Vejam as notícias mais quentes de Tangará e Região com Luciana Menoli!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Feriadão violento em Tangará da Serra: 4 pessoas morreram

A violência parece ter se apossado do município de Tangará da Serra neste último final de semana. Como saldo do 'feriadão' da República, quatro pessoas foram mortas, sendo três foram assassinadas com arma de fogo e uma por motorista embriagado.
Ainda na sexta-feira, em frente a um frigorífico na MT-364, Elaine Aparecida dos Santos, 30, foi atingida por um veículo desgovernado e morreu na hora. O condutor do veículo, Jeferson Santos Durães, fez o teste de alcoolemia onde foi constatado que havia consumido grande quantidade de álcool. Ele foi preso e será indiciado por homicídio culposo, quando o autor não tem intenção de matar a vítima. O carro, um Gol vermelho, ficou completamente destruído. Nele, foram encontradas várias garrafas de cerveja. Segundo testemunhas, Jeferson perdeu o controle do veículo e saltou para o nível inferior da pista, atingindo Elaine no ponto de ônibus. Além de Elaine, que morreu, duas pessoas ficaram feridas. O passageiro do gol e o namorado da vítima sofreram diversas escoriações e foram encaminhados à UMS, pelo Corpo de Bombeiros e Samu. Elaine deixa duas filhas, uma de dez e outra de 14 anos.
HOMICÍDIOS – E, ainda, três pessoas foram mortas por arma de fogo. No sábado, Jairo de Jesus Santana, 25, em uma discussão no interior de sua residência na Vila Esmeralda levou dois tiros, que atingiram pescoço e tórax. Ele foi levado para a UMS ainda com vida, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo.
No domingo, mais duas mortes. À tarde, na Agrovila 10 do Assentamento Antônio Conselheiro, um comerciante atirou e matou um assaltante conhecido como 'Furadeira'. 'Furadeira', segundo a polícia é o apelido de Luciano José da Silva, de cerca de 40 anos, um ladrão conhecido na região. Ele estava de posse de documentos de Daniel da Silva Ferreira que, possivelmente, foram também furtados. Segundo relatos da família, 'Furadeira' invadiu o bar de Joaquim Vilela de Souza, 66, armado de uma faca. Ele já havia feito isso mais cedo, no mesmo dia e, dias antes, havia ameaçado familiares de Vilela. O comerciante reagiu à tentativa de assalto e atirou em 'Furadeira'. A identidade ainda está sendo confirmada pela polícia. Vilela evadiu-se do local do crime e, conforme relataram parentes, deve se apresentar à polícia hoje pela manhã, acompanhado de seus advogados, já que são passadas as 24 horas do flagrante.
Na noite do domingo, também, num possível acerto de drogas de acordo com a polícia, morreu atingido por três tiros, João Pereira de Amorim, no Residencial Horizonte, conhecido como 'Cohabinha'. De acordo com relatos de familiares, João estava sentado na porta de casa quando foi atingido. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

LUCIANA MENOLI

Liquida Centro: Comércio festeja o sucesso da campanha

O saldo do 2° Liquida Centro, promovido pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Tangará da Serra, foi extremamente positivo. É o que avaliou o presidente do órgão, Misrain Ferreira de Faria, que aventou a possibilidade de estender a campanha para duas vezes por ano em 2011, atendendo apelos do empresariado filiado.
De acordo com Misrain, em 2009, na primeira edição do Liquida Centro, as vendas foram de 13 a 15% superiores, em comparação ao mesmo período de vendas do ano anterior, 2008. Já, em 2010, houve um acréscimo de 20% nas vendas em relação à primeira campanha. “Foi um sucesso que superou as expectativas. O consumidor aproveitou os descontos, o comerciante desovou seus estoques e pode compara novas mercadorias para o seu final de ano e as crianças se divertiram com as brincadeiras e guloseimas na Praça. Inclusive, novos comerciantes se filiaram só para participar da campanha”, destacou o empresário.
RESULTADOS - Entre consumidores e empresários, o Liquida Centro fez a festa. “Ótimo. Estão levando produtos da promoção e também fora dela. Uns vêm comprar na promoção e levam produtos que estão fora dela”, disse animada a gerente de vendas de uma loja de calçados, Vanderlúcia Fernandes dos Santos Siqueira. “O segundo dia foi muito bom e o sábado também. Na minha loja teve uma aumento de 10% nas vendas. Queríamos que tivesse mais vezes por ano esta campanha, não só uma. É uma grande injeção de recursos no comércio e podemos renovar nossos estoques mais tranquilamente”, ressaltou a empresária Gedalva Aparecida da Silva Dias, proprietária de uma loja de confecções.
E, com descontos de até 70%, o consumidor aproveitou o salário para abastecer o armário para o final de ano. “Está muito bom pra gente, pois é final de ano. Senti bastante diferença nos preços”, disse satisfeita Aparecida Scaff, secretária que fazia compras em uma das lojas do Centro, aproveitando a campanha.
De acordo com o presidente da CDL, o pedido da empresária Gedalva faz coro com o de outros empresários. Ele explicou que na próxima assembleia colocará o tema em pauta e que a existência de duas edições anuais do Liquida Centro é uma possibilidade devido o grande sucesso da campanha. