Vejam as notícias mais quentes de Tangará e Região com Luciana Menoli!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

SÉRIE RAIOS-X DA EDUCAÇÃO - DIARIO DA SERRA

Aqui você poderá ver uma série especial de reportagens feita pela equipe de jornalistas do Diário da Serra, que traçou, durante duas semanas, um diagnóstico fiel e minucioso das esolas da rede pública tangaraense, tanto do município quanto do estado. Você verá também o descaso do pocer público com a educação nestes dois âmbitos. Nisso, estado e município não se diferenciam, apenas, no estado, a ruína é mais visível na estrutura física de toda a rede. Enquanto que o município se reveste com boa estrutura física (no geral), sobre a irresponsabilidade da administração municipal quanto à cobertura de vagas e quanto à forma de contratação dos profissionais da educação. Confira! Você é meu convidado...

02/02

Escolas se preparam para o ano letivo que inicia no próximo dia 14

A partir desta edição, o DS publicará uma série de matérias sobre o início do ano letivo de 2011. Neste material, o jornal mostrará ao leitor em que condições se encontram as escolas e como cada uma se prepara para receber um contingente de aproximadamente 18 mil alunos para as aulas deste ano.
Vale destacar que Tangará da Serra possui 28 escolas públicas, sendo 13 municipais e 15 estaduais, além de oito creches. As aulas na rede pública de ensino iniciam no próximo dia 14.

Escola Antenor Soares quer elevar Ideb durante ano letivo

Estrutura física vem passando por melhorias. Unidade espera por ampliação da biblioteca e do laboratório

Sergio Roberto – Redação DS

Adquirida pelo município em 2000, durante a gestão do prefeito Jaime Muraro, o Centro Municipal de Ensino Fundamental Antenor Soares (antiga Escola Objetiva) está em franca movimentação para receber seus quase 700 alunos matriculados para este ano letivo.
As aulas iniciam no dia 14 deste mês, uma segunda-feira, nos turnos matutino e vespertino. Os alunos da Antenor Soares serão lotados em 24 turmas. 
Segundo o diretor do educandário, professor Cícero Manoel da Silva, a estrutura física vem passando por melhorias, com manutenção nos aparelhos de ar-condicionado e bebedouros, pinturas, limpeza e reparos em geral. “Temos uma estrutura física que oferece condições satisfatórias e os reparos necessários serão realizados até o início das aulas”, disse o professor.
Cícero Manoel da Silva reconhece, porém, que há limitações quanto à área física na biblioteca e no laboratório. “Precisamos ampliar estes espaços e já comunicamos esta necessidade à Secretaria Municipal de Educação e Cultura”, disse o diretor. A expectativa é de que as obras de ampliação sejam autorizadas pela Semec ainda este ano. Por outro lado, o professor ressalta que a biblioteca possui boa quantidade e variedade de obras para consulta e pesquisa.
Além das disciplinas curriculares, a escola oferece atividades extras voltadas ao meio ambiente, esporte e cidadania. Na área ambiental, os professores e os alunos estão envolvidos no monitoramento da bacia do Córrego Estaca e no desenvolvimento de um projeto de recuperação e preservação do manancial. Há, também, aulas de capoeira como atividade esportiva complementar e incentivo à cidadania. “Os alunos pequenos cuidam do espaço interno da escola enquanto os maiores cuidam da área externa”, explica Cícero da Silva.
Quanto à limpeza, a direção cita a equipe de funcionários que atua no setor e menciona a prática da conscientização junto aos alunos para manutenção do bom aspecto do ambiente escolar. Em relação à merenda, o diretor afirma que a qualidade alimentar aumentou significativamente com a aquisição de produtos diretamente da Conab – Companhia Nacional de Abastecimento.
META - A principal meta da escola neste ano letivo será incrementar sua pontuação no Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Com uma meta máxima de 6,0 pontos fixada pelo MEC para 2021, a escola já alcançou pontuação de 4,9 nas séries iniciais (até 4ª série) e 5,1 nas séries finais (até 9º ano) do ensino fundamental. “Já ultrapassamos nossa meta do Ideb para 2011, que é de 4,6 pontos”, disse o diretor Cícero Manoel da Silva.



Mais de 170 crianças são atendidas diariamente na Creche Futuro Brilhante

Fabíola Tormes / Redação DS

Cerca de 170 crianças estão sendo aguardadas para o início das aulas, no próximo dia 14 de fevereiro, na Creche Municipal Futuro Brilhante. E para que os alunos sejam bem recebidos, a unidade escolar esta passando por pequenos reparos como pintura interna e externa, e consertos na parte hidráulica e elétrica.
Localizada no bairro São Luiz, a Creche Municipal Futuro Brilhante iniciou seus trabalhos em março de 2002 e atende diariamente 120 crianças na creche, dos mais diversos bairros de Tangará da Serra, além de 50 crianças em sua sala de extensão na Escola Estadual Vereador Manoel Marinheiro.
Desse total, segundo a diretora da creche, Sueli Izidoro da Silva, 80 crianças, com idades de 1 a 3 anos, passam o dia todo na creche, das 7h às 17h. Já os demais, com idades de 4 e 5 anos, estudam somente meio período. Para as crianças que ficam durante todo o dia na creche, os trabalhos iniciam já às 7h com oração, café da manhã e higienização, seguindo com atividades que contemplam eixos temáticos, banho, almoço, descanso, mais atividades em sala de aula, lanche e se despedem às 17h. “São quatro refeições durante o dia, todas elas acompanhadas por nutricionista”, pontua a diretora.
Na parte de estrutura física, a creche conta hoje com quatro salas de aula (sendo 20 alunos por sala), além de sala da direção e professores, cozinha, lavanderia, depósito para merenda, refeitório amplo, almoxarifado, área de lazer e banheiros adaptados para melhor atender os alunos e professores. “A estrutura física da creche esta muito boa e adequada para atender os nossos alunos, mas acredito que com a ampliação conseguiremos atender um número maior de crianças”, comentou a diretora, ressaltando que já existe um projeto de reforma e ampliação de mais salas de aula para este ano. 
Ainda segundo Silva, todos os anos, antes do início da aula, realizam pequenos reparos para melhor atender as crianças. No ano passado além de pequenos reparos, o parque infantil foi totalmente reformado, oferecendo assim maior segurança aos alunos. Já neste ano, a pintura interna das salas de aulas e demais repartições já foram realizadas e até o início das aulas farão os reparos hidráulicos e elétricos, além da pintura externa e nas calçadas.

Escola Emanuel Pinheiro recebeu apenas uma grande reforma em 46 anos de existência

Fabíola Tormes / Redação DS

Criada em 1964, a Escola Estadual Emanuel Pinheiro é a mais antiga unidade escolar em funcionamento no município, atendendo cerca de 350 alunos, desde a alfabetização ao nono ano.
Prestes a completar 47 anos de fundação (março), a escola já recebeu muitas gerações de alunos e se orgulha em fazer parte da história de Tangará da Serra. Porém, mesmo diante da elevada importância histórica para o município, a escola vive 'esquecida' pelas autoridades do Estado.
Segundo o diretor da escola, Antonio Bernardo do Nascimento, em 46 anos de atividades, a escola recebeu apenas uma grande reforma e há quatro anos não recebe nenhuma verba, nem para pequenos reparos. “A escola não esta bonita por causa da pintura, mas mesmo assim podemos dizer que ela não esta caindo, como muitas outras estão”, comentou o diretor, ressaltando que a conservação do prédio é devido ao trabalho de conscientização com os alunos. “Mas a nossa intenção é pintar pelo menos por dentro as salas de aula antes do início da aulas”.
Ao todo a escola possui em seu prédio sete salas de aula para atender os alunos, além de laboratório de informática, sala de articulação, sala de recurso multifuncional, refeitório, sala dos professores, diretoria e secretaria, biblioteca, banheiros e uma quadra poliesportiva. “Na nossa estrutura acredito que além da pintura interna e externa e outros reparos gerais, a maior necessidade seria uma quadra de esportes melhor”. Em relação a reforma e cobertura da quadra poliesportiva, Nascimento adiantou que esta será feita este ano. “Dizem que já esta no orçamento de 2011, mas vamos esperar”.
HISTÓRIA – A escola iniciou seus trabalhos em março de 1964, quando Tangará da Serra ainda pertencia a Barra do Bugres. No início o educandário era chamado de Escola Rural Mista de Instrução Primária de Tangará da Serra (de 1964 à 1967). Já de 1968 à 1970 a instituição de ensino passou a ser 'Escolas Reunidas de Tangará da Serra' e de 1970 à 1975 de 'Grupo Escolar de Tangará da Serra'. Somente a partir de 1975 passou a se chamar Escola Estadual Emanuel Pinheiro, em homenagem ao ex-deputado Emanuel Pinheiro, devido seu esforço em estadualizar a mesma.

03/02
Escolas-modelo: Ayrton Senna e 29 de Novembro figuram entre as mais disputadas por pais e alunos no município

LUCIANA MENOLI/Redação DS

As escolas tangaraenses ultrapassaram a meta do Índice de Tanto o CME Ayrton Senna, adquirido há menos de dez anos pelo município, como a reconstruída EE 29 de Novembro são citados como escolas-modelo por pais e alunos de Tangará da Serra, tanto pela infraestrutura que oferecem a seus alunos, quando pela qualidade de ensino.
Criado em 1968, o segundo centro de ensino mais antigo de Tangará, foi demolido e totalmente reconstruído, tendo ficado pronto em 2007. Hoje, o 29 de Novembro, ou simples-mente ´29´, como os tangaraenses gostam de chamar, tem 1.500 alunos matriculados entre a 6ª e 8ª séries do ensino fundamental e as três séries do ensino médio, distribuídos em 19 salas de aula, em 42 turmas, nos três turnos.
Em sua estrutura, considerada moderna, há um primeiro andar, com vários banheiros, ala administrativa, sala de vídeo e laboratório de infor-mática. A área de socialização e a quadra coberta são outros destaques. A biblioteca fica no antigo prédio, nos fundos do terreno, que foi totalmente reformado na parte interna, contemplando além da biblioteca, uma sala de reuniões. De acordo com seu diretor, Adelmo Novo-dovoski, apesar de ser uma construção nova, o 29 apresenta problemas advin-dos de falhas no projeto. “São questões estruturais. Foi feito dentro de um modelo antigo. Por exemplo, a sala da direção fica em frente às salas de aula. Hoje, isso não é mais utilizado”, explica Novo-dovoski.
Mesmo com a disponi-bilidade de 19 salas, o diretor aponta que houve uma redução de turmas, onde no período vespertino ainda existem três salas ociosas. “Se não tivermos quantidade de matrículas o suficiente, essas salas ficarão sem turmas à tarde. As turmas da noite também diminuíram. Serão sete, uma a menos do que em 2009”, aponta.
O diretor ainda reclamou do atraso no envio de carteiras pelo estado e disse que desde o ano passado a escola pede por novas, que ainda não chegaram. A escola estadual passa por pequenas reformas, como pinturas e acertos nas partes elétrica e hidráulica. Quanto à piscina, tida como uma grande vitória,  Novo-dovoski diz que a verba utilizada para a sua construção serviria para a montagem de um laboratório de ciências e ainda de um anfiteatro, onde se pudesse reunir os alunos para palestras e conferências. “A ´escola-modelo´ não tem nada disso e Tangará tem apenas o Centro Cultural. A piscina tem dado mais dor de cabeça do que sido aproveitada. Para que uma piscina com apenas uma aula de educação física por semana?”, critica o diretor, salientando que ainda existem vagas para alunos que quiserem se matricular para o ano letivo de 2011.
Ainda, nas dependências do colégio está sendo cons-truído o novo Cefapro, uma tema polêmico em sua aprovação entre a comuni-dade escolar. “O 29 já cedeu uma parte do terreno para a Assessoria Pedagógica e muitos não gostaram quando houve a cessão para a construção do Cefapro”, finaliza o diretor, dizendo que dará continuidade aos trabalhos para melhoria da educação, com a continuação do projeto de fanfarra, da ´arterapia´ e da biblioteca, onde está havendo uma renovação de professores, hoje em número médio de 65, pois os mais antigos estão se aposentando e os novos concursados devem ser empossados.
SENNA – O maior Ideb do estado (6,6), ultrapassando a meta de 2022, ainda em 2009, ou seja, 13 anos antes do previsto. E não é apenas esse número que marca a qualidade de ensino do CME Ayrton Senna. Seus 840 alunos matriculados contam um pouco dessa história também, já que seus pais passaram algumas noites na fila para conseguir a vaga.
A escola municipal passa por pequenas reformas, como pintura e ajuste na parte elétrica e hidráulica para iniciar o ano letivo, no dia 14 próximo. Alunos desde a educação infantil até o 3º ano do ensino fundamental serão distribuídos em 34 turmas nas 17 salas do prédio, nos períodos matu-tino e vespertino, onde 22 turmas são destinadas ao ensino fundamental e 12 para a educação infantil. Diferentemente do 29, o Ayrton Senna não dispõe de vagas remanescentes. “As turmas estão completas”, ressalta a diretora recém-eleita e empossada, Neide Gervásio Fernandes.
Com playground, piscina, quadra coberta, sala de recursos, a escola traz novi-dades para este ano, com a ampliação do laboratório de língua inglesa (totalmente informatizado) e do labora-tório de informática, com 36 computadores novos. A nova biblioteca também faz parte das novidades e deve ser aberta em março, quando a bibliotecária termina a organização dos volumes. Outra novidade é que acabaram-se as salas de extensão do Ayrton Senna, uma preocupação no ano passado devido à falta de estrutura. De acordo com Fernandes, as crianças que faziam parte da extensão, agora estão matriculadas na nova creche do Jardim Atlântida.
São cerca de 40 professores que respondem por diversos projetos dentro da escola, como de educação para o trânsito, de leitura, ambien-tais e sociais. “A nossa lista de projetos é grande e nosso calendário e organograma já estão definidos”, salienta a diretora, chamando atenção ainda para seu plano de ação para 2011, onde pretende instalar um laboratório de mate-mática, nos moldes do laboratório de inglês, onde os alunos têm aulas duas vezes por semana em horário contrário ao seu turno, com atividades extracurriculares e lúdicas, incentivando o aprendizado dessas matérias.
Quanto às carteiras, a diretora diz que não há muita quebra, pois há um incentivo à manutenção do ambiente escolar orga-nizado. “No final do ano, enviamos relatório à Semec e, em breve, che-gam as novas carteiras que necessitamos”, finaliza animada com o início das aulas, dizendo ainda que pretende reatar a parceria com o HSBC, para proporcionar aulas de violão, judô e dança aos alunos, a exemplo de outros anos.



João Maria: A expectativa é que mais 5 salas sejam construídas em 2011

O playground será reformado ainda neste final de semana

LUCIANA MENOLI/Redação DS

Animada com o início do ano letivo, Edna Sueli Marinho, diretora do CME João Maria do Nascimento Filho, que atende a 180 crianças de um a cinco anos, dos bairros São Luiz e Porto Seguro, faz os últimos preparativos para receber os pequenos alunos, nos períodos da manhã e da tarde.
Um deles é a reforma do play-ground, que nunca foi reformado desde a construção da creche em 2002, que deve começar já neste final de semana.
Com seis salas e oito turmas, o João Maria trabalha na área da educação infantil, englobando desde o maternal ao pré III. Cada sala  tem seu cantinho da leitura específico. O destaque é o espaço aprazível com árvores fazendo sombra em toda a escola, pátio com refeitório e uma das maiores áreas com disponibilidade para receber novas construções. Tanto, que um dos projetos previstos pela direção é a ampliação da creche, com a construção de mais cinco salas de aula ainda este ano. “Foi aberto um novo caminho para o bairro novo, o Porto Seguro, o que deve aumentar a demanda. Além disso, por causa do déficit de vagas no município e da intervenção do Ministério público por conta disso, deveremos ganhar esta ampliação, até porque somos uma das únicas unidades escolares que tem área suficiente para tal no município”, explica a diretora.
Marinho ainda destaca que a escola conta hoje com apenas quatro professoras e uma funcionária para cuidar da merenda e que espera pelo resultado do seletivo e do concurso para a adequação do corpo de servidores da creche. “Faltam mais quatro professores, ADI e merendeira. Estamos todos ansiosos pelos resultados do seletivo, para conseguirmos organizar nosso quadro. Esse resultado deve sair até a semana que vem, para darmos início às aulas há com o quadro de profissionais completo”.
Localizada no São Luiz, uma área da cidade considerada carente, cada canto do João Maria demonstra zelo e organização, como a horta que fica atrás da escola, onde se pode colher, couve e cebolinha, entre outras verduras que compõem a alimentação balanceada que é servida durante todo o dia à criançada da localidade.

