Eles prenderam reféns no banheiro
LUCIANA MENOLI/Redação DS
No início da tarde de ontem, dois homens armados de um revólver calibre 38 e de uma pistola entraram num escritório de fazenda na Avenida Mauá, renderam duas pessoas e levaram R$ 6.500, tendo fugido logo após em uma motocicleta preta.
O escritório fica na referida avenida, na Vila Alta, em frente a uma emissora de tevê local. O assalto ocorreu por volta das 14h45 e os bandidos prenderam as duas pessoas que estavam no escritório no momento da ação, no banheiro da empresa.
Além dos R$ 6.500, a dupla de bandidos levou dois notebooks, dois celulares e um par de brincos de ouro. Depois, fugiram com o produto de roubo, deixando presos os reféns.
Novamente, uma moto preta está envolvida numa ação de assalto. Há poucos dias, a polícia conduziu um grupo de assaltantes, todos menores de 18 anos, que agiam em assaltos em toda a cidade, utilizando-se de motos pretas roubadas ou furtadas, porém, o grupo não ficou detido, tanto por serem menores de idade como pelo fato de não serem pegos em flagrante.
Até o fechamento desta edição, a Polícia Militar fazia diligências à procura dos assaltantes, mas ainda não havia prendido nenhum suspeito.
Quadrilha utilizava bares e sorveterias como ‘fachada’ do tráfico de drogas no Médio Norte
LUCIENE OLIVEIRA /Assessoria/PJC-MT
Uma quadrilha que usava bares e sorveterias para prática de tráfico de drogas foi desarticulada pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, nessa terça-feira (03.05), na operação “Faxina Nobre”, realizada nos municípios de Nobres, Diamantino, Alto Paraguai, Nova Mutum, Jangada e Cáceres. Dezesseis mandados de prisão temporária foram cumpridos de 17 ordens judiciais (prisão e busca) decretados pela Justiça. Três deles tiveram mandados de prisão cumpridos dentro da cadeia. As investigações iniciaram há nove meses.
De acordo com levantamentos da Polícia Civil, em Diamantino, os estabelecimentos comerciais de fachada, na verdade atuavam como casas de prostituição e pontos de venda de drogas. No dia 11 de março deste ano, a polícia interditou nove bares com autorização da Justiça. Oito dos proprietários foram presos por casas de prostituição, outros por associação ao tráfico e outros por corrupção de menores. Nenhuma das casas tinha licença ou alvará para funcionamento.
Na região, o tráfico de entorpecentes levou a prática de quatro homicídios, ocorridos à maioria em Diamantino, entre dezembro de 2010 e março de 2011. Um dos assassinados era membro da quadrilha, identificado como Merivelto Ferreira de Oliveira. Seu corpo foi encontrado em Poconé no mês de março.
No curso das investigações, a polícia chegou aos principais responsáveis pelo abastecimento de entorpecentes, identificados Meirivaldo Ferreira de Oliveira, o Vado, e Cassiano Lima de Camargo, o Cara de Arraia. Meirivaldo foi preso em 2010 com dez quilos de cocaína.
Em Nobres, Mariângela da Silva Moreira, esposa de Meirivaldo Ferreira, Rogério Romera, o Pintado, Leônidas Corrêa da Silva, o Nenê, e Lourivaldo da Silva Santos, o Vadinho, eram os responsáveis pela distribuição naquela cidade.
Meirivaldo Ferreira de Oliveira, atualmente está preso e cumprindo pena de 15 anos de reclusão pelo crime de tráfico de entorpecentes. Ele comandava o tráfico de dentro da Cadeia Pública de Nobres e é apontado como o “núcleo” do tráfico de entorpecentes da região. “Ele encomendava, via celular, a droga da pessoa de que está sendo procurada pela polícia e este trazia a droga e entregava ao irmão dele, Meirivelton Ferreira de Oliveira, considerado um dos braços da quadrilha e responsável pela distribuição da droga e mentor de utilização de documentos falsos”, disse o delegado Wilson Leite.
Em Diamantino, o tráfico de entorpecentes tinha como fachada “sorveterias” e a Polícia identificou como responsável Cassiano de Lima de Camargo, o Cara de Arraia, e sua esposa, Alessandra Antônia Vieira. O casal tinha como distribuidores o Maurício dos Santos, Juscivaldo Ferreira e Cleber Antunes de Matos.
Em Alto Paraguai foi identificado André Avelino Barbosa, o Andrezinho, que também tinha como fachada uma sorveteria.
O dinheiro arrecadado com venda de drogas era administrado por Alessandra Antônia Vieira, Maria Aparecida de Lima, Antonio Querobino Filho e Cleiton de Lima Querobino. Eles eram os responsáveis pelos depósitos bancários e movimentações financeiras dos valores oriundos do tráfico de droga.
Na Capital, no dia 23 de dezembro passado, policiais da Inteligência da Polícia Civil conseguiram prende Marcos da Silva Canette, 38 anos, no trevo de acesso ao bairro Tijucal, próximo ao supermercado Atacadão, com quatro quilos de pasta-base dentro de uma sacola de viajem. O traficante continua preso em Cuiabá respondendo processo criminal. A droga apreendida teria vindo da região de Cáceres, onde policiais da Delegacia Regional procuram pelo principal fornecedor de entorpecentes dos traficantes do Médio Norte.
A quadrilha movimentava seis quilos de cocaína por semana, trazidos da fronteira para abastecer traficantes, principalmente de Diamantino e Nobres, bases da operação comandada pelo delegado regional, Wilson Leite. Depois de 'batizada' a droga rendia 18 quilos, sendo que um quilo divididos em porções contabiliza 4 mil trouxinhas vendidas no mercado ilícito do tráfico de drogas.
A operação mobilizou 70 policiais, entre delegados, investigadores e escrivães para cumprimento das ordens de prisão e busca, com apoio de policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE).