma das ruas do Jardim San Diego não deixa dúvidas dos cuidados do Poder Público com a infraestrutura da cidade.
EXCLUSIVO
Contudo, não se apavorem (sem querer fazer 'merchan'), a Volkswagen lançou um modelo de carro exclusivo para Tangará da Serra. É o novo Gol Rallye. Isso porque no slogan de sua campanha publicitária, o fabricante já avisa: “O asfalto é opcional!”... Só faltaram, em Tangará, os quatis. E olha que a estrada da foto está bem melhor do que as dos 'recantos' tangaraenses.
Luciana Menoli
P.S.: Agora, se a Volkswagem quiser, pode me pagar cachê pelo 'jabá'...
segunda-feira, 7 de março de 2011
Presidente do Sserp diz em assembleia que Ladeia desrespeita os servidores públicos
O chefe do Executivo enviou, na surdina, a lei do SerraPrev para a Câmara sem as modificações feitas pela comissão
Na assembleia ordinária do Sindicato dos Servidores Públicos (Sserp) de Tangará da Serra, ocorrida no último sábado na sede do Sindicato, os mais de 200 funcionários públicos do município deliberaram pela recusa à lei do Regime de Previdência Própria dos Servidores (RPPS), conhecido como SerraPrev, como foi enviada para a Câmara de Vereadores.
De acordo com o presidente do Sserp, José Antônio Garcia Neto, o Executivo não fez as modificações na lei propostas pela Comissão, não chamou a comissão ou o Sindicato para fazer acertos e nem informou que já teria enviado a lei ao Legislativo. “Descobri que estava na Câmara por acaso. Tudo foi feito na surdina e nada do que acertamos anteriormente foi contemplado pela lei. O prefeito quer enganar o funcionário público”, afirmou o presidente do Sserp, dizendo repudiar a ação do Executivo, que é mostra verdadeira do desrespeito que este tem para com o servidor.
Durante a assembleia, os servidores rechaçaram a proposta do Executivo como está e pedem que as modificações sugeridas sejam feitas. Para ganhar força junto à Câmara, vão enviar um documento para constar já na próxima sessão, quinta-feira de manhã, onde será discutida a lei do SerraPrev.
Hoje, o município possui um total de 1.800 servidores, sendo 1.289 efetivos e mais de 980 na ativa. A principal proposta do Sindicato é que o valor economizado pela Prefeitura com o Regime, seja repassado em parte como reposição salarial da categoria, que já conta com defasagem acumulada de quase 40%. “Esta lei não poderia ir para a Câmara desta forma. Necessita de mais tempo para as negociações. Mandei diversos ofícios para o prefeito, mas não houve resposta. Com uma administração assim fica impossível dialogar”,sentencia Garcia Neto.
POSSE – Na época de sua reeleição e posse como presidente reeleito do Sserp, Garcia Neto declarou que Sindicato e servidores são favoráveis ao SerraPrev devido às melhorias que pode trazer no momento da aposentadoria e também porque o regime é diferenciado do antigo Fapen. “Há uma diferença básica que nos faz sermos favoráveis ao regime, o SerraPrev será administrado por uma comissão de servidores, escolhida em assembleia, e não pelo Executivo, como foi o caso do Fapen. No caso de sua aprovação, serão beneficiados apenas servidores efetivos e estáveis”, explicou Neto.
Porém, ele condicionou a aprovação do sistema pelo Sindicato ao rateio do montante economizado pela prefeitura à parte da reposição salarial. “A prefeitura irá economizar cerca de R$ 3,3 milhões. Queremos que a administração rateie este total, melhorando o salário-base dos servidores públicos municipais. Caso não entre em acordo, o Sindicato agirá junto à Câmara para que não aprove o SerraPrev”, sentenciou.
Ele ainda observou que hoje o INSS é cobrado em três alíquotas (8%, 9% e 11%) e que a previdência própria terá a alíquota estabelecida em 11%, seja qual for o salário. Contudo, além do salário-base, serão incorporadas as gratificações, que entram no bolo total do cálculo da aposentadoria, portanto, ampliando o valor desta. De acordo com o presidente do Sserp, nenhuma dessas prerrogativas foi respeitada pelo Executivo no momento do envio da lei para a Câmara.
Além da indignação do líder sindical, os servidores presentes se mostraram revoltados com a atitude da atual administração, tanto que, por unanimidade, desaprovaram a lei como se encontra atualmente, formalizando um documento a ser entregue ao Legislativo, com suas assinaturas.
LUCIANA MENOLI / Redação DS
De acordo com o presidente do Sserp, José Antônio Garcia Neto, o Executivo não fez as modificações na lei propostas pela Comissão, não chamou a comissão ou o Sindicato para fazer acertos e nem informou que já teria enviado a lei ao Legislativo. “Descobri que estava na Câmara por acaso. Tudo foi feito na surdina e nada do que acertamos anteriormente foi contemplado pela lei. O prefeito quer enganar o funcionário público”, afirmou o presidente do Sserp, dizendo repudiar a ação do Executivo, que é mostra verdadeira do desrespeito que este tem para com o servidor.
Durante a assembleia, os servidores rechaçaram a proposta do Executivo como está e pedem que as modificações sugeridas sejam feitas. Para ganhar força junto à Câmara, vão enviar um documento para constar já na próxima sessão, quinta-feira de manhã, onde será discutida a lei do SerraPrev.
Hoje, o município possui um total de 1.800 servidores, sendo 1.289 efetivos e mais de 980 na ativa. A principal proposta do Sindicato é que o valor economizado pela Prefeitura com o Regime, seja repassado em parte como reposição salarial da categoria, que já conta com defasagem acumulada de quase 40%. “Esta lei não poderia ir para a Câmara desta forma. Necessita de mais tempo para as negociações. Mandei diversos ofícios para o prefeito, mas não houve resposta. Com uma administração assim fica impossível dialogar”,sentencia Garcia Neto.
POSSE – Na época de sua reeleição e posse como presidente reeleito do Sserp, Garcia Neto declarou que Sindicato e servidores são favoráveis ao SerraPrev devido às melhorias que pode trazer no momento da aposentadoria e também porque o regime é diferenciado do antigo Fapen. “Há uma diferença básica que nos faz sermos favoráveis ao regime, o SerraPrev será administrado por uma comissão de servidores, escolhida em assembleia, e não pelo Executivo, como foi o caso do Fapen. No caso de sua aprovação, serão beneficiados apenas servidores efetivos e estáveis”, explicou Neto.
Porém, ele condicionou a aprovação do sistema pelo Sindicato ao rateio do montante economizado pela prefeitura à parte da reposição salarial. “A prefeitura irá economizar cerca de R$ 3,3 milhões. Queremos que a administração rateie este total, melhorando o salário-base dos servidores públicos municipais. Caso não entre em acordo, o Sindicato agirá junto à Câmara para que não aprove o SerraPrev”, sentenciou.
Ele ainda observou que hoje o INSS é cobrado em três alíquotas (8%, 9% e 11%) e que a previdência própria terá a alíquota estabelecida em 11%, seja qual for o salário. Contudo, além do salário-base, serão incorporadas as gratificações, que entram no bolo total do cálculo da aposentadoria, portanto, ampliando o valor desta. De acordo com o presidente do Sserp, nenhuma dessas prerrogativas foi respeitada pelo Executivo no momento do envio da lei para a Câmara.
Além da indignação do líder sindical, os servidores presentes se mostraram revoltados com a atitude da atual administração, tanto que, por unanimidade, desaprovaram a lei como se encontra atualmente, formalizando um documento a ser entregue ao Legislativo, com suas assinaturas.
Escolas municipais homenageiam mulher pelo seu dia: palestras e coquetéis
A mulher, cumprindo a mesma carga horária e num mesmo cargo que o de um homem, recebe cerca de 30% a menos que ele
LUCIANA MENOLI/Redação DS
Sobre esses temas, palestrou na noite da sexta-feira, no CME Sílvio Paternez, na Vila Horizonte, Maristela Carvalho, das oficinas de oração e vida. A palestra fez parte da homenagem preparada pela direção da centro educacional às funcionárias e mães que têm seus filhos no Paternez. Dona Maristela falou de liberdade sexual, estresse, saúde, família, violência, felicidade e religião numa palestra bem humorada e agradável, que encantou as convidadas. O que ela já havia feito mais cedo, quando palestrou para os funcionários da Semec, no Centro Cultural. Depois da palestra, houve apresentação musical, sorteio de brindes e um coquetel, cujo bolo de 50 quilos foi doado pelo secretário municipal Paulo Porfírio. “Esta é uma forma de homenagear minha mãe, que perdia há 20 anos”, disse ele emocionado.
No dia seguinte, sábado, foi a vez do CME Gentila Susin Muraro, no San Diego, homenagear funcionárias e mães com um delicioso café da manhã, poesias, bombons e rosas. Uma forma de lembrar que a grande maioria dos responsáveis pela educação dos nossos filhos é de professoras; mulheres que têm a educação sob sua responsabilidade, dentro e fora de suas casas, se não como professoras, como mães.
FINAL DE SEMANA – Ainda, no próximo final de semana, o Conselho Comunitário de Segurança Pública de Tangará da Serra, com base na Vila Esmeralda, realiza nos dia 12 e 13 de março dois eventos alusivos ao Dia Internacional da Mulher. O primeiro será no dia 12, a partir da 14h na sede do Comando Regional VII, com uma homenagem às policiais civis e militares de Tangará da Serra, onde 40 policiais serão homenageadas e presenteadas. Já no dia 13 de março, o CONSEG brindará a comunidade da Vila Esmeralda com um Mutirão da Cidadania.
MEU LADO MULHER
ARTIGO
Meu lado mulher incomoda-se de receber homenagem num dia do ano – 8 de março -, enquanto meu lado homem se farta com 365 dias.
Talvez se faça necessária esta efeméride, dor recente de uma cicatriz antiga. Porque vive-se numa sociedade machista: Matrimônio – o cuidado do lar; Patrimônio – o domínio dos bens.
O marido possui a casa, o carro e a mulher, que incorpora ao nome da família dele. A casa, ele exige que se limpe todo dia. O carro, envia à oficina ao menor defeito.
À mulher, se multifacetado, cabe o dever de cuidar da casa, dos filhos, das compras e do bom humor do marido, que nem sempre se lembra de cuidar dela.
Meu lado mulher nunca viu o marido gritar com o carro, ameaçá-lo ou agredi-lo. Nem sempre, entretanto, ela é tratada com tanto respeito. Na Igreja Católica, os homens têm acesso aos sete sacramentos. Porém até ser ordenados padres e, mais tarde, obter dispensa do ministério e contrair matrimônio. As mulheres, consideradas pela teologia vaticana um ser naturalmente inferior, só têm acesso a seis sacramentos.
Não pode receber a ordenação sacerdotal, embora tenham merecido de jesus o útero que o gerou: o segmento de Joana, de Suzana e das mães dos filhos de Zebedeu; a defesa da mulher adúltera; o perdão à samaritana; a amizade de Madalena, primeira testemunha de sua ressurreição.
Meu lado mulher tem pavor da violência doméstica, do pais que assedia a filha, jogando-a nas garras da prostituição; do patrão que exige préstimos sexuais da funcionária; do marido que ergue a mão para profanar o ser que deu à luz seus filhos.
Diante da TV ou de uma banca de revistas, meu lado mulher estremece: “Cala a boca Magda!” Ela é burra, a imbecil que rebola no fundo do palco, mergulha na banheira do Gugu, expõe-se na casa do Brother, associa-se à publicidade de cervejas e carros, como um adereço a mais de consumo.
Meu lado mulher tenta resistir ao implacável jogo da desconstrução do feminino.
Tortura do corpo em academias de ginástica; anorexia para manter-se esbelta; vergonha das gorduras, das rugas e da velhice; entrega ao bisturi que amolda a carne segundo o gosto da clientela do açougue virtual; o silicone a estufar protuberâncias. E manter a boca fechada, até que haja no mercado um chip transmissor automático de cultura e inteligência, a ser enxertado no cérebro. E engolir antidepressivos para tentar encobrir o buraco no espírito, vazio d3e sentido, ideais e utopia.
Meu lado mulher esforça-se por livrar-se do modelo emancipatório que adota, como paradigma, meu lado homem. Serei ela se ousar não querer ser como ele. Sereia em mares nunca dante navegados, rumo ao continente feminino, onde as relações de gênero serão de alteridade, porque o diferente não se fará divergente.
Aquilo que é, só alcançará plenitude em interação com o seu contrário. Como ocorre em todo verdadeiro amor.
Drª Amini Haddad Campos, juíza
Meu lado mulher incomoda-se de receber homenagem num dia do ano – 8 de março -, enquanto meu lado homem se farta com 365 dias.
Talvez se faça necessária esta efeméride, dor recente de uma cicatriz antiga. Porque vive-se numa sociedade machista: Matrimônio – o cuidado do lar; Patrimônio – o domínio dos bens.
O marido possui a casa, o carro e a mulher, que incorpora ao nome da família dele. A casa, ele exige que se limpe todo dia. O carro, envia à oficina ao menor defeito.
À mulher, se multifacetado, cabe o dever de cuidar da casa, dos filhos, das compras e do bom humor do marido, que nem sempre se lembra de cuidar dela.
Meu lado mulher nunca viu o marido gritar com o carro, ameaçá-lo ou agredi-lo. Nem sempre, entretanto, ela é tratada com tanto respeito. Na Igreja Católica, os homens têm acesso aos sete sacramentos. Porém até ser ordenados padres e, mais tarde, obter dispensa do ministério e contrair matrimônio. As mulheres, consideradas pela teologia vaticana um ser naturalmente inferior, só têm acesso a seis sacramentos.
Não pode receber a ordenação sacerdotal, embora tenham merecido de jesus o útero que o gerou: o segmento de Joana, de Suzana e das mães dos filhos de Zebedeu; a defesa da mulher adúltera; o perdão à samaritana; a amizade de Madalena, primeira testemunha de sua ressurreição.
Meu lado mulher tem pavor da violência doméstica, do pais que assedia a filha, jogando-a nas garras da prostituição; do patrão que exige préstimos sexuais da funcionária; do marido que ergue a mão para profanar o ser que deu à luz seus filhos.
Diante da TV ou de uma banca de revistas, meu lado mulher estremece: “Cala a boca Magda!” Ela é burra, a imbecil que rebola no fundo do palco, mergulha na banheira do Gugu, expõe-se na casa do Brother, associa-se à publicidade de cervejas e carros, como um adereço a mais de consumo.
Meu lado mulher tenta resistir ao implacável jogo da desconstrução do feminino.
Tortura do corpo em academias de ginástica; anorexia para manter-se esbelta; vergonha das gorduras, das rugas e da velhice; entrega ao bisturi que amolda a carne segundo o gosto da clientela do açougue virtual; o silicone a estufar protuberâncias. E manter a boca fechada, até que haja no mercado um chip transmissor automático de cultura e inteligência, a ser enxertado no cérebro. E engolir antidepressivos para tentar encobrir o buraco no espírito, vazio d3e sentido, ideais e utopia.
Meu lado mulher esforça-se por livrar-se do modelo emancipatório que adota, como paradigma, meu lado homem. Serei ela se ousar não querer ser como ele. Sereia em mares nunca dante navegados, rumo ao continente feminino, onde as relações de gênero serão de alteridade, porque o diferente não se fará divergente.
Aquilo que é, só alcançará plenitude em interação com o seu contrário. Como ocorre em todo verdadeiro amor.
Drª Amini Haddad Campos, juíza
POLÍCIA
80% das ocorrências de Maria da Penha são motivadas pelo álcool
“Essa mulher renasceu das cinzas para se transformar em um símbolo da luta contra a violência doméstica no nosso país”, afirmou o presidente Lula quando sancionou a Lei de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, que recebeu o nome de Lei Maria da Penha, em 2006, se referindo a Maria da Penha. De lá para cá, as delegacias especializadas da Mulher registraram milhares de casos e, dia a dia, eles continuam a se multiplicar como se não houvesse lei qualquer ou como se a mulher fosse obrigada a subjugar-se a qualquer tipo de violência que lhe seja imposta.
A biofarmacêutica Maria da Penha Maia lutou durante 20 anos para ver seu agressor condenado. Ela virou símbolo contra a violência doméstica.
Em 1983, o marido de Maria da Penha Maia, o professor universitário Marco Antonio Herredia, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez, deu um tiro e ela ficou paraplégica. Na segunda, tentou eletrocutá-la. Na ocasião, ela tinha 38 anos e três filhas, entre 6 e 2 anos de idade.
ÍNDICES LOCAIS - Nos grandes centros, com a possibilidade do afastamento de seus companheiros/agressores, com a maior oferta de trabalho e com possibilidades de inserção em programas e cursos diversos que lhes tragam a autossuficiência financeira, as muitas mulheres que são agredidas, seja psicologicamente, financeiramente, sexualmente, fisicamente, têm maior possibilidade de êxodo da vida que lhes maltrata. Mas, e nas pequenas cidades, onde não há políticas públicas, onde não há saída para subsistência própria e da prole a não ser a mão do agressor?
Este é o caso de Tangará da Serra. De acordo com estatística da Delegacia da Mulher do município, em 2010, foram registrados 159 casos. Desses, apenas 40% foram concluídos com a representação das vítimas. A grande maioria retirou o procedimento antes mesmo dele ir pela primeira vez ao Fórum, ou seja, foi retirado menos de 30 dias após a denúncia. Apenas 35 mulheres solicitaram medidas protetivas de urgência e, dessas, 20 hoje estão morando novamente com seus agressores.
Ainda, os meses em que mais houveram registros foram setembro e dezembro, com 20 cada, e abril, com 18 registros. Em 2011, foram 14 casos até meados do mês passado. Desses, 13 vítimas pediram medidas protetivas de urgência. Porém, apenas oito tiveram a coragem de se desvencilhar de seus agressores.
Segundo a escrivã da Polícia Civil (Delegacia da Mulher), Fabiana Gramulha de Andrade, que em sua monografia no término do curso de Direito, em 2008, expôs as facetas de muitos casos de agressão a mulheres e o porquê que elas acabam 'voltando atrás' em suas denúncias, os motivos são quase sempre financeiros. “Tem mulheres que não têm outra fonte de renda, não têm instrução nem cursos e, ainda, têm vários filhos. Já vi marido falando aqui: 'tudo bem, vou preso, mas quem vai te sustentar os os teus filhos?' E elas acabam cedendo”, explica.
Na opinião da escrivã, o município deveria ter uma casa de apoio a essas mulheres e às crianças, pois hoje, se a mãe se separa e não pode sustentá-los, ela tem que ficar longe.; as crianças vão para a Casa da Criança. Ainda, de acordo com Andrade, além da casa, onde pudessem ficar com seus filhos, o município deveria oferecer cursos em diversas áreas, não só artesanato, que muitas vezes não é suficiente para manter a família. “São necessários abrigo, cursos e um subsídio”.
Conforme Fabiana explicou ainda, na época em que Lei foi aprovada, haviam muitas denúncias que, com o tempo, foram diminuindo. Hoje, a maioria acontece dos casos acontece nas madrugadas de sábado para domingo. “Geralmente, o marido chega bêbado e a confusão começa”, relata ela, dizendo que o álcool é o responsável direto por cerca de 80% dos casos.
“A verdadeira mulher/vítima, que é agredida, na maioria da vezes, não vem aqui. Ela não tem informação, não sabe de seus direitos e não tem condições financeiras e educacionais de se sustentar e de sustentar seus filhos. Além de serem agredidas por seus companheiros, há uma sociedade que não se responsabiliza por ela e, ao se omitir, também a agride”, pondera a escrivã.
O Brasil, com a aprovação da Lei Maria da Penha em 2006, passou a ser o 18.º da América latina a contar com uma lei específica para os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, que fica assim definida: qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. O texto define as formas de violência vividas por mulheres no cotidiano: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.
ESTATÍSTICA NACIONAL - Pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Sesc projeta uma chocante estatística: a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil. E já foi pior: há 10 anos, eram oito as mulheres espancadas no mesmo intervalo.
Realizada em 25 estados, a pesquisa 'Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado' ouviu em agosto do ano passado 2.365 mulheres e 1.181 homens com mais de 15 anos. Ela aborda diversos temas e complementa estudo similar de 2001. Mas a parte que salta aos olhos é, novamente, a da violência doméstica.
"Os dados mostram que a violência contra a mulher não é um problema privado, de casal. É social e exige políticas públicas", diz Gustavo Venturi, professor da Universidade de São Paulo (USP) e supervisor da pesquisa.
Para chegar à estimativa de mais de duas mulheres agredidas por minuto, os pesquisadores partiram da amostra para fazer uma projeção nacional. Concluíram que 7,2 milhões de mulheres com mais de 15 anos já sofreram agressões - 1,3 milhão nos 12 meses que antecederam a pesquisa.
A pequena diminuição do número de mulheres agredidas entre 2001 e 2010 pode ser atribuída, em parte, à Lei Maria da Penha. "A lei é uma expressão da crescente consciência do problema da violência contra as mulheres", afirma Venturi.
Entre os pesquisados, 85% conhecem a lei e 80% aprovam a nova legislação. Mesmo entre os 11% que a criticam, a principal ressalva é ao fato de que a lei é insuficiente. Amanhã é o Dia Internacional da Mulher. Talvez pela data e, quem sabe por ser feriado de Carnaval, e nada mais ter o que fazer a não ser pensar nas consequências de alguns atos, maridos, namorados, parceiros e poder público possam repensar a forma como a mulher tem sido tratada em nossa sociedade. E não é necessário que se recorra as estatísticas nacionais, aqui apresentadas, basta que todos olhemos para nossos lares, para nosso bairro, nosso município. (Com Informações de O Estado de S. Paulo)
Até agora, Carnaval sem ocorrências repetindo a calma de 2010
Só bebedeira, som alto, discussão de marido e mulher e mais bebedeira. Nem brigas, nem acidentes graves. As polícias Militar e Civil que fazem a segurança do Carnaval tangaraense festejam a calma da folia. Até a tarde de ontem havia registros de ocorrências fora da movimentação do carnaval, tanto na Avenida Brasil quanto no TTC.
Na sexta-feira, por volta das 11h, Roseli Martins Eleutério, 34, trafegava pela Av. Ismael do Nascimento. Quando tentou fazer o contorno para entrar na Tancredo Neves, sentido ao Centro, sua motocicleta Sundown Web cinza, de placa NJR 6586, escorregou. Na queda, a moto ficou com pequenos arranhões, mas Roseli se feriu bastante, segundo informações da PM, sendo socorrida com suspeita de traumatismo craniano.
No sábado à tarde, em meio a muita chuva, um outro acidente, desta vez no encontro da Ismael com a rua 26. O carro da equipe de jornalismo da TV Tangará – SBT –, placas NJG 5088, trafegava pela Ismael do Nascimento quando foi atingido por um GM Classic branco, de placas DJE 2082, que subia a 26 rumo à Av. Brasil. De acordo com o condutor do Classic, por causa da chuva e de seu ar condicionado estar estragado, os vidros embaçaram e ele não teria visto o veículo da reportagem, que aproveitou para chamar a atenção para a falta de sinalização no local, onde acidentes são rotina.
Ainda, na manhã do domingo, uma caminhonete D-20 verde, de placas JYH 9351, foi furtada na rua Antonio Hortolani esquina com a 22. Segundo o proprietário, ele foi a Feira por dez minutos e, quando voltou, o veículo já não estava mais no local. Ele disse ainda que a caminhonete tem uma caixa térmica vermelha na carroceria e que está com pouco combustível.
MT – Diferentemente de Tangará, em outras localidades do estado o Carnaval está violento. Os dias que seriam reservados para festas e alegrias durante o Carnaval estão se transformando em violência e tragédias. Duas pessoas foram assassinadas e outras sete morreram em acidentes de trânsito. Três deles morreram na região de Cuiabá, e as outras quatro nas rodovias federais de Mato Grosso apenas no primeiro dia da Folia de Momo. Um jovem levou mais de seis tiros e outro mais de dez facadas.
Já no final da madrugada desta sexta-feira (04) o jovem Victor Hugo Carvalho de Andrade, de 21 anos, foi executado com vários tiros. O crime aconteceu no bairro Cohab São Gonçalo, região do Coxipó, na Capital, que registra o segundo assassinado em menos de uma semana.
Na madrugada deste sábado (5) o jovem Roque Duarte Vieira, de 20 anos foi executado com mais de dez facadas. O crime aconteceu no bairro Nova Esperança, região do Coxipó, na periferia de Cuiabá.
As duas mortes podem estar envolvidas com drogas e roubos. Roque, por exemplo, seria viciado em droga e costumava praticar roubos e furtos na região para sustentar o vício. Os dois casos já estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP).
SETE MORTES - O trânsito já fez sete vítimas fatais logo no primeiro dia Carnaval. Três pessoas perderam a vida tragicamente na região metropolitana de Cuiabá e na Baixada Cuiabana.
As vítimas foram: a menina Gleiciane Caroline Francisca, de anos 12 anos; Aécio Semi Rodrigues, de 30 anos, e a uma senhora de 80 anos identificada como Maria de Oliveira Santos, morta por atropelamento.
Nas estrada federais do estado, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já registrou mais de uma dezenas de acidentes automobilísticos, alguns deles com vítimas fatais envolvidas em grandes tragédias, que também deixaram outras pessoas feridas, algumas inclusive em estado grave.
Morreram nas rodovias federais: Josner Fabrício Pinto dos Santos; Valdivino Rodrigues de Oliveira, de 36 anos, Marcos Dias de Souza, de 30 anos, e José Carlos de Moraes, de 46 anos. (Com informações 24 Horas News)
Do total de mulheres agredidas em 2010, 60% retirou o procedimento antes de ir a julgamento
LUCIANA MENOLI/Redação DS
A biofarmacêutica Maria da Penha Maia lutou durante 20 anos para ver seu agressor condenado. Ela virou símbolo contra a violência doméstica.
Em 1983, o marido de Maria da Penha Maia, o professor universitário Marco Antonio Herredia, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez, deu um tiro e ela ficou paraplégica. Na segunda, tentou eletrocutá-la. Na ocasião, ela tinha 38 anos e três filhas, entre 6 e 2 anos de idade.
ÍNDICES LOCAIS - Nos grandes centros, com a possibilidade do afastamento de seus companheiros/agressores, com a maior oferta de trabalho e com possibilidades de inserção em programas e cursos diversos que lhes tragam a autossuficiência financeira, as muitas mulheres que são agredidas, seja psicologicamente, financeiramente, sexualmente, fisicamente, têm maior possibilidade de êxodo da vida que lhes maltrata. Mas, e nas pequenas cidades, onde não há políticas públicas, onde não há saída para subsistência própria e da prole a não ser a mão do agressor?
Este é o caso de Tangará da Serra. De acordo com estatística da Delegacia da Mulher do município, em 2010, foram registrados 159 casos. Desses, apenas 40% foram concluídos com a representação das vítimas. A grande maioria retirou o procedimento antes mesmo dele ir pela primeira vez ao Fórum, ou seja, foi retirado menos de 30 dias após a denúncia. Apenas 35 mulheres solicitaram medidas protetivas de urgência e, dessas, 20 hoje estão morando novamente com seus agressores.
Ainda, os meses em que mais houveram registros foram setembro e dezembro, com 20 cada, e abril, com 18 registros. Em 2011, foram 14 casos até meados do mês passado. Desses, 13 vítimas pediram medidas protetivas de urgência. Porém, apenas oito tiveram a coragem de se desvencilhar de seus agressores.
Segundo a escrivã da Polícia Civil (Delegacia da Mulher), Fabiana Gramulha de Andrade, que em sua monografia no término do curso de Direito, em 2008, expôs as facetas de muitos casos de agressão a mulheres e o porquê que elas acabam 'voltando atrás' em suas denúncias, os motivos são quase sempre financeiros. “Tem mulheres que não têm outra fonte de renda, não têm instrução nem cursos e, ainda, têm vários filhos. Já vi marido falando aqui: 'tudo bem, vou preso, mas quem vai te sustentar os os teus filhos?' E elas acabam cedendo”, explica.
Na opinião da escrivã, o município deveria ter uma casa de apoio a essas mulheres e às crianças, pois hoje, se a mãe se separa e não pode sustentá-los, ela tem que ficar longe.; as crianças vão para a Casa da Criança. Ainda, de acordo com Andrade, além da casa, onde pudessem ficar com seus filhos, o município deveria oferecer cursos em diversas áreas, não só artesanato, que muitas vezes não é suficiente para manter a família. “São necessários abrigo, cursos e um subsídio”.
Conforme Fabiana explicou ainda, na época em que Lei foi aprovada, haviam muitas denúncias que, com o tempo, foram diminuindo. Hoje, a maioria acontece dos casos acontece nas madrugadas de sábado para domingo. “Geralmente, o marido chega bêbado e a confusão começa”, relata ela, dizendo que o álcool é o responsável direto por cerca de 80% dos casos.
“A verdadeira mulher/vítima, que é agredida, na maioria da vezes, não vem aqui. Ela não tem informação, não sabe de seus direitos e não tem condições financeiras e educacionais de se sustentar e de sustentar seus filhos. Além de serem agredidas por seus companheiros, há uma sociedade que não se responsabiliza por ela e, ao se omitir, também a agride”, pondera a escrivã.
O Brasil, com a aprovação da Lei Maria da Penha em 2006, passou a ser o 18.º da América latina a contar com uma lei específica para os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, que fica assim definida: qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. O texto define as formas de violência vividas por mulheres no cotidiano: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.
ESTATÍSTICA NACIONAL - Pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Sesc projeta uma chocante estatística: a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil. E já foi pior: há 10 anos, eram oito as mulheres espancadas no mesmo intervalo.
Realizada em 25 estados, a pesquisa 'Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado' ouviu em agosto do ano passado 2.365 mulheres e 1.181 homens com mais de 15 anos. Ela aborda diversos temas e complementa estudo similar de 2001. Mas a parte que salta aos olhos é, novamente, a da violência doméstica.
"Os dados mostram que a violência contra a mulher não é um problema privado, de casal. É social e exige políticas públicas", diz Gustavo Venturi, professor da Universidade de São Paulo (USP) e supervisor da pesquisa.
Para chegar à estimativa de mais de duas mulheres agredidas por minuto, os pesquisadores partiram da amostra para fazer uma projeção nacional. Concluíram que 7,2 milhões de mulheres com mais de 15 anos já sofreram agressões - 1,3 milhão nos 12 meses que antecederam a pesquisa.
A pequena diminuição do número de mulheres agredidas entre 2001 e 2010 pode ser atribuída, em parte, à Lei Maria da Penha. "A lei é uma expressão da crescente consciência do problema da violência contra as mulheres", afirma Venturi.
Entre os pesquisados, 85% conhecem a lei e 80% aprovam a nova legislação. Mesmo entre os 11% que a criticam, a principal ressalva é ao fato de que a lei é insuficiente. Amanhã é o Dia Internacional da Mulher. Talvez pela data e, quem sabe por ser feriado de Carnaval, e nada mais ter o que fazer a não ser pensar nas consequências de alguns atos, maridos, namorados, parceiros e poder público possam repensar a forma como a mulher tem sido tratada em nossa sociedade. E não é necessário que se recorra as estatísticas nacionais, aqui apresentadas, basta que todos olhemos para nossos lares, para nosso bairro, nosso município. (Com Informações de O Estado de S. Paulo)
Até agora, Carnaval sem ocorrências repetindo a calma de 2010
Pequenos acidentes, em sua maioria ocasionados pela chuva e falta de visibilidade, foram os registros
LUCIANA MENOLI/ Redação DS
Só bebedeira, som alto, discussão de marido e mulher e mais bebedeira. Nem brigas, nem acidentes graves. As polícias Militar e Civil que fazem a segurança do Carnaval tangaraense festejam a calma da folia. Até a tarde de ontem havia registros de ocorrências fora da movimentação do carnaval, tanto na Avenida Brasil quanto no TTC.
Na sexta-feira, por volta das 11h, Roseli Martins Eleutério, 34, trafegava pela Av. Ismael do Nascimento. Quando tentou fazer o contorno para entrar na Tancredo Neves, sentido ao Centro, sua motocicleta Sundown Web cinza, de placa NJR 6586, escorregou. Na queda, a moto ficou com pequenos arranhões, mas Roseli se feriu bastante, segundo informações da PM, sendo socorrida com suspeita de traumatismo craniano.
No sábado à tarde, em meio a muita chuva, um outro acidente, desta vez no encontro da Ismael com a rua 26. O carro da equipe de jornalismo da TV Tangará – SBT –, placas NJG 5088, trafegava pela Ismael do Nascimento quando foi atingido por um GM Classic branco, de placas DJE 2082, que subia a 26 rumo à Av. Brasil. De acordo com o condutor do Classic, por causa da chuva e de seu ar condicionado estar estragado, os vidros embaçaram e ele não teria visto o veículo da reportagem, que aproveitou para chamar a atenção para a falta de sinalização no local, onde acidentes são rotina.
Ainda, na manhã do domingo, uma caminhonete D-20 verde, de placas JYH 9351, foi furtada na rua Antonio Hortolani esquina com a 22. Segundo o proprietário, ele foi a Feira por dez minutos e, quando voltou, o veículo já não estava mais no local. Ele disse ainda que a caminhonete tem uma caixa térmica vermelha na carroceria e que está com pouco combustível.
MT – Diferentemente de Tangará, em outras localidades do estado o Carnaval está violento. Os dias que seriam reservados para festas e alegrias durante o Carnaval estão se transformando em violência e tragédias. Duas pessoas foram assassinadas e outras sete morreram em acidentes de trânsito. Três deles morreram na região de Cuiabá, e as outras quatro nas rodovias federais de Mato Grosso apenas no primeiro dia da Folia de Momo. Um jovem levou mais de seis tiros e outro mais de dez facadas.
Já no final da madrugada desta sexta-feira (04) o jovem Victor Hugo Carvalho de Andrade, de 21 anos, foi executado com vários tiros. O crime aconteceu no bairro Cohab São Gonçalo, região do Coxipó, na Capital, que registra o segundo assassinado em menos de uma semana.
Na madrugada deste sábado (5) o jovem Roque Duarte Vieira, de 20 anos foi executado com mais de dez facadas. O crime aconteceu no bairro Nova Esperança, região do Coxipó, na periferia de Cuiabá.
As duas mortes podem estar envolvidas com drogas e roubos. Roque, por exemplo, seria viciado em droga e costumava praticar roubos e furtos na região para sustentar o vício. Os dois casos já estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP).
SETE MORTES - O trânsito já fez sete vítimas fatais logo no primeiro dia Carnaval. Três pessoas perderam a vida tragicamente na região metropolitana de Cuiabá e na Baixada Cuiabana.
As vítimas foram: a menina Gleiciane Caroline Francisca, de anos 12 anos; Aécio Semi Rodrigues, de 30 anos, e a uma senhora de 80 anos identificada como Maria de Oliveira Santos, morta por atropelamento.
Nas estrada federais do estado, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já registrou mais de uma dezenas de acidentes automobilísticos, alguns deles com vítimas fatais envolvidas em grandes tragédias, que também deixaram outras pessoas feridas, algumas inclusive em estado grave.
Morreram nas rodovias federais: Josner Fabrício Pinto dos Santos; Valdivino Rodrigues de Oliveira, de 36 anos, Marcos Dias de Souza, de 30 anos, e José Carlos de Moraes, de 46 anos. (Com informações 24 Horas News)
CARNAVAL EM TANGARÁ
Carnaval agita Tangará e folião não desanima com tempo de chuva
Carnaval dedicado a Jesus movimenta fieis em Tangará
Hoje tem final entre os blocos no TTC e expectativa de grande público na avenida: a folia está chegando ao final
LUCIANA MENOLI/Redação DS
LUCIANA MENOLI/Redação DS
Choveu na sexta-feira, primeiro dia de Carnaval, contudo o tempo não desanimou o folião, que brincou na avenida até as 2h da manhã. E acabou cedo porque tinha trabalho no sábado, último dia útil da semana. E nele à noite, a folia foi liberada. Na Brasil, cerca de 4 mil pessoas brincaram a Folia de Momo. No TTC, mais de mil pessoas, com destaque para animação dos blocos carnavalescos que, este ano, em sua maioria escolheram o clube para festejar.
Na manhã do sábado ainda, os membros do Rotaract Club de Tangará encheram a Avenida Brasil de Verde. Com o Projeto 'Sou do Mato', eles doaram dezenas de mudas de árvores frutíferas e ornamentais para motoristas e pedestres. “Nestes dias de feriado, as pessoas têm mais tempo em casa e podem dedicar esse tempo ao plantio de árvores, pois estão relaxadas. É um momento com a natureza e uma etapa importante deste projeto rotaractiano”, ressaltou Eleandro Marcos, presidente do Rotaract, em meio a carros no momento da entrega das mudas, em frente à Praça da Bíblia. Além das mudas, também foram entregues panfletos e sacolas ecológicas.
À noite, já no domingo, pois o clima começou a ferver para os foliões depois da meia noite, milhares se uniram no ritmo do axé na Brasil, embalados pela Banda Dumatto. Apesar de apenas dois blocos competindo no Carnaval popular, a animação foi geral. No mesmo ritmo, embalava os foliões a Sandokan, no TTC, que tem hoje a sua última noite de Carnaval, onde haverá a premiação dos blocos campeões, que levam cerveja e troféus para suas concentrações. Aloprados e Balaco Baco estavam em maior número, mas em animação nenhum ficou a dever no 'estatuto' do folião.
Destaque para a segurança e para o trabalho preventivo/educativo de trânsito e saúde. Outro destaque, que há anos (pelo menos desde que o carnaval de rua começou na cidade) é o tradicional casal da realeza carnavalesca. Elias Pereira da Silva e Lilian Teixeira Dutra não perdem uma noite de folia há anos e a cada dia com uma fantasia diferente. Na sexta, estavam de ciganos. No sábado, foram de rei Momo e de muçulmana e hoje, ela vai de gueixa e ele de seu shaolin.
E por falar em fantasias, as crianças foram as grandes vedetes deste carnaval; palhacinho, borboleta, havaiana, bailarina, joaninha, pirata, tudo fazia parte do rol escolhido para a festa da molecada, que teve lugar ontem e continua amanhã, a partir das 15h, tanto na avenida quanto no clube, que este ano veio com três blocos infantis.
Amanhã, é a grande final do carnaval popular. Como tem dois blocos, nenhum fica sem premiação. A expectativa de público para esses dois últimos dias é grande, já que o folião geralmente aproveita os últimos dias para cair no samba, no axé, na festam, enfim.
Na manhã do sábado ainda, os membros do Rotaract Club de Tangará encheram a Avenida Brasil de Verde. Com o Projeto 'Sou do Mato', eles doaram dezenas de mudas de árvores frutíferas e ornamentais para motoristas e pedestres. “Nestes dias de feriado, as pessoas têm mais tempo em casa e podem dedicar esse tempo ao plantio de árvores, pois estão relaxadas. É um momento com a natureza e uma etapa importante deste projeto rotaractiano”, ressaltou Eleandro Marcos, presidente do Rotaract, em meio a carros no momento da entrega das mudas, em frente à Praça da Bíblia. Além das mudas, também foram entregues panfletos e sacolas ecológicas.
À noite, já no domingo, pois o clima começou a ferver para os foliões depois da meia noite, milhares se uniram no ritmo do axé na Brasil, embalados pela Banda Dumatto. Apesar de apenas dois blocos competindo no Carnaval popular, a animação foi geral. No mesmo ritmo, embalava os foliões a Sandokan, no TTC, que tem hoje a sua última noite de Carnaval, onde haverá a premiação dos blocos campeões, que levam cerveja e troféus para suas concentrações. Aloprados e Balaco Baco estavam em maior número, mas em animação nenhum ficou a dever no 'estatuto' do folião.
Destaque para a segurança e para o trabalho preventivo/educativo de trânsito e saúde. Outro destaque, que há anos (pelo menos desde que o carnaval de rua começou na cidade) é o tradicional casal da realeza carnavalesca. Elias Pereira da Silva e Lilian Teixeira Dutra não perdem uma noite de folia há anos e a cada dia com uma fantasia diferente. Na sexta, estavam de ciganos. No sábado, foram de rei Momo e de muçulmana e hoje, ela vai de gueixa e ele de seu shaolin.
E por falar em fantasias, as crianças foram as grandes vedetes deste carnaval; palhacinho, borboleta, havaiana, bailarina, joaninha, pirata, tudo fazia parte do rol escolhido para a festa da molecada, que teve lugar ontem e continua amanhã, a partir das 15h, tanto na avenida quanto no clube, que este ano veio com três blocos infantis.
Amanhã, é a grande final do carnaval popular. Como tem dois blocos, nenhum fica sem premiação. A expectativa de público para esses dois últimos dias é grande, já que o folião geralmente aproveita os últimos dias para cair no samba, no axé, na festam, enfim.
Carnaval dedicado a Jesus movimenta fieis em Tangará
Católicos e evangélicos fazem eventos de louvor e adoração durante os dias de Carnaval
LUCIANA MENOLI / Redação DS
Tendo iniciado no sábado, o Carnaval com Jesus – Maranatha 2011, realizado anualmente pelo grupo de Renovação Carismática Católica (RCC) e a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, com a acolhida teve em seu primeiro dia, momentos emocionantes de adoração e louvor. Com tema 'Por causa da tua palavra, lançaremos as redes', os católicos pretendem mostrar o mundo que o Cristo oferece. “É um mondo longe das bebidas, das drogas. Por causa da palavra de Deus, estamos jogando as redes para uma alegria que não acaba na Quarta-feira de Cinzas, a alegria verdadeira, que está na paz”, resslatou o coordenador paroquial Sebastião Alípio.
Quase mil pessoas participaram no primeiro dia, mas nada próximo ao que o correu ontem no Salão Paroquial, que estava simplesmente abarrotado de fieis, superando as expectativas dos organizadores. O evento cristão, que ontem iniciou novamente às 13h, seguindo durante toda a tarde com Santo Terço, louvor, pregação e animação, finalizando com Missa às 19h, teve a participação de mais de 1.500 pessoas de todas as idades.
Hoje, o evento tem início às 19h, com o Santo Terço, efusão no Espírito e Carnaval com Jesus. Já amanhã, último dia de Maranatha, iniciará às 13h com o Santo Terço e encerrará logo após a Santa Missa de cura e libertação, marcada para as 16h. “O céu se abrirá sobre Tangará da Serra e muitas graças irão acontecer – o evento conta com momentos de oração, adoração ao Santíssimo Sacramento, Celebração da Santa Missa de Cura e Libertação, palestras, confissões, louvor, animação, diversão e apresentações de coreografias de danças”, adianta Pelissari.
CONVIDADOS – Uma das presenças festejadas deste Maranatha é o missionário Beto Faria, de Marília (SP), da Missão Chamas de Amor, que anda pelo Brasil levando seu testemunho de fé. Beto disse que espera ter do evento o que pediu, “milagres, curas e libertação, bem como muita presença de Deus”, revelou. “Espero que as pessoas sintam o que Deus preparou para este local. Essa oportunidade é única. Nunca mais viveremos esse Maranatha. Aproveitem essa chance. Deus se deixa encontrar o vento está favorável para nós neste momento”, professa o missionário.
Em meio a muita música e animação, muito louvor, adoração e uma energia impressionante. É isso que sentem aqueles que participam do Maranatha a cada ano. Segundo o missionário, Deus o escolheu para estar ali, pregando, talvez como escolha as pessoas que entram sem compromisso no Salão Paroquial durante estes dias de evento e se sentem iluminadas e agraciadas pela força da fé, mudando inteiramente suas vidas. “O que vim pregar no Maranatha é o Deus que eu vi, que é poderoso, sobrenatural e pode mudar a vida de muitas pessoas. Mudou a minha. Estou há 20 anos na Renovação e há sete larguei tudo e trabalho como missionário”, testemunha Beto, que já havia vindo a Tangará anteriormente, para o grupo de oração.
RETIRO – A Igreja Quadrangular, neste dias de Carnaval, também apresenta uma programação diferenciada. Em sua sétima edição, o retiro espiritual da Quadrangular, este ano está localizado no CME Dom Bosco e começou na noite do sábado com apresentações teatrais, musicais, muito louvor e adoração. O tema deste ano é 'O senhor nos aumente e nos faça crescer'. O evento atrai cerca de cem pessoas para os dias de retiro, que termina ao meio dia de amanhã. O pastor Osvaldo Cruz lembra que todos estão convidados a participar. Hoje, por volta das 22h, a Quadrangular promove um desfile de vestidos de noivas, dentre outras atividades durante todo o dia.
Quase mil pessoas participaram no primeiro dia, mas nada próximo ao que o correu ontem no Salão Paroquial, que estava simplesmente abarrotado de fieis, superando as expectativas dos organizadores. O evento cristão, que ontem iniciou novamente às 13h, seguindo durante toda a tarde com Santo Terço, louvor, pregação e animação, finalizando com Missa às 19h, teve a participação de mais de 1.500 pessoas de todas as idades.
Hoje, o evento tem início às 19h, com o Santo Terço, efusão no Espírito e Carnaval com Jesus. Já amanhã, último dia de Maranatha, iniciará às 13h com o Santo Terço e encerrará logo após a Santa Missa de cura e libertação, marcada para as 16h. “O céu se abrirá sobre Tangará da Serra e muitas graças irão acontecer – o evento conta com momentos de oração, adoração ao Santíssimo Sacramento, Celebração da Santa Missa de Cura e Libertação, palestras, confissões, louvor, animação, diversão e apresentações de coreografias de danças”, adianta Pelissari.
CONVIDADOS – Uma das presenças festejadas deste Maranatha é o missionário Beto Faria, de Marília (SP), da Missão Chamas de Amor, que anda pelo Brasil levando seu testemunho de fé. Beto disse que espera ter do evento o que pediu, “milagres, curas e libertação, bem como muita presença de Deus”, revelou. “Espero que as pessoas sintam o que Deus preparou para este local. Essa oportunidade é única. Nunca mais viveremos esse Maranatha. Aproveitem essa chance. Deus se deixa encontrar o vento está favorável para nós neste momento”, professa o missionário.
Em meio a muita música e animação, muito louvor, adoração e uma energia impressionante. É isso que sentem aqueles que participam do Maranatha a cada ano. Segundo o missionário, Deus o escolheu para estar ali, pregando, talvez como escolha as pessoas que entram sem compromisso no Salão Paroquial durante estes dias de evento e se sentem iluminadas e agraciadas pela força da fé, mudando inteiramente suas vidas. “O que vim pregar no Maranatha é o Deus que eu vi, que é poderoso, sobrenatural e pode mudar a vida de muitas pessoas. Mudou a minha. Estou há 20 anos na Renovação e há sete larguei tudo e trabalho como missionário”, testemunha Beto, que já havia vindo a Tangará anteriormente, para o grupo de oração.
RETIRO – A Igreja Quadrangular, neste dias de Carnaval, também apresenta uma programação diferenciada. Em sua sétima edição, o retiro espiritual da Quadrangular, este ano está localizado no CME Dom Bosco e começou na noite do sábado com apresentações teatrais, musicais, muito louvor e adoração. O tema deste ano é 'O senhor nos aumente e nos faça crescer'. O evento atrai cerca de cem pessoas para os dias de retiro, que termina ao meio dia de amanhã. O pastor Osvaldo Cruz lembra que todos estão convidados a participar. Hoje, por volta das 22h, a Quadrangular promove um desfile de vestidos de noivas, dentre outras atividades durante todo o dia.
O Carnaval na Apae veio com muita animação
LUCIANA MENOLI / Redação DS
Na escola especial Raio de Sol (Apae), o Carnaval foi só animação. Na tarde de quinta, cinco blocos se apresentaram para alunos, professores e equipe técnica. Com júri a postos, Bloco de Ouro, Os Balaco-Baco, 100 Noção, Tend Tudo e Os Piratas evoluíram no palco do centro de eventos da Apae na maior animação. Brincar o Carnaval, bem como comemorar outras datas importantes, já é uma prática corriqueira da Apae, incentivando sempre a integração de seus alunos com o ambiente e os acontecimentos que os rodeiam.
O tema do Carnaval da escola deste ano é ´Xô Tristeza, Aqui é só Alegria´, que estava estampado no palco onde alunos e professores se apresentavam. O júri está avaliando os blocos em animação, figurino, criatividade e harmonia. E a folia continuou na sexta com a turma da manhã brincando o carnaval e assistindo a apresentação dos blocos, que terão o resultado do júri hoje. A partir das 10h, os blocos do matutino começam sua festa.
Na escola especial Raio de Sol (Apae), o Carnaval foi só animação. Na tarde de quinta, cinco blocos se apresentaram para alunos, professores e equipe técnica. Com júri a postos, Bloco de Ouro, Os Balaco-Baco, 100 Noção, Tend Tudo e Os Piratas evoluíram no palco do centro de eventos da Apae na maior animação. Brincar o Carnaval, bem como comemorar outras datas importantes, já é uma prática corriqueira da Apae, incentivando sempre a integração de seus alunos com o ambiente e os acontecimentos que os rodeiam.
O tema do Carnaval da escola deste ano é ´Xô Tristeza, Aqui é só Alegria´, que estava estampado no palco onde alunos e professores se apresentavam. O júri está avaliando os blocos em animação, figurino, criatividade e harmonia. E a folia continuou na sexta com a turma da manhã brincando o carnaval e assistindo a apresentação dos blocos, que terão o resultado do júri hoje. A partir das 10h, os blocos do matutino começam sua festa.
Caso Zezão: Acusados e testemunhas do latrocínio e ocultação de cadáver são ouvidos no Fórum
POLÍCIA
Nô e Tonho foram presos em novembro, juntamente João Ricardo, que seria o autor da paulada que vitimou Zezão, ´Gil´ ou ´Negão´, Marquinhos, e Ananias Lopes dos Santos Júnior, que teve liberdade provisória homologada em dezembro, devido à delação premiada. Esta liberação, inclusive, preocupou a família de Zezão na época, que se dizia vítima de ameaças de Nô.
Depois de cinco meses presos, com a liberdade decretada apenas para Ananias, a história entra nos seus capítulos finais. De acordo com as assessoras da Vara Criminal, foram enviadas precatórias para Sorriso, para ouvir uma testemunha, e para São Paulo, para ouvir a Drª Jalmara Geraldini, que está licenciada por dois anos e, na época, presidiu o inquérito enquanto delegada em Tangará da Serra.
Após o retorno das precatórias com os respectivos depoimentos que faltam, será o período das alegações finais por parte do Ministério Público e dos advogados de defesa. Depois disso, o juiz proferirá a sentença. Não há prazo estipulado para o término do processo.
PJC - A Polícia Judiciária Civil está, desde a noite de ontem, em esquema especial de plantão. Juntamente com os investigadores que normalmente estão escalados para o plantão, haverá um suporte de policiais civis no Carnaval popular da Avenida Brasil, juntamente com a PM e o Corpo de Bombeiros.
Um escrivão de plantão e outro de sobreaviso também trabalharão neste Carnaval para suprir a possibilidade de atendimento a diversas ocorrências na cidade.
LUCIANA MENOLI/Redação DS
Na última quinta-feira, Wilson Gomes Rodrigues, o ´Nô´, seu filho, João Ricardo Rodrigues, Antônio Miranda, o ´Tonho´, Gilmar Francisco da Silva, conhecido como ´Gil´ ou ´Negão´, Marquinhos, e Ananias Lopes dos Santos Júnior, acusados de participação no roubo seguido de morte (latrocínio) e ocultação de cadáver de José Soares, o ´Zezão´, na Pecuama em julho de 2010, juntamente com testemunhas de defesa e acusação foram ouvidos pelo juiz da Vara Única Criminal, Dr. Marcelo Sebastião Prado de Moraes.Nô e Tonho foram presos em novembro, juntamente João Ricardo, que seria o autor da paulada que vitimou Zezão, ´Gil´ ou ´Negão´, Marquinhos, e Ananias Lopes dos Santos Júnior, que teve liberdade provisória homologada em dezembro, devido à delação premiada. Esta liberação, inclusive, preocupou a família de Zezão na época, que se dizia vítima de ameaças de Nô.