04/04


Escolas tangaraenses se preparam: Ideb será medido novamente em 2011

Em 2009, as escolas de Tangará ultrapassaram a meta do Ideb

LUCIANA MENOLI/Redação DS

As escolas tangaraenses ultrapassaram a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no ano de 2009, que seria de 3,9 para as municipais e de 4,1 para as estaduais, ficando com uma média de 4,8 pontos. O objetivo do governo federal é que as escolas alcancem  nota 6 até 2022.
Em Tangará, algumas escolas são destaque quando se fala em Ideb, como por exemplo as duas que o especial do DS, Raios-X da Educação, tratou ontem.  Neste ano, o Ideb será medido novamente e as escolas da rede de ensino público do município primam pela melhoria da qualidade da educação e, com certeza, arrebanharão notas destacadas neste ano também.
No caso do CME Ayrton Senna, por exemplo, sua nota em 2009 foi 6,6, já ultrapassando a meta de 2022, e levando a primeira colocação do estado em sua categoria. Já o 29 de Novembro, que sempre está nas primeiras colocações no estado em sua categoria, recebeu 5,4, também ultrapassando a média estadual e nacional das escolas. Além disso, pela avaliação do Enem, a escola estadual  sempre se destaca. Em 2009, por exemplo, foi a 2ª em resultado do estado, só perdendo para uma escola de Rondonópolis. Em 2010 também manteve-se nas primeiras colocações.
Além da fama de serem escolas-modelo, o que acaba destacando esses dois centros públicos de ensino no município e atraindo alunos para suas salas de aula, pois os resultados refletem uma referência em qualidade educacional, é o que é buscado por pais e alunos. Em 2011, um novo Ideb será medido e haverá um novo Enem; e, com certeza, veremos essas escolas despontando novamente.
Outra escola que tem como meta deste ano letivo incrementar sua pontuação no Ideb é a Antenor Soares, da rede municipal de ensino, cuja matéria do Raios-X da Educação foi publicada na terça-feira (1), primeiro dia deste especial do DS. A Antenor já alcançou pontuação de 4,9 nas séries iniciais (até 4ª série) e 5,1 nas séries finais (até 9º ano) do ensino fundamental. “Já ultrapassamos nossa meta do Ideb para 2011, que é de 4,6 pontos”, disse o diretor Cícero Manoel da Silva, salientando que este ano pretende superar o índice novamente.
IDEB - O Ideb foi criado em 2007 para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do Inep e em taxas de aprovação. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a sala de aula.
Para que pais e responsáveis acompanhem o desempenho da escola de seus filhos, basta verificar o Ideb da instituição, que é apresentado numa escala de zero a dez. Da mesma forma, gestores acompanham o trabalho das secretarias municipais e estaduais pela melhoria da educação.
O índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota 6 em 2022 – correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos.



Escolas mostram realidades opostas às vésperas do ano letivo

Escola Manoel Marinheiro cheira a nova, enquanto a Sílvio Paternez preocupa direção.

Sergio Roberto – Redação DS

A série de reportagens que o Diário da Serra vem apresentando desde a edição da última terça-feira apresentará casos extremos nas unidades escolares de Tangará da Serra. Entre estes casos estão as escolas Manoel Marinheiro, do estado, e a Sílvio Paternez, da rede municipal.
A Escola Estadual Vereador Manoel Marinheiro, no Jardim Rio Preto, esbanja vigor estrutural e ainda cheira a prédio novo. Fundada em 1989 e reinaugurada em maio de 2010 - após completa remodelação que custou cerca de R$ 1 milhão aos cofres do governo estadual -, a escola está pronta para receber os alunos na abertura do ano letivo, dia 14.
Segundo as professoras Elisabet Lorenzon e Vilma Ferreira Barbosa da Silva, coordenadoras do educandário, cerca de 700 alunos terão aulas em 11 salas climatizadas. “Ainda há algumas vagas, principalmente no período noturno e no EJA (Educação para Jovens e Adultos)”, disse a professora Elisabet.
A escola conta ainda com biblioteca climatizada com cerca de 3.000 volumes, salas de vídeo e projetos, espaço multifuncional para alunos especiais e um laboratório de informática com 26 computadores. A cozinha é modelo e atende integralmente aos padrões exigidos pela fiscalização sanitária. Falta, porém, a cobertura da quadra de esportes, e não há previsão para tal obra.
Já na semana passada, a escola havia revisado todos os seus aparelhos de ar-condicionado e sistemas elétrico e hidráulico. Faltava apenas aparar o gramado e ajeitar os canteiros. Quando o DS visitava a unidade escolar, parte dos 34 professores se concentrava na preparação das aulas e discutiam a decoração das salas.
Além das disciplinas curriculares, a escola oferece aos alunos os projetos “Volei Kids” (esporte), “Do-ré-mi-flauta” e aulas de violino (música), “Literatura Viva” e teatro (cultura), “Pré-jovem” (formação humana) e “Cuida Bem de Mim” (meio-ambiente). O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) saltou de 3,8 pontos em 2007 para 5,1 (séries iniciais) e 4,7 pontos (finais) em 2009.
OPOSTO – Se na Escola Manoel Marinheiro a situação é das melhores, o mesmo não se pode dizer do Centro Municipal de Ensino Fundamental Silvio Paternez, escola da rede municipal localizada no Jardim 13 de Maio (limite com Vila Horizonte).
Maior escola do ensino fundamental no município, a Sílvio Paternez se ressente de uma melhor estrutura física e não consegue atender a demanda. São 1.200 alunos já matriculados e outros 70 aguardando vagas numa lista de espera. Há reformas por fazer nos pavilhões e em cada uma das suas 20 salas e faltam carteiras escolares. “Aguardamos a autorização das reformas pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura”, disse professor José Fernandes, diretor do educandário.
Há ainda problemas graves na parte elétrica, o que tem causado danos em equipamentos - como os condicionadores de ar - e luminárias. Os reparos, segundo Fernandes, estão orçados em R$ 17 mil, mas ainda não há qualquer sinalização da Semec.
A escola também não dispõe de biblioteca. Há apenas um amontoado de livros num espaço improvisado que impossibilita as atividades de pesquisa dos alunos.
A escola conta com uma boa quadra esportiva coberta, mas há reparos aguardados na quadra pequena, muito utilizada pelos alunos. “Vieram aqui, quebraram o piso da quadra pequena e disseram que iriam reformar, mas não terminaram e a quadra está inutilizada”, reclamou José Fernandes. O serviço, segundo apurou o DS, teria sido iniciado e não concluído por uma empresa contratada pelo município.
Entre os aspectos positivos, além da boa quadra coberta, há de se considerar o espaço da cozinha, considerado razoável pela direção. Telhado e forro também estão em boas condições, e já há trabalhos de dedetização e limpeza na escola.
Os 1.200 alunos já matriculados serão divididos em 40 turmas nas 20 salas, nos turnos matutino e vespertino. O corpo docente da unidade escolar é formado por 57 professores. Além do currículo tradicional, a escola realiza os projetos extra-curriculares “Capoeira”, “Lendo e escrevendo somos mais” e “Tocando a Vida” (aulas de flauta). Este ano deverá ser reativado na escola o programa “Proerd”, numa parceria com a Polícia Militar.
Quanto ao Ideb, a escola vai bem. Os índices de 3,6 e 3,8 nas séries iniciais e finais, em 2007, saltaram em 2009, respectivamente, para 4,8 e 4,9 pontos.

Creche SOS será remodelada pelo município



Novo pavilhão será construído. Estrutura física principal receberá reforma geral com melhorias na parte elétrica e no sistema hidráulico, além de novas aberturas.

Sergio Roberto – Redação DS

Uma área de 4.000 metros quadrados para 214 crianças. Esta é a estrutura para este ano letivo na Creche SOS, localizada na Vila Horizonte, em Tangará da Serra.
Fundada há cerca de 30 anos pela professora Maria Arlene Neves, a creche é uma das mais antigas e consistia numa instituição de cunho filantrópico. Este ano, passa a integrar a rede do município como extensão da Creche Futuro Brilhante. Até o final do ano, deverá ser reinaugurada como “Creche Tia Arlene”.
A unidade possui oito salas de aula para os pequenos, além de uma sala para a pré-escola. Toda a estrutura será completamente remodelada, segundo informou a diretora Sandra Maria Lira. Ela informa que o espaço da pré-escola será desativado, dando lugar a um novo pavilhão com pelo menos duas salas. A estimativa para início das obras é de 30 dias.
Na estrutura física principal haverá uma reforma geral, com melhorias no sistema elétrico e na parte hidráulica, e também substituição das aberturas (portas e janelas). Os banheiros, já em boas condições, também passarão por melhorias e o playground será reformado e reorganizado.
Também haverá reorganização na cozinha, que já conta com satisfatórias condições de armazenamento e conservação de produtos alimentícios.
A alimentação da creche, por sinal, é das melhores, já que a aquisição de alimentos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) assegura a qualidade. “Temos qualidade e alimentação à vontade”, observa a professora Sandra Lira. Ela conta que os pequenos recebem alimentação logo cedo, com café da manhã. A partir das 10h00, almoçam e vão para o “soninho”. À tarde há mais atividades e refeições. Na pré-escola, os alunos só vão para casa depois do almoço. “Somos a única creche do município que oferece almoço na pré-escola”, completa a diretora da creche.
Quanto às atividades, além das ações educativas e lúdicas, a creche conta com educação física, aulas de inglês e artes. Há também o projeto “Família na Escola”, em que os pais participam, periodicamente, de atividades com seus filhos na creche, nas tardes de sábado.

05/02

Mais uma escola municipal apresenta déficit de vagas e estrutura

Escola Dom Bosco atende cerca de 850 alunos, mas há outra centena aguardando vagas no fundamental e na educação infantil.

Sergio Roberto – Redação DS

O déficit de vagas e problemas estruturais são problemas corriqueiros nas escolas da rede municipal de ensino de Tangará da Serra. Na edição de ontem, o DS registrou os problemas do CMEF Sílvio Paternez e, hoje, há problemas semelhantes verificados no Centro Municipal de Ensino Fundamental Dom Bosco, localizado na Av. Ismael José do Nascimento, Jardim Tangará II.
A escola comporta atualmente cerca de 850 alunos em dois turnos, instruídos por 35 professores e quatro monitores para estudantes especiais. Porém, para o ano letivo que inicia no próximo dia 14, há pelo menos 100 alunos aguardando vagas no educandário, principalmente nas séries de 1 a 4 e na educação infantil. “Precisamos de mais quatro salas de aula para atender a demanda”, conta o diretor da escola, professor Claudionor Inácio de Souza. Ele informa que a Dom Bosco conta atualmente com 14 salas de aula.
Na parte estrutural, a escola enfrenta problemas que precisam de soluções pontuais. Há goteiras e infiltrações. Em algumas salas a água da chuva escorre pelas paredes. Vidros de várias janelas precisam ser substituídos e os sistemas elétrico e hidráulico carecem de revisão. Cerca de 40 lâmpadas precisam ser substituídas em praticamente todas as dependências.
Outro problema é relacionado às carteiras. A escola tem um déficit de 30 carteiras escolares que, segundo a direção, deverão ser repostas pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura até o início das aulas. “Já encaminhamos o pedido”, conta o professor Claudionor. Ele chama atenção para a má qualidade destes móveis. “São muito fraquinhas e não aguentam o ano todo”, observa o educador, que juntamente com outros professores arregaçou as mangas e ajuda a reparar algumas carteiras ainda em condições de serem recuperadas.
Por outro lado, a biblioteca é considerada razoável, com 2.000 volumes. A cozinha também tem boa estrutura e a merenda escolar terá boa qualidade em 2011, a exemplo de anos anteriores. Em termos de segurança, a escola não tem apresentado qualquer tipo de problema.
Os trabalhos de preparação da escola para a abertura do ano letivo, porém, seguem a todo vapor. Ontem, por exemplo, a escola passava por uma completa dedetização. Para estes reparos, a escola conta com recursos de R$ 16 mil oriundos do Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE), do Ministério da Educação.
ÍNDICE – A pontuação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) da escola é considerada satisfatória pela direção. “Tínhamos um índice médio de 4,3 em 2007. Chegamos a 4,9 em 2009, enquanto nossa meta era de 3,4 pontos”, informa o diretor.
Professor Claudionor revela que haverá, em 2011, a execução de vários projetos extracurriculares, especialmente nas áreas de meio ambiente, esportes e desenvolvimento humano. “Vamos priorizar oficinas com trabalhos vinculados à realidade cotidiana dos alunos”, finalizou o diretor da Escola Dom Bosco.  


Ramon destaca necessidade de melhoramento de rede elétrica e a construção da quadra coberta como prioridades

A quarta escola mais antiga de Tangará se ressente das baixas notas do Ideb

LUCIANA MENOLI/Redação DS

Neste ano a E.E. Ramon Sanches Marques completa 32 anos de história, tendo mais de 750 alunos atendidos entre o ensino fundamental e médio. Atualmente, esses alunos estão distribuídos em 12 salas de aula dentro do colégio e mais cinco em uma extensão alugada no Colégio Integrante pelo governo estadual. Serão ao todo 26 turmas, sendo 12 pela manhã, seis à tarde, três à noite e cinco no Integrante, podendo ampliar esse número para mais cinco, conforme cheguem alunos remanescentes de outros colégios. A escola ainda cede uma de suas salas para uma turma da pré-escola do município.
Sob a direção da professora Marina Finotti Silva Turra, uma das  vitórias do Ramon foi a construção da ampla sala de professores com  recursos próprios provenientes de promoções do colégio como a festa junina e a rodada de pizzas. “Utilizamos apenas um pouco dos recursos do governo para comprar os equipamentos”, diz a diretora.
Além das 12 salas de aula e da área administrativa, com sala dos professores, coordenação, direção e secretaria, há a biblioteca, com centenas de livros, inclusive novos que chegaram e ainda não foram catalogados, e ainda, sala de vídeo, de reforço, laboratório de informática e, brevemente, laboratório de ciências.
De acordo com a diretora, um dos maiores problemas do Ramon está na parte elétrica. “Agora, com os computadores, a instalação tem que ser renovada pra não dar problemas. A instalação dos condicionadores de ar também está me preocupando, pois tenho medo da rede não aguentar”, salienta Turra, observando também a situação da quadra, em que estão prometidas para Tangará cinco quadras cobertas, desde 2009, e Marina tem a esperança de uma delas ser para o Ramon. “Ela está precisando de uma reforma, com pintura e pequenos consertos, mas dizem que daqui uns três meses deve sair a relação de construção dessas quadras novas. Se pintarmos agora, é dinheiro perdido se formos contemplados com a nova”.
Quanto às carteiras, ela diz que a escola tem o suficiente para começar o ano letivo e que diversas estão sendo reformadas e novas estão sendo aguardadas, para receber outras turmas que poderão ser abertas. A merenda é adquirida com recursos do governo federal, de empresas licitadas por pregão eletrônico pela Assessoria Pedagógica, no início de todos os anos. “Depois disso, contamos nosso cardápio que é diversificado e tem agradado aos alunos. Temos uma hortinha com cheiro verde e algumas ervas para chás para dar um complemento, também”, acrescenta a diretora.
PROJETOS – Dos quatro grandes projetos do Ramon, três envolvem a arte. Um deles é o de teatro, 'Teatro em Cena', onde voluntários formaram um grupo e dão andamento a uma das formas mais antigas de arte. O outro é o da fanfarra, conhecido em tangará da Serra pela apresentações em desfiles cívicos.  Fechando, 'Arte e Talento', onde os alunos aprendem técnicas de pintura em tela. O quarto, que não tem a ver com arte, mas diz muito sobre futuro é o 'Simulado', onde alunos do ensino médio fazem provas simuladas como se fosse um vestibular de verdade, com as mesmas regras, horários, etc. “Nossa intenção é estimular essa vontade de dar continuidade aos estudos, sendo num curso universitário ou técnico, com maiores aberturas no campo profissional, mostrando outras chances de crescimento”, explicou.
A diretora se ressente ainda dos resultados obtidos no Ideb de 2009, onde a escola não teve um bom resultado, segundo ela.  O Ideb projetado para o 5º ano para 2009 seria de 4,3 e o Ramon ficou abaixo, com nota 3,7. Já no 9º ano, que seria de 3,1, o Ramon obteve 3,9. No Enem 2010, porém, a escola teve um bom resultado, ficando em 4º lugar dentre as escolas públicas, com 553,57 pontos na redação e 502,08 no total (somando-se prova objetiva + redação). “Queremos fazer o máximo para conseguirmos uma nota melhor no Ideb neste ano em que será medido novamente. Muitas coisas mudaram no Ramon e penso que isso deve ajudar a melhorar nosso índice e ultrapassar as metas”, finaliza a diretora, que há seis anos trabalha neste colégio.

07/02



Escolas no limite de atendimento mostram a necessidade de mais unidades escolares para região da grande Vila Esmeralda

Juntas as escolas atendem cerca de 2,2 mil alunos, desde a alfabetização ao ensino médio

Fabíola Tormes / Redação DS
As escolas Gentila Susin Muraro e Pedro Alberto Tayano, uma municipal e outra estadual, localizadas nos bairros San Diego e Vila Esmeralda, respectivamente, são responsáveis por atender mais de2,2 mil alunos desde a alfabetização ao ensino médio.
Em seus limites de atendimento, pois atendem alunos do mais diversos bairros como Jardim Vitória, Monte Líbano, Jardim Presidente, sítios próximos, Califórnia e Vila Alta IV, além da Vila Esmeralda e San Diego I e II, os responsáveis de ambas unidades escolares concordam ao afirmar que a grande Vila Esmeralda necessidade, urgentemente, de mais escolas para atender todos os alunos da região.
Na Escola Estadual Pedro Alberto Tayano, por exemplo, são 20 salas de aula para atender 1,5 mil alunos, sendo que desses, cerca de 360 são do ensino médio. A unidade oferta da alfabetização ao ensino médio no período diurno e ainda Educação de Jovens e Adultos (EJA) e ensino médio no noturno.
De acordo com o diretor da escola, Lourival Garcia Barrientos Júnior, não há mais espaço para ampliar, nem a intenção de construírem mais salas de aula. Em sua estrutura a escola possui além das 20 salas de aula, mais salas da diretoria, coordenação, secretaria, sala dos professores, biblioteca com mais de 5 mil exemplares, laboratório de informática com 28 computadores, cozinha, refeitório, banheiro inclusive para deficientes físicos e quadra poliesportiva coberta. Além desses espaços, a direção construirá ainda no início deste ano letivo uma quadra de areia, um parque infantil e fará também um trabalho de jardinagem em volta desses locais com mesas para jogar xadrez, dama, entre outras. “Hoje a escola esta boa, faltando apenas pequenos reparos nos pisos e algumas calhas e a manutenção de sempre”, comentou o diretor ao falar da estrutura do prédio, ressaltando que a escola recebeu uma grande reforma em 2008, finalizando em 2009, inclusive com a construção da quadra coberta.
Já o Centro Municipal de Ensino Gentila Susin Muraro atende hoje cerca de 700 alunos, nos períodos matutino e vespertino, também no seu limite de atendimento. Em sua infraestrutura a escola possui 13 salas de aula, biblioteca, laboratório de informática, sala de vídeo e leitura, cozinha, refeitório, sala dos professores, secretaria, direção e quadra poliesportiva coberta.
Segundo o diretor do Centro Municipal de Ensino, professor Palmínio Garrido, a unidade esta passando por pequenos reparos para melhor atender alunos e professores em mais um ano letivo. Estão sendo realizados trabalhos como reforma de armários, reposição de lâmpadas e ventiladores, pintura em algumas salas e limpeza geral, além da mudança da sala de informática para um lugar maior. “Além desses pequenos reparos, estamos também aguardando a chegada de 100 jogos de carteiras para o início do ano letivo”, comentou, ressaltando que uns dos problemas ainda enfrentados na escola é a depredação das carteiras escolares. “Mas vamos iniciar neste ano uma série de projetos para trabalharmos o lado social e assim diminuirmos esses problemas”.
Ambas as escolas, mesmo localizadas em áreas consideradas de risco, vem a cada ano trabalhando, melhorando e crescendo em termos de educação, e consequentemente diminuindo os índices de depredação, vandalismo e insegurança que passavam. “Mesmo estando no limite máximo de alunos, ainda assim somos muitos procurados e acredito que essa grande procura esta relacionado ao crescimento, tanto no físico como no humano”, comentou o professor Palmínio Garrido, ressaltando que esse crescimento humano é resultado de muitos trabalhos desenvolvidos dentro e fora da sala de aula.
Na escola Pedro Alberto Tayano, o envolvimento dos alunos em projetos como Rádio Educativa PAT, fanfarra, horta escolar, entre outros, faz com que passem a valorizar e cuidar da escola. O projeto Rádio Educativa PAT, por exemplo, funciona há quatro anos e nele é trabalhado a linguagem através da comunicação via rádio. Os programas vão ao ar durante os intervalos a fim de passar informações gerais do bairro, sobre a escola, além do entretenimento. Para participar do projeto o aluno deve ser disciplinado e ainda estar com boas notas.
Outro projeto também de grande destaque na escola, no município e também no Estado é a Fanfarra Pedro Alberto Tayano. Formada somente por meninas, única em Mato Grosso, o projeto também exige muita disciplina das participantes. E para trabalhar com os pequenos das séries iniciais, a escola desenvolve o projeto Horta Escolar. Eles aprendem a plantar, cultivar e comer alimentos ricos para a alimentação.
Já para este ano, o diretor adianta a intenção de iniciar projetos como grupo de percussão (somente com meninos), Grêmio Estudantil, Educação Ambiental, entre outros.

Creches se transformam em 'centros de excelência' para atender pequenos alunos

A Creche Irmã Maris Stella é um desses centros, pois oferece serviço de qualidade, em ótima infraestrutura

Fabíola Tormes / Redação DS

“Os trabalhos desta instituição de ensino são voltados para o desenvolvimento pleno da criança nas áreas afetivas, motoras, cognitivas e sociais. A criança é vista como um universo de possibilidades a serem explotadas”. Assim define a coordenadora Maria de Lourdes Luconi ao falar do trabalho desenvolvido na Creche Municipal Irmã Maris Stella, localizada na Vila Horizonte.
De acordo com a coordenadora, as creches se transformaram em 'centros de excelência' para atender pequenos alunos. “Eles ficam aproximadamente 10 horas do dia na creche, onde são acolhidos e passam o dia”. Para essas crianças, os trabalhos iniciam já às 7h com café da manhã e higienização, seguindo com várias atividades, banho, almoço, descanso, mais atividades em sala de aula, lanche e se despedem às 17h. São quatro refeições durante o dia, todas elas acompanhadas por nutricionista.
E para atender cerca de 200 crianças, com idades de 1 a 4 anos, sendo 120 no período integral e 80 meio período, a escola possui em sua infraestrutura oito salas de aula (todas climatizadas e com banheiro, televisão e aparelho de DVD), uma grande cozinha para preparar a alimentação dos alunos, amplo refeitório e parque infantil. “A escola foi reformada e ampliada no ano passado, o que nos possibilitou atender um maior número de crianças”. Anteriormente a creche tinha cerca de 300 metros quadrados de área construída e foi ampliada mais 410 metros quadrados em 2010, totalizando 713 metros quadrados de área construída.
Já em relação aos projetos que a escola desenvolve, Luconi destaca os que envolvem a família, projetos de leitura e literatura, saúde bucal, higiene do corpo e alimentação. “E em 2011 daremos continuidade a todos esses projetos, com destaque sempre para participação dos pais”.
A Creche Irmã Maris Stella iniciou seus trabalhos em 2003. O nome da unidade foi uma homenagem a Irmã Maris Stella, freira que dedicou 23 de seus 74 anos para cuidar dos mais necessitados do município.

08/02


Casos extremos se repetem entre as escolas tangaraenses
A boa estrutura da escola José Nodari, do município, contrasta com a situação precária da estadual Jada Torres.


Sergio Roberto – Redação DS

Na semana passada o DS expôs casos extremos na rede escolar de Tangará da Serra, citando uma escola estadual – Manoel Marinheiro – nova em folha e um educandário do município – Sílvio Paternez - com inúmeros problemas estruturais. Pois, desta vez, a qualidade está do lado de uma escola municipal, enquanto a precariedade está instalada numa escola da rede estadual.
Fundada em 13 de maio de 1995, o Centro Municipal de Ensino Fundamental José Nodari é considerado uma das melhores escolas de Tangará da Serra. Tem ótima estrutura física, um bom ginásio poliesportivo e uma cozinha ampla e bem equipada. A biblioteca é funcional, climatizada e atende aos alunos de forma satisfatória. Um pátio amplo, arborizado e florido empresta à escola um ambiente agradável.
O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) da José Nodari chegou à marca de 5,6 pontos em 2009, quase atingindo a meta projetada para o ano de 2013, que é de 5,7. A boa performance é motivo de orgulho para a diretora do educandário, professora Sônia Maria Andrade.
A escola possui 15 salas de aula que comportam 970 alunos em dois turnos, além de dependências administrativas com bom espaço e organização. Há uma sala multifuncional destinada exclusivamente para alunos que apresentam dificuldades no aprendizado.
Os 45 professores da escola José Nodari já preparam as primeiras aulas no ano letivo que começa na próxima segunda-feira, dia 14. Na parte física, visando o início do ano letivo, a José Nodari vem recebendo trabalhos de manutenção nos aparelhos de ar-condicionado, nos bebedouros e nos sistemas elétrico e hidráulico.
JADA TORRES – Se a o CMEF José Nodari é exemplo de boa estrutura física, a Escola Estadual Professora Jada Torres pede socorro às autoridades estaduais.
Inaugurada na segunda metade da década de 1980, a escola passou a integrar a rede estadual de ensino em maio de 1990. De lá para cá recebeu apenas uma ampliação. Hoje, a Jada Torres conta com 10 salas de aula e uma capacidade para receber 600 alunos em dois turnos nas séries do ensino fundamental, do 1º ao 9º ano. O corpo docente é composto por 30 professores.
Os problemas estruturais se multiplicam. As salas de aula carecem de modernização e uma delas, de madeira, chegou a ser desativada por não haver condições de aproveitamento. Há déficit de, pelo menos, uma centena de carteiras escolares. Não há refeitório, o que obriga os alunos a realizarem as refeições espalhados pelo pátio, com pratos na mão. A cozinha é acanhada e precisa ser ampliada.
Os banheiros precisam de reforma urgente e as antigas redes elétrica e hidráulica estão desgastadas e precisando de reparos o mais rápido possível. Não há espaço apropriado para a biblioteca, que conta com cerca de 1.000 volumes. Ontem, a escola recebia serviços de pintura.
“Nosso maior problema é espaço”, confirmou a professora Maria das Graças Gomes de Souza, diretora da escola. Ela, ao lado da presidente do Conselho Deliberativo da unidade escolar, professora Neuza Poletto Marzinotto, conta que há projeto para cinco novas salas de aula, mas não há previsão de início das obras. “Só nos resta aguardar”, diz Maria das Graças.
O Ideb da escola baixou em relação a 2007. Naquele ano, a escola alcançou 4,6 pontos, enquanto em 2009 este índice caiu para 4,1. A meta da escola, portanto, não foi alcançada, já que para o ano retrasado a pontuação prevista era de 4,2. Segundo a diretora Maria das Graças Gomes de Souza, a redução do índice foi o resultado da ampliação da demanda da escola.     



Mais de 70 crianças estão na lista de espera da Creche Tia Lina

A única unidade da grande Vila Esmeralda, a creche atende hoje cerca de 160 alunos

Fabíola Tormes / Redação DS
Atendendo crianças de todos os bairros da região, a Creche Municipal Tia Lina, localizada na Vila Esmeralda, antes mesmo do início das aulas, já tem uma lista de espera com aproximadamente 70 crianças. Atualmente a unidade atende 160 alunos, sendo 64 em período integral, em cinco salas de aula.
De acordo com a coordenadora da Creche Tia Lina, Lindinalva de Araújo Zimmerman, a escola necessita de melhorias (algumas serão sanadas esta semana com os trabalhos de pintura, reforma do parque infantil e troca de forro do banheiro), porém, a maior preocupação é atender esses alunos que hoje estão na fila de espera. E esse problema, segundo a coordenadora, pode ser resolvido com a reforma de duas salas ociosas ao lado da creche, que antes pertenciam a Secretaria Municipal de Saúde. “Solicitamos esse espaço que antes era da Secretaria de Saúde e conseguimos. Agora falta apenas iniciarmos a reforma e assim atendermos essas crianças que estão na fila de espera”, contou, ressaltando que a partir do momento que as salas estiverem em funcionamento, a creche ofertará mais 80 vagas, sendo 40 em casa período.
Outro problema enfrentado na creche, além da falta de vagas, são as ruas de acesso a unidade. Muita lama, no período de chuva, e poeira na seca. Agora, nesse período de chuva, é quase impossível entrar na creche sem pisar em poças de água e lama que se formam, além das grandes crateras formadas na rua lateral. “Já enviei vários ofícios solicitando que arrumassem as ruas, mas até hoje nada foi feito”, reclamou a coordenadora.
A Creche Tia Lina atende crianças de 1 a 5 anos, onde a maior demanda é no maternal II e III. Em sua estrutura a unidade possui ainda, além das cinco salas de aula, secretaria e sala dos professores, cozinha, refeitório, despensa e almoxarifado.
A creche foi inaugurada no dia 13 de julho de 1991, com o nome de Creche Nazaré, porém, em dezembro de 1995 passou a funcionar como órgão integrante do Departamento de Assistência à Infância, da Secretaria Municipal de Ação Social e em dezembro de 1996 passou a se chamar Creche Municipal Tia Lina, uma homenagem a Zuelina Cadete da Fonseca, uma mulher de garra, coragem e doação, que deixou testemunhos de fé, amor e dedicação às pessoas menos favorecidas que acreditavam nos remédios caseiros que ela sabia preparar e receitar.
Natural de Minas Gerais, foi em Tangará da Serra, no ano de 1968, que Tia Lina iniciou sua obra social preparando garrafadas e distribuindo-as aos doentes da região.