Depois de cinco meses presos, com a liberdade decretada apenas para Ananias, a história entra nos seus capítulos finais. De acordo com as assessoras da Vara Criminal, foram enviadas precatórias para Sorriso, para ouvir uma testemunha, e para São Paulo, para ouvir a Drª Jalmara Geraldini, que está licenciada por dois anos e, na época, presidiu o inquérito enquanto delegada em Tangará da Serra.
Após o retorno das precatórias com os respectivos depoimentos que faltam, será o período das alegações finais por parte do Ministério Público e dos advogados de defesa. Depois disso, o juiz proferirá a sentença. Não há prazo estipulado para o término do processo.
PJC - A Polícia Judiciária Civil está, desde a noite de ontem, em esquema especial de plantão. Juntamente com os investigadores que normalmente estão escalados para o plantão, haverá um suporte de policiais civis no Carnaval popular da Avenida Brasil, juntamente com a PM e o Corpo de Bombeiros.
Um escrivão de plantão e outro de sobreaviso também trabalharão neste Carnaval para suprir a possibilidade de atendimento a diversas ocorrências na cidade.
MEU LADO MULHER
ARTIGO
Meu lado mulher incomoda-se de receber homenagem num dia do ano – 8 de março -, enquanto meu lado homem se farta com 365 dias.
Talvez se faça necessária esta efeméride, dor recente de uma cicatriz antiga. Porque vive-se numa sociedade machista: Matrimônio – o cuidado do lar; Patrimônio – o domínio dos bens.
O marido possui a casa, o carro e a mulher, que incorpora ao nome da família dele. A casa, ele exige que se limpe todo dia. O carro, envia à oficina ao menor defeito.
À mulher, se multifacetado, cabe o dever de cuidar da casa, dos filhos, das compras e do bom humor do marido, que nem sempre se lembra de cuidar dela.
Meu lado mulher nunca viu o marido gritar com o carro, ameaçá-lo ou agredi-lo. Nem sempre, entretanto, ela é tratada com tanto respeito. Na Igreja Católica, os homens têm acesso aos sete sacramentos. Porém até ser ordenados padres e, mais tarde, obter dispensa do ministério e contrair matrimônio. As mulheres, consideradas pela teologia vaticana um ser naturalmente inferior, só têm acesso a seis sacramentos.
Não pode receber a ordenação sacerdotal, embora tenham merecido de jesus o útero que o gerou: o segmento de Joana, de Suzana e das mães dos filhos de Zebedeu; a defesa da mulher adúltera; o perdão à samaritana; a amizade de Madalena, primeira testemunha de sua ressurreição.
Meu lado mulher tem pavor da violência doméstica, do pais que assedia a filha, jogando-a nas garras da prostituição; do patrão que exige préstimos sexuais da funcionária; do marido que ergue a mão para profanar o ser que deu à luz seus filhos.
Diante da TV ou de uma banca de revistas, meu lado mulher estremece: “Cala a boca Magda!” Ela é burra, a imbecil que rebola no fundo do palco, mergulha na banheira do Gugu, expõe-se na casa do Brother, associa-se à publicidade de cervejas e carros, como um adereço a mais de consumo.
Meu lado mulher tenta resistir ao implacável jogo da desconstrução do feminino.
Tortura do corpo em academias de ginástica; anorexia para manter-se esbelta; vergonha das gorduras, das rugas e da velhice; entrega ao bisturi que amolda a carne segundo o gosto da clientela do açougue virtual; o silicone a estufar protuberâncias. E manter a boca fechada, até que haja no mercado um chip transmissor automático de cultura e inteligência, a ser enxertado no cérebro. E engolir antidepressivos para tentar encobrir o buraco no espírito, vazio d3e sentido, ideais e utopia.
Meu lado mulher esforça-se por livrar-se do modelo emancipatório que adota, como paradigma, meu lado homem. Serei ela se ousar não querer ser como ele. Sereia em mares nunca dante navegados, rumo ao continente feminino, onde as relações de gênero serão de alteridade, porque o diferente não se fará divergente.
Aquilo que é, só alcançará plenitude em interação com o seu contrário. Como ocorre em todo verdadeiro amor.
Drª Amini Haddad Campos, juíza
Meu lado mulher incomoda-se de receber homenagem num dia do ano – 8 de março -, enquanto meu lado homem se farta com 365 dias.
Talvez se faça necessária esta efeméride, dor recente de uma cicatriz antiga. Porque vive-se numa sociedade machista: Matrimônio – o cuidado do lar; Patrimônio – o domínio dos bens.
O marido possui a casa, o carro e a mulher, que incorpora ao nome da família dele. A casa, ele exige que se limpe todo dia. O carro, envia à oficina ao menor defeito.
À mulher, se multifacetado, cabe o dever de cuidar da casa, dos filhos, das compras e do bom humor do marido, que nem sempre se lembra de cuidar dela.
Meu lado mulher nunca viu o marido gritar com o carro, ameaçá-lo ou agredi-lo. Nem sempre, entretanto, ela é tratada com tanto respeito. Na Igreja Católica, os homens têm acesso aos sete sacramentos. Porém até ser ordenados padres e, mais tarde, obter dispensa do ministério e contrair matrimônio. As mulheres, consideradas pela teologia vaticana um ser naturalmente inferior, só têm acesso a seis sacramentos.
Não pode receber a ordenação sacerdotal, embora tenham merecido de jesus o útero que o gerou: o segmento de Joana, de Suzana e das mães dos filhos de Zebedeu; a defesa da mulher adúltera; o perdão à samaritana; a amizade de Madalena, primeira testemunha de sua ressurreição.
Meu lado mulher tem pavor da violência doméstica, do pais que assedia a filha, jogando-a nas garras da prostituição; do patrão que exige préstimos sexuais da funcionária; do marido que ergue a mão para profanar o ser que deu à luz seus filhos.
Diante da TV ou de uma banca de revistas, meu lado mulher estremece: “Cala a boca Magda!” Ela é burra, a imbecil que rebola no fundo do palco, mergulha na banheira do Gugu, expõe-se na casa do Brother, associa-se à publicidade de cervejas e carros, como um adereço a mais de consumo.
Meu lado mulher tenta resistir ao implacável jogo da desconstrução do feminino.
Tortura do corpo em academias de ginástica; anorexia para manter-se esbelta; vergonha das gorduras, das rugas e da velhice; entrega ao bisturi que amolda a carne segundo o gosto da clientela do açougue virtual; o silicone a estufar protuberâncias. E manter a boca fechada, até que haja no mercado um chip transmissor automático de cultura e inteligência, a ser enxertado no cérebro. E engolir antidepressivos para tentar encobrir o buraco no espírito, vazio d3e sentido, ideais e utopia.
Meu lado mulher esforça-se por livrar-se do modelo emancipatório que adota, como paradigma, meu lado homem. Serei ela se ousar não querer ser como ele. Sereia em mares nunca dante navegados, rumo ao continente feminino, onde as relações de gênero serão de alteridade, porque o diferente não se fará divergente.
Aquilo que é, só alcançará plenitude em interação com o seu contrário. Como ocorre em todo verdadeiro amor.
Drª Amini Haddad Campos, juíza
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