09/02


Falta de professores prejudicará andamento das aulas na Escola Fábio Diniz Junqueira

As aulas iniciarão no próximo dia 14, porém, devido a falta de professores, conteúdo escolar será iniciado somente em março

Fabíola Tormes / Redação DS

As aulas nas escola municipais e estaduais em Tangará da Serra iniciarão no próximo dia 14. Porém, em muitas escolas, como no Centro Municipal de Ensino Fábio Diniz Junqueira, localizada no Jardim dos Ipês, as aulas iniciarão, efetivamente, depois do carnaval.
Os alunos, segundo a diretora da unidade, Joanilce Rosa de Lima, estarão em sala de aula a partir do dia 14, mas sem o professor efetivo. “Enquanto os professores que passarem no concurso e no seletivo não foram encaminhados até a escola, nós professores que estamos trabalhando em outras funções, como diretoria, coordenação e outros, teremos que voltar para sala de aula”, explicou, ressaltando, porém, que muitos terão que assumir até duas salas de uma só vez, impossibilitando dessa forma o início efetivo do conteúdo. “Nos anos anteriores o Seletivo era realizado no final do ano e como esse ano atrasou, atrapalhou o andamento das aulas. Mas acredito que mesmo assim não prejudicará o ano letivo”. Faltam cerca de 10 professores para as séries iniciais, dois na educação infantil, um para sala multifuncional, além de professores nas disciplinas de Língua Portuguesa, Artes, Inglês e História.
O Centro Municipal de Ensino Fábio Diniz Junqueira, fundado em 2001, tem hoje matriculado na unidade 621 alunos, do pré II ao 8º ano. Com 12 salas de aula, a unidade possui também sala de informática com 12 computadores e com a possibilidade de mais 12 máquinas novas do Ministério da Educação; biblioteca; sala dos professores com banheiro; sala da coordenação; cozinha, despensa, lavanderia e almoxarifado; saguão/refeitório (faltando apenas as mesas e cadeiras para lanche); quadra poliesportiva coberta; banheiros masculino e feminino, inclusive para deficientes físicos; campo society; sala multimídia (com computador, telão e data show; secretária/diretoria; e sala multifuncional para atender no contraturno alunos com dificuldades de aprendizado. “A escola tem hoje cerca de oito a 10 alunos especiais e essa sala ajuda no trabalho dos professores”.
E para melhor atender os alunos a partir da próxima semana, o Centro Municipal de Ensino esta passando por pequenos reparos como: limpeza e conserto de 17 ar condicionados, conserto de bebedouro e banheiros, troca de lâmpadas (cerca de 70%), e compra de alguns utensílios para cozinha.
A diretora aproveita ainda para informar que ainda há vagas no pré II (cinco no período matutino e 11 no vespertino), 1º ano (três no matutino e duas no vespertino), 4º ano (seis no matutino e nove no vespertino), 5º ano (10 no matutino e 13 no vespertino), 7º ano (somente uma vaga no matutino) e 8º ano (nove no vespertino). “Hoje nosso maior problema são com os segundo, terceiro e sexto ano, onde temos alunos na lista de espera por falta de vagas”. Além da falta de vagas para algumas turmas, a diretora destaca também a falta de espaço para oferecer o 9º ano (antiga oitava série). “Temos alunos que construíram toda uma identidade na escola, estudando desde as séries iniciais, e no final do fundamental tem que passar para outra escola. Não conseguem terminar o ciclo com a gente”.
E para resolver esse e outros problemas de falta de espaço, a diretora já solicitou junto a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) a construção de um pavilhão para abrigar somente a educação infantil. “A intenção é construir um novo pavilhão com mais três salas de aula, brinquedoteca, biblioteca nova, além de banheiros, bebedouro e saguão adaptado para atender os pequenos e ainda um parque infantil”. Ela afirma que esse novo espaço resolverá o problema também da sala de informática que necessita de mais espaço para receber os novos computadores.
Já em relação aos projetos para este ano, a diretora destaca o 'Mais Educação' do Ministério da Cultura. Segundo ela, somente duas escolas de Tangará da Serra foram contempladas com o projeto – Gentila Susin Muraro e Fábio Diniz Junqueira – pois as mesmas ficaram abaixo da média nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Neste projeto serão realizadas atividades extra classe com alunos considerados 'problemáticos'.
O Ideb da escola, em 2007, nas séries iniciais do ensino fundamental foi 3.3. Em 2009 foi de 4.3 e a projeção para 2011 é de 4.1. Já nas séries finais do ensino fundamental o Ideb em 2009 foi 4.4 e a projeção para 2011 é de 4.5. “Nas séries iniciais, apesar da projeção ser menor que o alcançado em 2009, a nossa obrigação é de não descer”, finalizou.




Novas creches representam a inclusão de mais 315 crianças na educação infantil

Fabíola Tormes / Redação DS

A Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) inaugurará nas próximas semanas mais duas novas creches em Tangará da Serra – uma no Jardim Paulista e outra no Jardim Atlântida. Juntas elas representam a inclusão de mais 315 crianças na educação infantil, sendo 145 na unidade do Jardim Paulista e 170 no Atlântida.
De acordo com uma das coordenadoras da Educação Infantil da Semec, Kátia Beck, as creches estão quase prontas para receber os alunos, porém ainda não pode precisar uma data para inauguração. “Todas as matrículas já foram feitas, porém aguardamos a chegada de todos os mobiliários no caso do Jardim Paulista e acabamentos no Jardim Atlântida para iniciarmos as aulas”, explicou.
No Jardim Paulista, por exemplo, o trabalho de construção, acabamento e jardinagem já foi encerrado, faltando apenas a mobília da unidade. Já a unidade do Jardim Atlântida, além de toda a mobília, falta finalizar toda a obra da parte externa da creche.
Ainda de acordo com a coordenadora, em suas estruturas físicas as creches possuem quatro salas de aula, sala dos professores/coordenação/secretaria, quatro banheiros, sendo dois adaptados para cadeirantes, parque infantil, cozinha, refeitório, lavanderia e duas despensas.
A creche do Jardim Paulista atenderá alunos de 1 a 5 anos – maternal I ao Pré II, sendo que somente o maternal I será em período integral. Já a unidade do Jardim Atlântida atenderá crianças de 2 a 5 anos, correspondendo do maternal II ao Pré II, todas em meio período. São coordenadoras as professoras Conceição Aparecida do Carmo (Paulista) e Daize Ferreira Vidal (Atlântida).




Bento Muniz e João Batista: O que falta em infraestrutura excede em qualidade pedagógica

Projetos diversos e preocupação constante com a qualidade do ensino

LUCIANA MENOLI/Redação DS

Criadas em meados da década de 1980, as escolas estaduais Vereador Bento Muniz e Professor João Batista levam os nomes de dois valiosos cidadãos, que fizeram a história de Tangará, cada um em sua área respectiva. Além disso, o que esses dois centros estaduais de ensino têm em comum é a precariedade da infraestrutura e a batalha diuturna de suas equipes docente e administrativa para a melhoria da qualidade de ensino. Enquanto uma passa por reformas, a outra aguarda os recursos do estado para a reconstrução de uma parte e reforma de outra.
Na João Batista, localizada no Jardim Primavera, área central de Tangará, os cerca de 900 alunos, atualmente, têm à disposição 12 salas de aula, biblioteca com mais de 2 mil títulos, laboratório de informática, sala de recursos, da diretoria, dos professores, da coordenação e da secretaria. Eles estão matriculados me 28 turmas, entre as séries do ensino fundamental e médio, nos períodos matutino, vespertino e noturno. No noturno ainda existem muitas vagas, já no vespertino as vagas são exíguas.
O Bento Muniz, no Jardim Santiago, também dispõe de vagas em várias fases do ensino fundamental. Lá, são cerca de mil alunos distribuídos em 31 turmas e 11 salas, também nos três períodos, com a mesma estrutura administrativa. Contudo o laboratório de informática, hoje com 17 computadores, tem uma novela a ser contada, já que tem mais 17 computadores encaixotados porque a Seduc não manda a verba para os acertos na parte elétrica. Virou novela, porque essa situação tem mais de seis meses. A biblioteca também não existe, há apenas um depósito de livros, como classificou a diretora. As duas estão com seu quadro de professores incompleto, aguardando a nomeação dos aprovados no concurso do estado, nesta sexta-feira e a contratação de professores extras para as aulas remanescentes.
INFRAESTRUTURA – As duas escolas passaram por maus bocados em 2010. Na Bento, o telhado do 'refeitório' e da cozinha caiu no início do ano passado, porém, só agora, em janeiro as obras começaram. “É um descaso do estado”, comenta a diretora, Vanda Marcelo Freitas, dizendo que a previsão para o término das obras é o mês de julho. A quadra da escola também não tem a mínima condição de uso. As salas precisam de consertos, como a colocação de vidros nas janelas, que caíam aos simples abrir das folhas. A pintura e uma reforma mais aprimorada estão orçadas em mais de R$ 2,2 milhões, que são prometidos ainda para este ano. Nestes recursos, porém, não há menção à quadra.
No caso da João Batista, muitos rumores e erros em veiculação de matérias em redes locais de TV no ano passado assustaram os pais, pois todos achavam que a escola seria interditada e completamente demolida; isso graças a mal-entendidos criados pela própria Seduc. De acordo com Samuel Vieira da Silva, diretor da escola, apenas a parte de trás da escola será demolida e serão construídas 18 novas salas de aula. “São salas construídas pela comunidade, com muito esforço e boa intenção, mas sem projeto. Hoje, estão caindo”, relatou o diretor, enquanto mostrava a situação precária de telhados, paredes e forros da parte que será demolida. Segundo Vieira ainda, a parte que hoje é a frente receberá uma boa reforma também e o colégio passará a ter a frente para a Av. Ismael J. Nascimento. “Com a ampliação de salas, poderemos atender a toda a demanda da Vila Horizonte e do Centro”, salientou, desmentindo boatos sobre a interdição total da escola e a possível locação de outro local para enviar os seus alunos. As promessas para a liberação dos recursos datam o mês de março.
Ainda, as carteiras são um problema a parte nas duas escolas. Na Bento, apesar das reformas, ainda faltam cerca de cem carteiras, que foram pedidas, mas até agora a Seduc não enviou. Na João Batista, foram 150 pedidas e até agora nada, também, sendo que cem foram reformadas. Além disso, as ressentem da falta da quadra coberta.
PROJETOS –  As duas escolas apresentaram diversos projetos em 2010, sendo que a Bento foi até premiada pelo Agrinho. A diretora disse que ainda fará uma reunião com os professores para ver os novos projetos e a continuidade dos já existentes, até pela questão estrutural da escola. Ali, a preocupação maior está num novo aspecto da educação em Mato Grosso, a 'enturmação', que é lei antiga, porém, agora está tomando forma com o novo programa de informação do governo, que não aceita alunos de determinadas idades em séries que não estejam naquela faixa etária. Por exemplo, se há uma criança de 12 anos na 3ª fase do 1º ciclo, a antiga 3ª série, ela será automaticamente inserida agora na 2ª fase do 2º ciclo, que seria a antiga 6ª série, mesmo sem condições para tal. É um gatilho para a não repentência. “É uma aberração deste ciclo de formação continuada do governo. Que profissionais teremos daqui por diante com esse tipo de ensino. Como educadora, me preocupo com o resultado de tudo isso”, destaca Freitas.
Quanto à Batista, diversos projetos em forma impressa foram feitos no ano passado, contando com revista, livros e até uma agenda. Contudo, um projeto via web ganhou projeção estadual e foi destacado no site da Seduc. O blog da professora Maria Elena, onde seus alunos escreveram crônicas, histórias e teceram críticas, incentivados em oficinas de criação de textos com vistas às Olimpíadas de Português, rendeu uma maior qualidade na produção dos alunos do ensino médio. Para este ano, alguns desses projetos serão reformulados e continuados.
IDEB – Apesar das dificuldades estruturais, as duas escolas atingiram notas excelentes no Ideb, ultrapassando as metas de anos posteriores. A João Batista ficou com 5,3 para o 9º ano, o índice projetado para 2015, e 4,3 para o 4º e 5º anos, índice projetado para 2017 somente. No Enem, a nota geral foi 515,27, ficando na terceira colocação entre as escolas tangaraenses. Já a Bento, ficou com nota 5,1 para o 4º e 5º anos, ultrapassando a meta de 2015, e com 4,3, no 9º ano, superando a meta de 2013.

10/02



Em meio a bosques: Antônio Casagrande e Décio Burali são as duas escolas mais arborizadas do município

São mais de cem árvores em cada escola, plantadas e cuidadas por professores e alunos

LUCIANA MENOLI / Redação DS

Se Aristóteles fosse tangaraense, com certeza escolheria o Centro de Educação de Jovens e adultos Antônio Casagrande (Ceja) ou o Centro Municipal de Ensino Décio Burali. O tal filósofo grego era partidário de ensinar aos seus pupilos sob árvores em meio ao bosques e, nestas duas escolas, a primeira estadual e a outra municipal, árvores não faltam. São mais de cem árvores em cada uma; todas plantadas e cuidadas por alunos e professores em projetos do início da década de 2000. Em ambiente fresco e com sombra, os alunos têm uma outra qualidade de vida enquanto permanecem nas respectivas escolas.
Qualidade de vida, inclusive é o que o seja prega como tema em todas as suas ações. Criado no início da década de 1990, com o objetivo de atender ao supletivo, a escola localizada no Jardim do Sul passou por ampliações e modificações na sua clientela. Hoje, com cerca de 1.500 alunos distribuídos em 22 salas, sendo 10 delas emprestadas do município no CME Antenor Soares, e divididos pelos três turnos em 26 turmas. Vagas, só no matutino, pois à tarde as turmas estão completas e à noite faltam vagas e salas. De acordo com a diretora, Izabel Donizete Cestari de Arruda, há uma população de pelo menos 300 alunos à espera de vagas, mesmo com as turmas de extensão no Antenor. Para ingressar no Ceja, o aluno precisa ter 15 anos para as séries iniciais e 18 para o ensino médio.
A escola ainda tem as salas da administração (secretaria, direção, coordenação e articulação), além da biblioteca com cerca de 2 mil títulos, do bosque criado em 2002 por meio de projeto de professores do ensino fundamental, e da quadra cimentada e a de areia. O laboratório de informática tem 17 computadores e muitos aparelhos de ar-condicionado encaixotados, isso porque a Seduc não enviou os recursos para a adequação elétrica. “Já temos dificuldades com a rede hoje. Quando vamos utilizar a quadra à noite, temos que desligar os refletores da frente e os freezeres”, salienta a diretora. Quanto às carteiras, o estado enviou 170 carteiras novas e a escola mandou reformar mais 150, suprindo as necessidades.
Diversos são os projetos e programações, como dar continuidade ao Informativo do seja, o torneio de jogos, o evento afro, a festa junina e os sábados culturais. Inclusive, foi por meio de algumas dessas programações que a escola conseguiu construir sete salas com recursos próprios, em regime de mutirão com alunos e com parceria da prefeitura em materiais. Tudo na Casagrande é feito em conjunto, com a participação de todos. Um dos projetos do ano passado, foi o livro Experiências Pedagógicas do seja, onde professores contaram suas experiências e alunos deram depoimentos de como a educação mudou sua vida.
Nesta semana, dezenas de professores foram convidados para a Semana Pedagógica do Ceja, que vai até sexta-feira, a maioria deles interinos, pois a Casagrande é a escola com o maior número de interinos no município. Mesmo sem a garantia de estarem inclusos neste ano letivo, a participação foi maciça.
Hoje, o Ceja atende a séries do 1º segmento (correspondentes às séries de 1ª a 4ª), do 2º segmento (correspondentes às séries de 5ª a 8ª), além do ensino médio. Quanto à notas do Ideb, para a 4ª série, 4,8, ultrapassando a meta para 2009 e chegando à meta de 2013. No caso da 8ª, 4,0, ultrapassando a meta projetada para 2013. Números que refletem o compromisso contínuo do corpo docente e dos alunos do Ceja com a qualidade na educação e de vida. A diretora espera que um projeto com mais 22 salas saia das promessas, cirando assim um Centro de Referência do Ceja, atendendo a toda a demanda discente do município nesta classificação.
DÉCIO BURALI – Localizado no Alto da Boa Vista, o bairro mais distante do Centro tangaraense e criado em 1997, o CME Décio Burali conta com uma excelente estrutura física, como a maioria das escolas municipais em Tangará. Porém, a Décio ressente de ter o menor corpo docente efetivo da rede municipal, apenas três professores em sala de aula, pois os outros cinco ocupam cargos na administração da escola. “Esperamos pelos resultados do concurso e do teste seletivo para completarmos nosso quadro de professores”, afirma Lucineide Aguiar.
A Décio atende a uma clientela de mais de 540 alunos, matriculados nos períodos matutino e vespertino em 22 turmas da educação infantil (Pré I e II) e ensino fundamental (1ª a 8ª). São 11 salas de aula em funcionamento, mais sala multifuncional, de projetos, da ala administrativa, biblioteca (são quase 3 mil títulos) e laboratório de informática com 19 computadores. Todo cercado por árvores (muitas frutíferas) e plantas, a Décio Burali possui ainda uma horta com legumes e verduras (quiabo, couve, cheiro verde, alface, etc), quadra de areia e quadra coberta. Os alunos podem fazer suas refeições sentados. Quanto às melhorias, a diretora aponta que alguns reparos são necessários, mas nada de muita monta. “Basta um pouco de boa vontade da Semec”, comenta, salientando que a prefeitura tem um projeto de fazer a calçada da escola em breve e que uma nova creche, no terreno que fica atrás da escola, pode ser construída. “Seria muito bom para nós, pois poderíamos destinar essas salas que hoje servem à educação infantil, para complementar o nosso déficit de vagas do fundamental”, ressalta Aguiar.
Segundo ela, a escola pretende adotar um projeto para acabar com as distorções entre séries e idade dos alunos, pois há um alto índice deste problema. Segundo ela, cerca de 35 % dos alunos estão em séries não correspondentes à dua faixa etária.
Outro projeto, que já vai para o 8º ano, é o “Melhorar para Acampar”, onde os alunos que têm uma melhoria no seu desempenho, participam de um acampamento no final do ano, cheio de atividades. “Isso tem dado resultado em sala e na vida deles”, destaca a diretora, que faz questão de salientar a participação de todos na melhoria continuada da qualidade da educação naquela escola, bem como do Conselho Escolar e da comunidade, que  tem muito respeito pela escola.
Quanto ao Ideb, a Décio pretende continuar melhorando a cada nova avaliação. Para  o 5º ano, a nota em 2009 foi 4,6, superando a meta de 2013. NO caso do 9º ano, foi 3,9, cumprindo a meta que este ano é de 4,1. “Queremos ultrapassá-la”, finaliza Aguiar.



Após anos de reivindicação, comunidade escolar da Jonas Lopes comemora novas instalações

A unidade esta totalmente reformada, faltando alguns detalhes para se tornar 'modelo'

Fabíola Tormes / Redação DS

Fundada em 14 de março de 1986, a Escola Estadual Jonas Lopes da Silva inicia o ano letivo na próxima segunda-feira com boas notícias, em relação a muitas escolas estaduais em Tangará da Serra.
Segundo a diretora da unidade, professora Maria de Lourdes Fernandes Ponso, após aproximadamente seis anos de muita luta e reivindicações, finalmente toda a comunidade escolar da Jonas Lopes tem o que comemorar. A unidade esta totalmente reformada, faltando alguns detalhes para se tornar 'modelo'. Desde que foi fundada a escola passou por das grandes reformas e outros pequenos reparos, sendo que a última foi entregue no início do ano passado. Na oportunidade foi realizada toda a troca da instalação elétrica, hidráulica e de todo o telhado, aumento do refeitório e ainda a construção de todo o muro em volta da unidade. Já este ano, antes mesmo do início das aulas, foi realizada toda a recuperação do piso. Além de toda a reforma no prédio, a escola recebeu ainda em 2010, mais de 250 novas carteiras escolares e 10 mesas com bancos para o refeitório.
Atendendo cerca de 400 alunos desde a alfabetização ao ensino fundamental, a escola tem 14 salas de aula, laboratório de informática com 21 computadores, sala de articulação para atender alunos com dificuldade, sala de recurso multifuncional com psicopedagoga, biblioteca com aproximadamente quatro mil exemplares, sala dos professores, coordenação, secretaria, banheiros, refeitório, cozinha, uma ampla área de lazer e quadra poliesportiva. “E toda a nossa escola é adaptada para deficientes físicos”.
Mas para que a escola fique ainda melhor, a diretora já solicitou a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) a construção de mais três salas de aula e um auditório, além da reforma total e cobertura da quadra de esportes (única área da escola que ainda não foi reformada). “O bairro esta crescendo, pois nos próximos meses serão entregues novas casas na região. Então estamos pensando no futuro para quando essas famílias se mudarem para o bairro, já tenham vagas para seus filhos na nossa escola”. Ainda segundo a diretora, a escola já esta pronta para receber os alunos na próxima segunda-feira, 14, faltando apenas fechar o quadro de professores para mais um ano letivo.
E além de toda a estrutura física a comemorar, a diretora destaca também o desempenho dos alunos nas provas do Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) que vem crescendo a cada ano. Nas séries iniciais do ensino fundamental, em 2007, a escola alcançou o índice de 4.0 e em 2009  de 4.7, sendo que o projetado para o ano era de 3.7. Além de ultrapassar a meta de 2009, a escola também ultrapassou a pontuação projetada para 2011 que é de 4.1.
Já nas séries finais do ensino fundamental, em 2007, a escola alcançou 3.5 e em 2009 foi para 4.2 (o projetado era 3.9), igualando a pontuação projetada para 2011 – 4.2. “Tivemos um crescimento significativo ao longo dos anos e acredito que isso seja reflexo do trabalho e dedicação de cada funcionário da escola”, comentou, ressaltando que “vamos tentar não baixar e melhorar cada vez mais, pois já em 2009 conseguimos atingir e até passar a meta projetada para 2011”.
Quanto ao projetos desenvolvidos na Jonas Lopes, Ponso destaca o Projeto horta – com a participação de todos os alunos da escola, onde o objetivo é ensiná-los a plantar e colher alimentos e com isso melhorar a alimentação escolar, ensinando também o valor nutricional de cada item plantado e Projeto Escoteiro Escolar – aberto para todos os alunos para que no contra turno escolar colaborem na orientação de, por exemplo, supervisionar os demais alunos para questões como jogar lixo no lixo, não desperdiçar água, manter a ordem no recreio, entre outros.
Além desses desenvolve ainda projetos como a fanfarra, com a participação de 100 alunos, Aluno Nota 10, oferecendo uma viagem no final do ano àqueles alunos que se destacaram durante em aprendizagem e disciplina e ainda contra o desperdício de água e luz. “Trabalhamos durante todo o ano passado a questão da economia da água e da luz, evitando o desperdício, e o resultado pode ser visto neste ano. No ano passado pagávamos cerca de 640 reais de água e já neste ano abaixamos para 130 reais”, comentou a professora, ressaltando que todos esses projetos são trabalhados também em sala de aula e que os mesmos ajudam no crescimento do aluno. “Notamos muitas mudanças a partir do momento que os alunos passam a participar dos projetos”. Já para este ano a escola pretende implantar outro projeto visando a preservação do patrimônio.
HISTÓRIA - O nome da escola foi dado em homenagem a Jonas Lopes da Silva, que foi vice-prefeito de Barra do Bugres em 1966, quando Tangará da Serra ainda pertencia ao município vizinho. Jonas Lopes chegou em Tangará da Serra no dia 13 de julho de 1961 e desde então participou ativamente da vida política da cidade, inclusive gerando, anos mais tarde, frutos políticos. Ele era pai do ex-vereador Daniel Lopes da Silva.

11/02



Em São Joaquim, escola estadual Antônio Hortolani pede socorro

Situação da estrutura física da unidade escolar é precária. Última reforma aconteceu há nove anos.


Sergio Roberto – Redação DS

Paredes trincadas, pintura danificada, forro deteriorado, goteiras. Banheiros em situação ruim, playground inutilizado, matagal. Basta adentrar a primeira sala de aula para constatar que a Escola Estadual Antônio Hortolani pede socorro às autoridades.
Localizada no distrito de São Joaquim (Joaquim do Boche), em Tangará da Serra, a escola integra o grupo das mais antigas do município. Foi fundada em 1977 e conta atualmente com oito salas de aula para 180 alunos matriculados nos três turnos, nos níveis fundamental e médio e também no EJA – Educação de Jovens e Adultos. Para 2011, o corpo docente será composto por 15 professores.
A coordenadora do educandário, professora Adriana Amorim dos Santos, lamenta a situação precária da estrutura física. Ela reclama – e com razão – do abandono da escola. “Precisamos de um olhar melhor”, disse, desolada, enquanto olhava para uma grande rachadura na parede de uma das salas.
Quase todas as salas de aula possuem rachaduras nas paredes. O forro passa a impressão de que pode despencar a qualquer momento. Há goteiras. Os brinquedos do parquinho não têm a menor condição de uso. Os banheiros são acanhados e um deles está em péssima situação. A pintura está descascando e o mato parece avançar em marcha dominante nas imediações da quadra coberta – esta, sim, novíssima.
A biblioteca possui cerca de 500 volumes didáticos, literários e de pesquisa, além de alguns vídeos. Mas o espaço – do tamanho de um quarto pequeno – impede os alunos de realizarem trabalhos no local.
Trocando em miúdos: a Escola Estadual Antônio Hortolani precisa de uma reforma geral. E urgente!
O conjunto da unidade escolar, porém, sugere um ambiente agradável, amplo e arejado. A cozinha é bem estruturada e fornece alimentação de muito boa qualidade. Segundo a professora Adriana Amorim, há esperança de haver alguns trabalhos de restauração da estrutura física este ano. “Já ouvimos algo sobre esta possibilidade”, conta, lembrando que a última reforma na escola foi realizada em 2002.
Apesar da situação precária, a escola receberá os alunos na abertura do ano letivo, no próximo dia 14. “Pelo menos há carteiras escolares”, finaliza a coordenadora do educandário.


Creche de Progresso está pronta para receber os pequenos


Sergio Roberto - Redação DS

O Centro Municipal de Ensino Diva Martins Junqueira, no Distrito de Progresso, em Tangará da Serra, está à espera de 150 crianças para o início do ano letivo deste ano.
No decorrer desta semana, a “Creche do Progresso” - como é conhecido o educandário infantil no mais antigo distrito do município – recebia vários trabalhos de melhorias estruturais e de decoração das salas, além da preparação do planejamento anual por parte professores. Estes, por sua vez, somam um quadro de quatro profissionais para o maternal e cinco professores auxiliares.
A creche possui sete salas de aula e ainda duas turmas de pré-escola. A estrutura física é satisfatória, mas falta uma sala para o “soninho”. Os banheiros têm boa estrutura e estão adequados ao maternal e à pré-escola.
A cozinha é bem equipada – apesar de ainda ter o botijão de gás no seu interior -, mas a despensa precisa de algumas melhorias. A alimentação é de boa qualidade, sendo oferecido às crianças café da manhã, almoço, lanche da tarde e um segundo lanche pouco antes do retorno para casa.
Segundo a coordenadora pedagógica e administrativa da creche, professora Tamara Augusta França, a estrutura do educandário ainda não atende 100% da demanda do distrito, mas há somente dois casos na fila de espera por vagas.
Na questão didática e lúdica, professora Tamara destaca a importância da brincadeira no aprendizado infantil. “É a base que adotamos. Todos os conteúdos são contextualizados”, informou a coordenadora. 

Escola Patriarca da Independência projeta melhorias durante o ano letivo

Pioneiro na região, educandário de Progresso se confunde com a própria história de Tangará da Serra.

Sergio Roberto – Redação DS

Corriam os anos da década de 1960. A região ainda era chucra, de acesso sofrível pela grossa floresta. A poaia atraía o interesse de pioneiros desbravadores e as primeiras propriedades rurais eram erguidas em clareiras na mata.
Foi nesse ambiente de meio século atrás que começaram a surgir as primeiras escolas de Tangará da Serra, entre elas a hoje Escola Estadual Patriarca da Independência, localizada no distrito de Progresso. Fundado em 1970 sob designação de Escola Rural Mista pelo então prefeito de Barra do Bugres, José Amando Barbosa, o educandário se confunde com a própria história de Tangará da Serra.
Começou com quatro salas e em 1976, sob direção de Pedro Alberto Tayano, foi convertida em escola estadual. Dois anos depois, recebia a primeira ampliação, passando a contar com oito salas de aula. Nesta mesma época, a Escola Estadual Patriarca da Independência abrigou uma turma de educação infantil, num convênio com a LBA – Legião Brasileira de Assistência. “Foi o embrião da educação infantil no estado”, conta o atual diretor do educandário, Fábio Martins Junqueira, que já integrava o quadro de professores da escola naqueles anos.
Hoje, quase meio século depois, a escola é um marco histórico dos ensinos fundamental e médio de Tangará da Serra. Conta com 14 salas para cerca de 500 alunos. A unidade escolar pode comportar um corpo discente de até 1.000 estudantes, em caso de atividades nos três turnos – matutino, vespertino e noturno. Ao todo, 30 professores compõem o corpo docente, entre efetivos e contratados.
ESTRUTURA - A estrutura física da Patriarca da Independência é boa, mas há necessidade de algumas adequações. Segundo o diretor Fábio Martins Junqueira, os banheiros precisam de melhorias e não está descarada a construção de novos sanitários. A remodelação do refeitório também está em pauta. A cozinha, por sua vez, conta com estrutura satisfatória.
A biblioteca da escola é farta numa comparação com as demais escolas. Funciona no espaço que no passado foi do ensino infantil. Há, porém, necessidade de melhorias, principalmente no forro.
Em outra ala da escola há necessidade de substituição do telhado, que naquela parte é de fibrocimento (eternit). Ano passado, algumas folhas da cobertura foram arrancadas durante um vendaval. A direção aguarda, também, o recebimento de 150 novas carteiras, condição fundamental para o início das aulas, na próxima segunda-feira, dia 14.
Fábio Martins Junqueira garante, porém, que a escola está pronta para receber os alunos pra o ano letivo. A estrutura atual é satisfatória e alguns reparos simples estão em andamento. Algumas melhorias – como substituição de aberturas, foros e de parte do telhado - serão feitas durante o ano letivo, sem prejuízo – segundo Fábio – às atividades dos estudantes.
IDEB – De acordo com Fábio Junqueira, algumas distorções de anos passados tiveram impacto no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). De 4,6 pontos em 2007, a escola apresentou declínio para 4,5 em 2009, ficando aquém da meta de 4,8 pontos estabelecida pelo MEC. Para este ano, a meta é de 5,1 pontos. “Vamos superar esta meta, estamos trabalhando para isto” garante o diretor da Escola Estadual Patriarca da Independência.


Escola Agrícola começará ano letivo com déficit de professores

Estrutura do educandário está entre as melhores do município, mas ainda há necessidade de novas salas e novos computadores.


Sergio Roberto – Redação DS

Ensino de qualidade para alunos do interior e ambiente muito agradável são duas das principais características do Centro Municipal de Ensino Agrícola Ulysses Guimarães, em Tangará da Serra, na comunidade Belo Horizonte.
Fundada em 1993, a Escola Agrícola – como é conhecida no município - atende estudantes de localidades rurais. São oito salas de aula que comportam até 240 alunos se as aulas fossem ministradas em dois turnos. Como as aulas ocorrem em período integral, a escola atenderá a partir da próxima segunda-feira (14), no início do ano letivo, 170 estudantes do 1º ao 9º ano fundamental.
A estrutura está entre as melhores do município, com alas bem distribuídas, laboratório de informática, sala de multimídia, espaços para atividades ligadas à agricultura e à pecuária, maquinário e utensílios agrícolas, criações de animais, além de campos experimentais e instruções de zootecnia.
Os jardins do pátio interno e o ambiente campestre da escola remetem alunos e professores à sensação de bem-estar. A cozinha é muito bem estruturada e as refeições oferecidas aos alunos (obviamente) são de excelente qualidade, já que há o aproveitamento do que é produzido nas hortas, lavouras e criações de animais da área de terras onde o educandário está instalado.
Além da grade curricular tradicional, a Escola Agrícola trabalha projetos extracurriculares diversos, sendo alguns em cooperação com a Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) – como os programas agroambientais -. Há também projetos relacionados à zootecnia (formação específica destinada ao campo) e à integração lavoura-pecuária (Projeto Mandala), além das oficinas técnicas conduzidas dentro de um conceito interdisciplinar.  
DEMANDAS – Virtudes à parte, há necessidade de algumas melhorias. Segundo os coordenadores da escola, professores Carla Regina Eidt e Gilberto dos Santos Souza, é necessária uma ampliação com duas novas salas para compensar o espaço ocupado pelo laboratório de informática e pela sala de multimídia. Os banheiros precisam ser reformados, a biblioteca não é climatizada e ainda se mostra incipiente – apesar do franco desenvolvimento verificado nos últimos anos.
Também há necessidade de novos computadores para substituir obsoletos PC’s com memórias já insuficientes, uma internet mais potente e novas carteiras escolares. Parte destas demandas, segundo a coordenação, já vem sendo providenciado pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec).
A principal deficiência, porém, está justamente no ensino. Atualmente com oito professores, a escola precisa dobrar seu corpo docente. Assim, a Escola Agrícola iniciará o ano letivo com déficit de professores, até que seja consolidada a contratação dos professores aprovados no último teste seletivo.
IDEB - Quanto ao Ideb, o portal onde os índices das escolas são apresentados não mostra a avaliação da Escola Agrícola referente a 2007 e de anos anteriores. Em 2009, o índice registrado é de 04 pontos. Para 2011, a meta estabelecida pelo Ministério da Educação e Cultura é 4,3 pontos.

12/02



Escola 13 de Maio aguarda reformas prometidas pelo governo

Melhorias nas redes elétrica e hidráulica e correção de problemas de alagamentos são algumas demandas para o ano letivo.


Sergio Roberto – Redação DS

A Escola Estadual 13 de Maio, localizada no centro da cidade, precisa de melhorias urgentes para oferecer melhores condições aos seus alunos no ano letivo que inicia na próxima segunda-feira. Uma das mais tradicionais de Tangará da Serra, a unidade aguarda o cumprimento da promessa de reformas feitas ano passado pelo governo do estado.
Inaugurada em setembro de 1978, a Escola 13 de Maio atenderá este ano cerca de 1.000 alunos nos períodos matutino, vespertino e noturno. São 12 salas e quase 60 professores, entre efetivos e contratados. A partir deste ano, a escola deixa de oferecer o ensino fundamental para se dedicar às series do ensino médio regular e ao “Emiep” – Ensino Médio Integrado à Educação Profissional. Nesta última modalidade, o educandário oferece os cursos de Técnico em Informática – cuja primeira turma terá sua formatura este ano – e o novo curso de Técnico em Comércio.
Segundo a presidente do Conselho Deliberativo, professora Margareth Ozeika Poletto, a escola luta para melhorar sua performance nos índices de avaliação do ensino. Até o ano passado, quando ainda havia aulas do ensino fundamental na unidade, o índice verificado no Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - era de 3,9 pontos. Agora, com a exclusividade do ensino médio, o educandário se vê às voltas com um problema crônico: a evasão escolar.
A professora explica que a evasão é bem mais acentuada no período noturno, já que os alunos que frequentam as aulas também trabalham. “Muitos chegam do trabalho em casa depois das 18h00 e às 19h00 têm de estar na escola. O cansaço interfere no rendimento deles e parte acaba desistindo das aulas”, ilustra Margareth Poletto. A evasão, vale lembrar, interfere negativamente na avaliação da qualidade do ensino de uma unidade escolar.
Por outro lado, os projetos pedagógicos são interessantes. Há o “Circuito Interativo”, através do qual os alunos da 13 de Maio interagem com alunos especiais, e também o “Projeto Humanizar”, em que os estudantes trabalham a sensibilização pelos direitos das pessoas com deficiência.
A biblioteca, estrutura fundamental para a qualidade no ensino, é um ponto positivo da Escola 13 de Maio. São 6.000 títulos e mais de 15 mil volumes, o que representa o melhor acervo entre as escolas públicas de Tangará da Serra. 
ESTRUTURA – Além da luta contra a evasão escolar, a Escola 13 de Maio tem outro desafio: melhorar sua estrutura física. Se por um lado a construção em alvenaria é de boa qualidade, por outro há necessidade de melhorias urgentes na rede elétrica, que atualmente não comporta mais nenhum equipamento. “Temos 13 aparelhos de ar-condicionado novos, ainda nas caixas, que não podem ser instalados porque a rede não suporta a carga”, conta a professora Margareth. Segundo ela, a rede não comporta mais um computador sequer.
Há problemas na parte hidráulica e também nos banheiros, que precisam de reformas o mais rápido possível. Além disso, sempre que chove forte a escola fica alagada, com as salas sob ameaça de invasão da água. A escola também precisa de ao menos 100 novas carteiras escolares.
Ano passado, já com Silval Barbosa no governo, a escola foi contemplada com cinco laboratórios para ciências, linguagem e informática. As obras, orçadas em R$ 292 mil, ainda não saíram do papel. A retomada, porém, está autorizada pelo governo. 
PROMESSA - Todos os problemas estruturais, segundo a professora Margareth, já são de conhecimento dos engenheiros da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). No próximo dia 24, representantes da escola - entre eles a própria professora Margareth Poletto e a diretora Cirleide Rodrigues Pereira - estarão na capital para uma audiência com a secretária de Estado de Educação, Rosa Neide Sandes de Almeida. “Vamos insistir na reivindicação pelas reformas”, disse Margareth. As melhorias, vale salientar, foram prometidas pelo próprio governador Silval Barbosa ainda no ano passado.




Cerca de mil alunos estão matriculados nas rurais de São Jorge e do Antônio Conselheiro

Marechal Rondon é a que tem o maior número de alunos, seguida pela Ernesto Che Guevara e Petrônio Portela

LUCIANA MENOLI/Redação DS

A 32 Km da sede do município, localizada na agrovila 01 do Assentamento Antônio conselheiro, a EE Ernesto Che Guevara, foi criada em 1997, a partir da antiga localização de uma escola de fazenda que ali se situava. Hoje, com oito salas, que comportam 300 alunos divididos em 17 turmas nos três turnos, a Che é a maior escola do Assentamento. O nome da escola é homenagem ao revolucionário argentino Ernesto Che Guevara, que lutou na Revolução Cubana.
Para atender à demanda estudantil, a escola conta com cerca de 16 professores. Nas dependências do prédio ainda, há laboratório de informática, com 15 computadores ligados à internet, biblioteca, com cerca de 700 títulos, e sala multifuncional e de articulação. A escola ainda atende a uma parcela de estudantes da rede municipal de ensino; os alunos do pré I e II e do 1º segmento do Ensino Fundamental. O 2º segmento do Fundamental e o Ensino Médio ficam sob a responsabilidade do estado.
De acordo com o diretor do educandário, professor Silvano Araújo Pereira, a escola necessita de uma reforma, com pintura e conserto do alambrado, além da construção de mais três salas de aula para atender à demanda daquela região e, ainda, mais duas salas para a administração. “Hoje, secretaria, coordenação, direção funcionam num mesmo e pequeno espaço”, conta ele, salientando que a cozinha é adequada, apesar de também necessitar de reforma, e o refeitório tem um grande espaço, mas precisa de mesas e cadeiras. Sobre os projetos desenvolvidos, Pereira destacou dois que são permanentes, o da horta e o dos esportes, onde são trabalhadas as modalidades de futsal e vôlei. A escola conta com uma quadra cimentada sem cobertura e outra de areia.
Segundo o diretor, ainda, o atraso no envio da merenda e a falta de professores vai atrasar o início das aulas em uma semana. “Só teremos condições de começar no dia 21”, avisa.
EVENTO EDUCACIONAL - Ainda esta semana, a escola recebeu estudantes e técnicos da UnB e do MEC, num evento que destinou à licenciatura no campo, onde professores da Universidade de Brasília vieram acompanhar alunos que fazem atividades ligadas à licenciatura em Educação no Campo. De acordo com Silvano, os alunos vêm em regime de alternância. No ano passado, o evento ocorreu na vizinha Paulo Freire, que pertence a Barra do Bugres e, em 2011, a Che Guevara foi a escolhida para receber esses professores. As atividades aconteceram durante a quarta e a quinta-feira.
MARECHAL RONDON – Cercada de histórias e sob o nome de um dos maiores desbravadores brasileiros, a EE Marechal Rondon foi criada em 2000, sendo municipal. No ano passado, passou para o estado, porém ainda emprestando suas salas para o município. A 60 Km de Tangará e localizada também no Antônio Conselheiro, só que Agrovila 19, seus 277 alunos matriculados no estado e 60 no município, estão divididos em 7 salas de aula, em 17 turmas pelo três turnos. Sendo que o Pré I e II e o EJA – 1º segmento – estão sob a responsabilidade do município e o ensino fundamental e médio, do estado. Há ainda sala multifuncional e de articulação, laboratório com 10 PCs com acesso à internet e três salas direcionadas à administração.
A direção, sob a batuta do professor Elier Pinto da Silva, pede mais seis salas para atender à demanda, mas a Assessoria Pedagógica diz que 04 atenderiam perfeitamente. A obra está prevista ainda para este ano. O diretor também salienta que a escola precisa de uma reforma geral, de cobertura na quadra de esportes e de alojamento para os professores que vêm da cidade. Ele diz ainda que não tem mesas nem carteiros o suficiente para o início da aulas. Na última quinta, ele se encontrava na Seduc, em Cuiabá, para agilizar os trâmites necessários para o início das aulas, bem como o mobiliário faltante e as obras em questão.
PETRÔNIO – Mais distante um pouco, fica a EE Ministro Petrônio Portella Nunes, já no distrito de São Jorge, a 70 Km da sede do município. Com 250 alunos sendo atendidos em 12 salas da aula por uma média de 15 professores, são 18 turmas trabalhando nos turnos vespertino e noturno, sendo três turmas de alunos do município. A Petrônio foi construída em 1983, porém, antes a comunidade de São Jorge estudava numa antiga escola de madeira, localizada na mesma rua, praticamente em frente do novo prédio. A primeira foi criada por volta de 78/79 e respondia como extensão da Patriarca da Independência, de Progresso, sob a direção do professor Pedro Alberto Tayano.
Quando foi criada em 82, a escola receberia o nome do antigo diretor, em sua homenagem, mas o governo Júlio Campos achou por bem homenagear o antigo ministro, senador e governador piauiense, Petrônio Portella.
O município responde pelo Pré I e II e pelo EJA – 1º segmento -, enquanto o estado, com 15 turmas, responde pelo fundamental e médio. O diretor, Antônio Carlos da Silva, o Carlinhos, diz que há necessidade de reparos na parte elétrica, forro, telhado e no pé direito do prédio e ainda adequação à acessibilidade. “Além disso, mais quatro salas são necessárias, mais a construção da biblioteca. Nosso sonho ainda é a quadra coberta. Já fizemos ofício à Seduc e ao deputado Wagner Ramos para que tragam as melhorias que necessitamos”, relatou o diretor da Petrônio.
Carlinos ainda contou que conseguiu através da Assessoria Pedagógica, mesas e cadeiras novas para o refeitório e todas as salas estão climatizadas, devido a recursos da comunidade do distrito e do PDE. “Nossos quadros também são modernos, de vidro, para escrever com pincel especial”, salientou. Além dessa estrutura, a escola de São Jorge conta com laboratório de informática, com 28 PCs, ligados à internet e divide uma sala para a articulação e multifuncional.
As escolas Jucileide Praxedes, a 20 Km de São Jorge, e Chapadão do Rio verde, na Fazenda Zacob, são escolas menores e atendem a alunos da rede municipal. O DS não conseguiu contatá-las devido à dificuldade de comunicação tanto via internet como via celular.




Sem espaço físico suficiente, alunos e professores da escola Dr. Hélcio de Souza improvisam para estudar

A escola foi fundada em 1992 e de lá para cá passou por apenas duas reformas, sendo que a última foi realizada em 2004/2005

Fabíola Tormes / Redação DS

Duzentos e quarenta e sete alunos matriculados no ensino fundamental, em dois períodos, e uma lista de espera com cerca de três a oito alunos em cada turma. Além disso, salas administrativas improvisadas e biblioteca dividida para ganhar mais espaço. Essa é a situação da Escola Estadual Dr. Hélcio de Souza
Com 18 anos de existência, a escola atende os alunos num pequeno espaço com 10 salas de aula, laboratório de informática com 26 computadores, banheiros de frente para cozinha, sala dos professores, coordenação/direção/secretaria, biblioteca com aproximadamente 800 exemplares (improvisada), cozinha, área de lazer coberta, quadra poliesportiva sem cobertura.
Segundo a diretora da unidade, Rosinalda de Oliveira, a sala da coordenação/direção/secretaria também é improvisada, numa sala de aula, assim como a biblioteca que se dividiu entre a sala dos professores e secretaria, que serve também como depósito para guardar material pedagógico. Desde 2008 a escola aguarda a ampliação de mais cinco salas de aula, biblioteca e laboratório de informática novo, além da reforma do prédio atual – piso, banheiros.
Em relação a reforma e ampliação, a diretora conta que várias pessoas da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), assim como representantes do município, já visitaram e mediram o espaço, apresentando inclusive o projeto de ampliação. “Só de ampliação já foram dois projetos que colocaram no papel. Inclusive a nossa reforma já foi até veiculada nos meios de comunicação, mas até agora não vimos nem um tijolo aqui”, lamentou, ressaltando que a necessidade urgente é relacionado ao espaço físico. “As aulas de educação física, por exemplo, são impossíveis de serem dadas nos dias muito quentes. Os professores são obrigados a trabalhar outras atividades na área coberta, mas que mesmo assim interfere nas salas de aula”. “Espaço para ampliação nos temos, falta é a boa vontade do povo”.
A escola foi fundada em 1992 e de lá para cá passou por apenas duas reformas, sendo que a última foi realizada em 2004/2005, quando construíram as salas de aula onde hoje estão improvisadas a coordenação/direção/secretaria e também biblioteca. “Mas mesmo assim, depois da reforma, muitos problemas apareceram como rachaduras”, contou, completando que várias solicitações foram feitas e nada resolvido.
Na parte pedagógica, além dos projetos que desenvolve, a escola também é destaque nas notas do Ideb. Nos anos iniciais a nota alcançada em 2007 é de 4.5 e em 2009 – 5.3, meta projetada pelo Ministério da Educação para 2013. Já nos anos finais a escola esta dois índices abaixo do projetado. “Mas estamos trabalhando para melhorar esses número”. Quanto aos projetos, Oliveira destaca o 'Jornal da Escola', projetos ligados ao meio ambiente, reciclagem, literatura de cordel, conto e reconto com as séries iniciais, entre outros.

Escola Joana D'Arc foi a única unidade que o DS não visitou

Redação DS

O Diário da Serra iniciou no dia 2 de fevereiro uma série de reportagens – Raios-X da Educação – com o objetivo de mostrar um pouco da realidade, boa e ruim, das escolas públicas de Tangará da Serra, além de sua história.
Nesses 10 dias, foram mais de 35 escolas visitadas e muitas informações colhidas. Porém, a única unidade escolar que não pode receber a equipe do DS foi o Centro Municipal de Ensino Joana D'Arc.
A diretora da escola, Ivete Tereza Ely Suares, durante contato telefônico na quarta-feira, 9, para agendar um horário para entrevista, disse que não poderia atender o Diário da Serra, pois estava muito ocupada.
A equipe do DS lamenta não fechar a série com o 'Raios-X' de todas as escolas públicas do município.




Novo prédio da Escola Laura Vieira esta em construção

Uma nova unidade esta sendo construída pela própria Igreja Evangélica Assembleia de Deus na Vila Alta III

Fabíola Tormes / Redação DS

Desde que foi fundada, em 14 de março de 1989 pelo Pastor José Genésio da Silva, a Escola Estadual Laura Vieira de Souza teve três denominações e transita entre o público e o privado. De 89 até dezembro de 1993, a escola funcionou sob responsabilidade do município, quando, de acordo com o documento do Decreto Municipal nº 092/GP/93 de 20 de dezembro de 1993, foi extinguida a denominação de “Escola Municipal Laura Vieira de Souza”.
Logo após a escola passou a funcionar como uma unidade particular, sob responsabilidade da Sociedade Beneficente Salmo 23, da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, com nome de 'Escola de 1º Grau Laura Vieira de Souza. Este foi o segundo momento da escola, que atualmente esta em sua terceira administração, sendo há 11 anos de competência do Estado de Mato Grosso.
Em prédio alugado, a escola atende cerca de 280 alunos, no ensino fundamental (do 1º ao 9º ano), em dois períodos. São cinco salas de aula, sendo duas no térreo e as outras três no primeiro piso, laboratório de informática (com 27 computadores), sala de articulação (com dois professores para atender alunos com dificuldade de aprendizagem), sala dos professores, secretaria, direção, cozinha, despensa, almoxarifado, banheiros, pátio coberto e para atividades físicas utilizam uma quadra de esportes particular nas proximidades.
De acordo com a diretora Magnólia Ramos, desde que foi fundada a escola realizada seus trabalhos num mesmo local, com adaptações a cada ano e algumas restrições, como a falta de quadra poliesportiva. “Nossa escola é pequena, em prédio alugado, porém ficaremos neste espaço somente mais esse ano”, contou, ressaltando que esta sendo construída uma nova unidade pela própria Igreja Evangélica Assembleia de Deus. A nova escola esta localizada na Vila Alta III e terá, em sua totalidade, três pavilhões para salas de aula e área administrativa. Desses, dois pavilhões já estão prontos, com seis salas de aula, toda parte administrativa, cozinha, refeitório, banheiros e quadra de esportes em construção. “A intenção é mudarmos para a nova escola no início do próximo ano letivo”, comentou a diretora. O Estado continuará alugando a estrutura.
Mas mesmo em pouco espaço e com muito improviso, a escola se destaca na parte pedagógica, através das altas notas no Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb), pois a escola esta bem além do projetado pelo Ministério da Educação (MEC). Tanto nas séries iniciais como nas finais do ensino fundamental, a escola alcançou a meta projetada para 2019, que é de 5.4. “É o conhecimento acima de tudo e vamos trabalhar agora para aumentarmos essa meta”.
Já em relação aos projetos que a escola desenvolve, Magnólia Ramos destaca os Projetos Arte Cultura na Escola e Devocional. No 'Arte e Cultura' é trabalhado o teatro, a dança, o coral e a arte como um todo, envolvendo todos os alunos no contra turno. Cerca de 150 crianças trabalharam do projeto em 2010 e o objetivo para esse ano é expandir a participação para toda comunidade escolar. “Queremos fazer com que os pais também participem dos projetos e consequentemente da vida dos filhos”. No 'Devocional' é realizado todos os dias, no início das aulas, em cada período, um momento de oração e reflexão com os alunos e professores. “Nosso primeiro momento do dia é com Deus”.
Além desses, a diretora destaca também o projeto de leitura, onde uma vez por semana cerca de 30 minutos do dia é dedicado para leitura, porém com diferencial – com a participação de todos os alunos, professores e funcionários, todos ao mesmo tempo.
Vale destacar que o nome da escola é uma homenagem a uma integrante da Igreja Evangélica Assembleia de Deus que participava no Círculo de Oração, visitando casas com trabalhos religiosos.


14/02



Escolas estaduais ressentem maior atenção do governo estadual

Só na última sexta-feira os professores começaram a ser encaminhados a seus respectivos cargos

LUCIANA MENOLI/Redação DS

Não é pela nota no Ideb, aquém de muitos estados, é pelo visível abandono com que são tratadas as escolas da rede estadual de ensino, que professores, diretores e alunos pedem por socorro. Com forros caindo, reformas por fazer, rede elétrica comprometida, falta de salas de aula, de laboratórios, de comprometimento maior de governos estaduais anteriores que não se atinham à questão educacional, as escolas estaduais estão sucateadas. De acordo com o novo governador, Silval Barbosa, uma de suas prioridades é a educação.
Em Tangará da Serra, em termos de estrutura física a contento, conforme bem mostrou a série 'Raios-X da Educação', estão EE 29 de Novembro, EE Jonas Lopes e EE Manoel Marinheiro, cuja reforma total atrasou e cujos recursos demoraram a sair, mas que ocorreu ainda no ano passado, quando Barbosa a inaugurou, já no cargo de governador, em substituição a Blairo Maggi, afastado para concorrer ao Senado. A EE Jonas Lopes também é exemplo, cheira a nova.
Mas o que dizer de escolas como a Bento Muniz, cuja última reforma foi tão malfeita que suas janelas estão sem vidros e suas paredes descascando. O teto do refeitório e da cozinha caiu e isso aconteceu em março de 2010. O governo começou a reforma somente agora, em janeiro, nove meses depois; uma gestação e tanto. A escola mais antiga do município, Emanuel Pinheiro, com seu Ideb lá em cima, demonstra desleixo, com pintura por fazer. Quanto às quadras das escolas visitadas, poucas têm cobertura. A EE João Batista é outra história de descaso, já que há anos diretores e mais diretores imploram por sua reforma e reconstrução. A Hélcio de Souza e a 13 de Maio, exemplos em projeto pedagógico, também não escapam da falta de infraestrutura.
E o descaso com o início das aulas? Só na última sexta-feira os professores começaram a ser encaminhados a seus respectivos cargos, será mais uma semana para que os novos efetivos tomem pé de seus postos e outra ainda para a localização dos interinos. As carteiras para Tangará da Serra também chegam somente esta semana, em dois lotes, segundo a Assessoria Pedagógica. Enfim, são diversos os problemas e que vêm de longa data.
PALAVRA DA ASSESSORIA – Em vista da realidade apresentada na páginas do DS nestas duas últimas semanas, a assessora pedagógica Vânia Ladeia, falou sobre algumas providências que já estão sendo tomadas pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) para suprir essas 'fragilidades'. Quanto às carteiras, como dissemos, chegam em duas remessas, uma no começo desta semana e outra no meio.
A assessora diz que de poucos anos para cá, o governo estadual tem melhorado a educação. “O governo Silval promete uma grande mudança. Termos em breve a visita da secretária estadual de Educação, Rosa Neide, falta apenas confirmarmos a data. Ela visitará nossas escolas para ver as maiores necessidades e problemas”.
No caso da rede elétrica, por exemplo, o governo estadual conseguiu do federal R$ 10 milhões para a recuperação, onde as salas de aula serão climatizadas e as escolas poderão ter mais laboratórios. “As escolas podem ainda pedir verbas emergenciais com esta finalidade”, explicou, dizendo que estas verbas são de até R$ 15 mil. Caso por exemplo do Antônio Casagrande, da Ramon Sanches Marques, da Pedro Alberto Tayano (que além da parte elétrica, necessita mudar o piso) e da 13 de Maio. Fora isso, Ladeia ainda ressaltou que as escolas recebem quatro repasses anuais e que esses repasses servem também para pequenos reparos, como pintura, conserto de forro, nada de muita monta, mas que evita que a escola se deteriore ainda mais.
Sobre os casos específicos, a assessora revela que as obras da João Batista devem começar ainda no primeiro semestre, bem como o refeitório e cozinha da Bento Muniz devem estar prontos no mesmo período. Quanto a novas construções, além da João Batista, devem receber quatro novas salas a escola rural Marechal Rondon, além da Hélcio de Souza que deve ser contemplada com reforma e ampliação. Outra boa notícia é que os Cejas, como o Antônio Casagrande, têm prioridade no envio de verbas, o que pode tornar mais próximo o sonho de que seja transformado em Centro de Referência, como pretendido pela direção.
Uma queixa latente em praticamente todas as escolas estaduais de Tangará, ainda, é a quadra coberta. Sobre isso, a assessora explica que o governo vai começar a destinar os recursos para construção de quadras cobertas em escolas com mais de 500 alunos, onde as maiores serão prioridade.
A assessora Vânia Ladeia não quis adiantar mais nada, pois tinha ainda na sexta-feira, data de sua entrevista ao DS, uma reunião com o superintendente de Estrutura Escolar da Seduc. “Depois desta reunião, poderemos traçar melhor o que será feito em cada escola tangaraense e termos uma previsão de datas e obras”, finalizou.




Aldeias tangaraenses são atendidas pela rede municipal de ensino

Apenas uma, a Malamalali, é estadual

LUCIANA MENOLI/Redação DS

Das 15 escolas indígenas implantadas nas aldeias apenas uma é estadual, a Malamalali da aldeia Rio Verde, mesmo assim, ocupa o prédio da Zozoiterô, municipal. Além de duas extensões municipais.
A educação indígena é específica, diferençada e bilíngue, tanto que os novos professores a serem contratados pelo município, com base no Teste Seletivo que está ocorrendo hoje na aldeia Rio Verde, devem ser indígenas ou aprovados pela comunidade, sendo bilíngues. A preocupação da coordenadora de Educação indígena do município, Tânia Vassélli Damasceno, ainda é com a interferência na cultura local. “Como professores que não tenham conhecimento da língua materna do povo Paresí, por exemplo, pode lecionar e alfabetizar crianças que só falam em sua língua materna e cujo português é o segundo idioma? Não queremos que os professores interfiram também na estrutura e cultura locais. Já tivemos muitos problemas neste caso, com geração de conflitos, e queremos que os professores em questão se adaptem perfeitamente à comunidade indígena, por isso a preferência por professores que já pertençam à etnia”, explicou a coordenadora.
São 32 vagas nas séries iniciais e mais 12 para as disciplinas a serem preenchidas neste Seletivo, que tem início agora às 8h, para atender a uma demanda de 342 alunos do município, além dos alunos do ensino médio, sob a responsabilidade do estado. Esses alunos estão divididos em cerca de 40 turmas, entre a educação infantil, ensino fundamental, EJA e ensino médio., em 16 aldeias, sendo 14 escolas e mais duas extensões.
As escolas são denominadas de Escolas Municipais Indígenas (EMI), onde as aldeias do Rio Verde, onde funcionam as escolas Zozoiterô (municipal) e Malamalali (estadual) e do Formoso, onde funciona a EMI Formoso, têm respectivamente 5 e 4 salas de aula, além de possuírem laboratório de informática. A Zozoiterô tem uma extensão na aldeia Zanaqua. No caso da EE Malamalali, por conter o ensino médio, além da aldeia Rio Verde, atende a mais quatro aldeias próximas, Kotitiko, África, Kamãe e Kalanaza. Entre as maiores ainda estão as EMIs Cabeceira do Osso e Zolahainya, nas aldeias de Nova Esperança e Buriti, respectivamente, com 3 e 2 salas. As demais escolas, Felicidade (aldeia Manene), Iliocê (aldeia Iliocê), Kotitiko (aldeia Kotitiko e extensão na aldeia Kamãe), Sacre I (aldeia Sacre I), São José (aldeia Estivadinho), Konahetê (aldeia Zatemana), Ney Braga (aldeia Papagaio 2), Juba (aldeia Batizá), Sacre 0 (aldeia Sacre 0), Cabeceira do Sacre (aldeia Cabeceira do Sacre) e Queimada (aldeia Queimada), possuem apenas uma sala de aula cada, que é explorada em regime multisseriado.
De acordo com Genílson Kesomae, vereador representante da comunidade indígena tangaraense, o objetivo dessas escolas é acabar com o analfabetismo nas aldeias, em conformidade com a legislação vigente, além de proporcionar um desenvolvimento maior da nação indígena dentro do contexto brasileiro, com formação de representantes.
Quanto à infraestrutura, muitas são de madeira ainda e necessitam de reformas e construção de novas salas, como a Zozoiterô, da Rio Verde. A construção do prédio da Malamalali, também na Rio Verde, pelo estado, também está prevista, porem, sem data certa para que os recursos sejam destinados para essa construção. As aulas nas aldeias indígenas que fazem parte do município de Tangará da Serra têm início no dia 21, ou seja, na próxima segunda-feira, quando já estarão integrados ao corpo docente os professores aprovados no Seletivo do hoje. Cinqüenta por cento da área do município de Tangará da Serra é terra indígena, ou da etnia Paresí ou da Haliti.



Escolas municipais tangaraenses com Ideb 'turbinado'

Mesmo com escola conseguindo o 1º lugar no estado, índice tangaraense fica atrás de diversos municípios no estado, tanto na rede municipal, quanto na estadual

LUCIANA MENOLI/Redação DS

Em termos de apresentação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o Mato Grosso alcançou sua meta e ultrapassou a de 2009, com nota geral 4,9. Porém, ficou atrás de estados como Espírito Santo e Santa Catarina (5,0 cada), Paraná (5,2), que não alcançou sua meta para 2009 que seria de 5,4, distrito Federal e São Paulo (5,4 cada) e do campeão, Minas Gerais com nota 5,8.Talvez, graças ao desempenho das escolas estaduais, que a exemplo do município de Tangará da Serra, necessitam de mais recursos e um olhar mais 'carinhoso' do governo estadual.
Já Tangará da Serra, no geral, ficou com nota 4,8, ultrapassando as metas de 2011 tanto de 4ª/5º como na 8ª/9º ano. Mesmo assim, ficou bem atrás de outros municípios mato-grossenses, onde Novo Mundo teve o Ideb mais alto, 6,4. Municípios como Araputanga (5,8), Lucas do Rio Verde (6,0) e Jauru (5,9) ficaram na dianteira. E, Tangará, ficou atrás de São jose´dos Quatro Marcos, Peixoto de Azevedo, Nortelândia e Nova Maringá, entre outros; isso na rede estadual de ensino.
Na municipal, onde o desempenho do município foi igual, a grande campeã foi Nortelândia, com 6,6 (a educação de 1º mundo que o governo sonha), seguida por Nova Marilândia (6,4), Ribeirãozinho (6,1), além de Lucas do Rio Verde, novo Mundo, Vera, Campo Verde, Colíder, Nova Mutum e Nova Olímpia, todos com notas superiores a Tangará.
Contudo, vale ressaltar que Tangará possui centros de excelência, se levarmos em conta o Ideb, como a CME Ayrton Senna, com 6,6, que ficou em 1º lugar no estado no ensino fundamental de 4ª/5º. Ainda da rede municipal, o CME José Nodari, ficou com a 2ª colocação em nível estadual com 5,4, no 8ª/9º, e o CME Anternor Soares, em 5º lugar em MT, também na mesma fase de ensino.
As escolas tangaraenses com índices mais baixos na rede municipal foram Dom Bosco e Jucileide Praxedes, com 3,8 no 4ª/5º , e Ulisses Guimarães e Jucileide Praxedes, com 4,0 no 8ª/9º.
Na rede estadual, como diversos problemas como vimos ao longo dessas duas semanas no 'Raios-X da Educação', as que tiveram os índices mais altos foram Laura Vieira e Emanuel Pinheiro, no 4ª/5º, com nota 5,4, sendo que o índice mais baixo dessa fase ficou com a Ramon Sanches Marques, 3,7. No 8ª/9º, Laura Vieira novamente se sobressaiu, com 5,4, sendo que a pior média ficou com a 13 de Maio, 2,2.
De acordo como José Rosa de Paula, presidente da subsede do Sintep/Tangará da Serra, o Ideb não representa com fidelidade a realidade das escolas brasileiras, pois leva em conta apenas o nível de aprovação, a evasão escolar e o fator idade/série, sem observar fatores qualitativos. “A enturmação é uma prova disso e uma distorção do ensino ciclado. Ela vai empurrar os alunos para séries posteriores em conformidade com sua idade, mas sem condições de estarem naquele ano. O Ideb, com certeza vai subir”, critica o professor.
Uma reflexão que Zé Rosa faz diz respeito à falta de igualdade do ensino brasileiro, onde não há um padrão nacional de educação. “Um estado é diferente do outro e cada município também, fazendo com que diversas distorções ocorram. Não adianta querer igualar com um índice como o Ideb, que nunca a realidade será mostrada”, completa.
ENTENDA AS METAS DE QUALIDADE - O Ideb foi criado pelo Inep em 2007, em uma escala de zero a dez. Sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb e a Prova Brasil.
A série histórica de resultados do Ideb se inicia em 2005, a partir de onde foram estabelecidas metas bienais de qualidade a serem atingidas não apenas pelo País, mas também por escolas, municípios e unidades da Federação. A lógica é a de que cada instância evolua de forma a contribuir, em conjunto, para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da OCDE. Em termos numéricos, isso significa progredir da média nacional 3,8, registrada em 2005 na primeira fase do ensino fundamental, para um Ideb igual a 6,0 em 2022, ano do bicentenário da Independência, sendo medido até o ano de 2021.



Doze novos ônibus e mais três creches construídas: Semec a todo vapor para o início do ano letivo 2011

Todas as escolas passarão por avaliação da rede elétrica

LUCIANA MENOLI/Redação DS

Em meio a uma turbulenta discussão sobre a validade do Teste Seletivo da Educação. Assim começa o ano letivo de 2011 na rede municipal de ensino. Várias pontos desta polêmica criada na semana passada por cerca de uma centena de professores, deverão ser esclarecidos ainda hoje, quando for veiculado o resultado do Seletivo. Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) se prepara para receber alunos novos e veteranos em suas salas de aula distribuídas pelo município.
As grandes filas que se formaram no ano passado, na época das matrículas, talvez reflitam a qualidade, considerada superior, do ensino da rede pública municipal. Na série 'Raios-X da Educação, o DS mostrou que não há perfeição, mas sim um grande comprometimento dos profissionais envolvidos em todo o sistema municipal de ensino, que têm como suporte uma estrutura melhor dentro de suas escolas, a exemplo de vários municípios Brasil afora, onde a educação municipal supera a estadual em qualidade, talvez pela maior proximidade administrativa.
O fato é que, para 2011, três ônibus novos já chegaram e mais nove ônibus escolares chegam já em fevereiro, enviados pelo governo estadual em parceira com o MEC. “As rotas já estão estabelecidas. Os ônibus que chegam agora, vamos destinar dois para rotas que estavam com superlotação de alunos e dois para as escolas indígenas. Um ficará de reserva para quando ocorrerem problemas em qualquer outro veículo de transporte dos alunos”, explicou a secretária de Educação do município, Valmíria Oenning.
O início das aulas, comprometido com o atraso do Concurso e do Seletivo, será também hoje, mas diversos professores que estão no setor administrativo devem ser direcionados para atender às salas de aula, até que efetivos e provisórios sejam convocados. As carteiras que faltavam, segundo Oenning, foram entregues no sábado. Quanto às creches novas, a do Jardim Atlântida começa hoje, pois está com quadro de professores e com mobiliários completo, somente faltando o cercamento e obras na parte externa do local. A do Jardim Paulista está com previsão para começar a atender os pequenos na próxima semana, dia 21 de fevereiro. “Estamos fazendo o possível para que comecem as aulas lá nesta data. Falta apenas o mobiliário e que os professores tomem posse para podermos iniciar as atividades nesta unidade”, disse a secretária, completando que em 2011 está prevista a construção de três novas creches, sendo uma no Alto da Boa Vista, outra no Jardim Califórnia, estas com recursos do Pró-Infância, e uma no San Diego, com recursos do PAC 2. “Tangará não perdeu os recursos para creches, pois os recursos já estavam garantidos, por isso não pedimos mais recursos no ano passado”, salientou a secretária.
Segundo ela ainda, em 2010 foram abertas 306 novas vagas paraa educação infantil nas duas creches que foram construídas, além de 380 vagas para o pré I em escolas municipais e 118 vagas na zona rural, totalizando 804 vagas criadas.
Valmíria também salientou que todas as escolas passarão por uma avaliação e recuperação da rede elétrica, obras que serão feitas nos finais de semana para não atrapalharem o andamento do ano letivo. Essa prerrogativa responde a casos de escolas como a Sílvio Paternez, que passou por reformas e ampliações, e mesmo assim carece de ajustes na rede elétrica. Quanto aos pequenos reparos, a secretária diz que foram feitos repasses em janeiro para todas as escolas municipais.
ALGUNS CASOS - Para a escola Ulysses Guimarães, as novidades para 2011 incluem quadra coberta, além de outras melhorias, que já estão acontecendo, de acordo com a secretária. A Futuro Brilhante já está com o processo para suas adequações na Seplan, aguardando licitação ainda para o primeiro semestre deste ano. A Tia Lina, o projeto também foi encaminhado à Seplan, que está tomando as providências. Segundo a secretária, um engenheiro deve ir à creche ainda esta semana para avaliar as necessidades e iniciar a reforma, onde poderão atender a mais 80 crianças.
Outra modificação deverá ocorrer nas cozinhas, despensas e refeitórios das escolas municipais, que passarão por adequação conforme as normas exigidas pelo Conselho Nacional de Alimentação. “Vamos melhorar ainda mais a estrutura. A merenda já foi licitada e comprada, e está sendo encaminhada às escolas hoje. Todas as escolas receberam novos freezeres e estamos adquirindo um transporte próprio para a merenda escolar. Além disso, diretores, coordenadores, cozinheiros e auxiliares de cozinha passarão por um treinamento para se adequarem ás normas, desde o recebimento do alimento. Nossa alimentação já é balanceada nas escolas, pois tudo é acompanhado por uma nutricionista, que este ano fará o trabalho de treinamento também com o setor administrativo das escolas”, explicou.
Além das mudanças visíveis, estruturais e das reformas e novos transportes escolares, vale ressaltar a início do processo de Levantamento da Situação Escolar (LSE), que está vinculado ao PAR, e a inclusão de dois centros municipais de ensino no Mais Educação, o Fábio Martins Junqueira e o Gentila Susin Muraro, que o DS traz mais detalhadamente na edição de amanhã.


15/02

LSE, Mais Educação e Escola Acessível são as novidades na rede municipal de ensino para 2011

No estado, eleição para assessores pedagógicos

LUCIANA MENOLI/Redação DS

As escolas da rede municipal de ensino passarão por processos novos em 2011. Um deles é o Levantamento da Situação Escolar (LSE), que é um programa do governo federal ligado ao Plano de Ações Articuladas (PAR), cujo convênio com o município foi celebrado em 2008. O objetivo do LSE é avaliar da fundação ao teto das unidades escolares, para poder planejar ações em obras de ampliação e reforma.
De acordo com o coordenador do PAR no município, o professor João Costalonga, será feito o projeto arquitetônico atualizado de todos os centros municipais de ensino, constando planta baixa, corte longitudinal e transversal, fachada, planta elétrica e hidráulica, além de coordenadas geográficas via GPS e levantamento da situação e implantação e fotos de 8 ângulos diferentes. “Isso será feito em sala por sala e, conforme formos terminando cada unidade escolar, passaremos os resultados das planilhas para o MEC”, explicou Costalonga, dizendo que está esperando só profissionais concursados serem empossados, pois há necessidade de engenheiro eletricista e civil para acompanhar o processo e dar o parecer técnico. Depois deste levantamento, que tem prazo até junho para ser feito e cujo pregão para contratação dos serviços especializados será no próximo dia 27, o município poderá solicitar junto ao MEC, reformas, ampliações, construções de novas escolas. “Está tudo encaminhado para começarmos o trabalho”, afirma Costalonga, explicando que o levantamento começará pelas escolas menores e mais distantes, como as rurais e indígenas, por exemplo.
MAIS EDUCAÇÃO – Outro projeto que está animando professores e administrativo das escolas em que será implantado é o Mais Educação, onde forma contempladas neste ano as CMEs Fábio Diniz Junqueira, do Jardim dos Ipês, e Gentila Susin Muraro, do Jardim San Diego. O Mais Educação é um projeto do governo federal que leva o atendimento da escola em período integral a alunos previamente escolhidos. Eles poderão ter o perfil de crianças em vulnerabilidade social, que estejam em defasagem idade/série ou que sejam líderes natos. “Gostaríamos de estender a toda a população discente dessas escolas, mas com a estrutura que se encontra, ainda não poderemos”, revela a coordenadora da Semec, Fátima Brito.
Ela salientou que o objetivo inicial é que sejam atendidas cerca de 130 crianças de cada escola, que têm total autonomia para escolher os alunos, podendo incluí-los em projetos esportivos, ambientais, artísticos, sociais, recreativos, pedagógicos. “A escola vai escolher e o projeto será montado. Por meio deste projeto chegam os recursos e os materiais do MEC. Por exemplo, se a escola escolhe um projeto de Judô, o MEC manda os quimonos e o tatame”, explica a coordenadora, salientando que os monitores devem trabalhar em regime de voluntariado, pois não há recursos para pagamento de salários desses profissionais. Ela também explicou que o programa não será implantado já no primeiro semestre do ano, pois ainda há os projetos a serem feitos e o tempo para o envio dos recursos e materiais. “O atendimento aos alunos está previsto para o segundo semestre”. Brito também enfatizou que o objetivo é melhorar a qualidade de ensino e que a escolha dessas escolas não foi pelo Ideb baixo em 2007 apenas, pois em 2009 houve uma progressão, mas também porque localizam-se em áreas de vulnerabilidade social.
A coordenadora ainda chama a atenção para o 'Escola Acessível', onde todas as escolas receberão elementos facilitadores da acessibilidade a alunos especiais, como rampas, corrimãos, banheiros especiais, portas mais largas. “O importante é atender a todos os alunos, igualmente”, finalizou.
NO ESTADO - Nos meses de março e abril será realizado o processo de escolha dos novos Assessores Pedagógicos nos municípios onde há assessorias instaladas. A Comissão Estadual do Processo de Escolha dos Assessores Pedagógicos se reuniu essa semana para concluir o Edital e a Portaria que determinarão os procedimentos para o pleito. Esta é uma ação pioneira no estado definida pela lei 9241 , de 18 de novembro de 2009.
A mobilização iniciada no final de 2009 culminará com o encerramento do mandato de dois anos dos atuais assessores. Os candidatos à assessores são professores efetivos que serão submetidos a duas fases no processo de escolha. A primeira constará de uma avaliação aplicada por uma banca especializada, e a segunda, por voto direto dos profissionais da educação em efetivo exercício nos municípios. Os assessores são profissionais da educação, líderes nos municípios, em unidades desconcentradas da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT).
A eEducação do estado conta atualmente com 96 assessorias que atendem aos 141 municípios do estado. As localidades com número inferior a duas escolas são atendidas pela assessoria geograficamente mais próxima.


16/02



Um novo Seletivo da Educação: Foi esta a solução dada pela Semec para cobrir as vagas em aberto

Após mutia discussão e sob os protestos de professores

LUCIANA MENOLI – Redação DS

Com o plenário Daniel Lopes da Silva, da Câmara Municipal, completamente tomado pelos professores queixosos de um parecer da Secretaria Municipal de de Educação, foi anunciada a decisão na tarde de ontem da abertura de um novo Teste Seletivo da Educação para suprir as vagas que ficara em descoberto no último Seletivo.
Esta foi a solução encontrada pela Semec em reunião com a Assessoria Jurídica da prefeitura municipal, Controle Interno e Secretaria de Administração. O novo Seletivo será na modalidade de avaliação de títulos, nos mesmos moldes adotados pelo governo do estado de Mato Grosso para suprir vagas remanescentes com profissionais interinos. O edital será publicado na sexta-feira, 18, quando começam as inscrições, que terminam no dia 24. Já, entre os dias 25 e 26 de fevereiro, haverá a convocação dos melhores pontuados, bem como a atribuição de aulas. “E no dia 28, espero que todos comecem em sala de aula, finalmente, iniciando o ano letivo de 2011 nas escolas municipais como deve ser”, desejou a secretária municipal de Educação, Valmíria Oenning, ao anunciar o novo Seletivo que, a exemplo do estado, não terá custo de inscrição e todos os profissionais da área da educação que se enquadrarem nas exigências das vagas poderão concorrer. “Foi uma maneira rápida, eficaz e serena que encontramos para preencher essas vagas remanescentes, sem estender ainda mais essa demanda e sem prejuízo ao ano letivo que já está em andamento”, descreveu o coordenador de projetos da Semec, João Costalonga.
O grande entrave para que o Seletivo com avaliação de títulos fosse aprovado residia na determinação contrária do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que acabou por permitir esta modalidade nos mesmos moldes do estado. “Gostaríamos que o Seletivo passado pudesse ter efeito classificatório e não eliminatório, mas não podemos desrespeitar a lei que pede para cumprirmos o edital vigente. Desta forma, a lei municipal 103 determina que abramos um novo processo seletivo, com um teste simplificado, o que está respaldado pelo jurídico”, explicou a secretária, explicando que este processo novo não anula o Teste Seletivo anterior e também nada tem a ver com ele. Está apenas complementando as vagas que ficaram sem os profissionais capacitados, eliminados no último Seletivo por não terem alcançado o mínimo de 50% de acerto por disciplina.
A CONTESTAÇÃO – Os professores queixosos, em torno de uma centena, contestam desde o edital com seu caráter eliminatório ao invés de classificatório até a dificuldade da prova aplicada no Seletivo. “Fui capaz de passar no vestibular da Unemat e não passei no Seletivo da prefeitura”, ironizou o pedagogo Ozenildo Soares, um dos representantes do movimento docente.
Ele informou que foi entregue ao Ministério Público, um documento com todas as irregularidades encontradas no Teste Seletivo, questionado inclusive o processo administrativo e licitatório para a contratação do Instituto Cidades. Além desta contestação, constam do documento a indicação de pelo menos 15 questões que, segundo os manifestantes, estão com respostas erradas ou de duplo sentido, questões fora do contexto de formação ou plagiadas.
A prova teve 50 questões no total e essas questões que são alvo de reclamação, formam 30% do total da prova. Um dos pontos mais debatidos, ainda, foi a do profissional a ser alocado na sala multifuncional com e sem libras, onde as provas para esses profissionais estava com formulação igual, sem distinguir que um trabalhará com alunos surdos (e tem que conhecera linguagem de  libras) e outro com alunos com déficit de aprendizagem (não sendo obrigatório o conhecimento de libras).
Conforme o pedagogo ainda, das 15 vagas disponibilizadas para a Educação Infantil, nenhuma foi coberta, pois ninguém foi aprovado, mostrando a dificuldade da prova. O mesmo ocorreu com o Ensino Fundamental de 1ª a 5ª, em que haviam 20 vagas e apenas três foram aprovados. Nas multifuncionais sem libras, 10 vagas e somente dois aprovados, e na com libras, cinco vagas e um aprovado.
Desta forma, a anulação do Teste Seletivo da Educação (o primeiro) continua sendo pedida junto à Promotoria, mesmo com o anúncio do novo Seletivo, o qual os professores também questionaram e protestaram, querendo que não se abrissem as vagas para todo e qualquer interessado, mas apenas para aqueles que já haviam feito o primeiro Seletivo e, ainda, que fosse validada a nota do primeiro e juntada à prova de títulos. A secretária de Educação do município respondeu negativamente aos dois itens, explicando que não se pode restringir o processo, o que seria ilegal, como também o seria se unisse os dois seletivos.
CONCURSO – Hoje, uma comissão de docentes e sindicalistas tem uma audiência marcada na Promotoria para as 16h, para definir questões acerca também do Concurso Público, realizado nos dias 09 e 16 de janeiro. A comissão pede para que os aprovados que ficaram fora do número de vagas ofertadas e do cadastro de reserva, não sejam eliminados, mas possam aguardar o tempo de vigência do concurso que é de um ano, prorrogável por mais um, sem que haja necessidade de elaboração de outro concurso público para suprir as vagas que surgirão com a construção de novas creches e de salas de aula  nas escolas municipais, o que está previsto para este ano ainda.


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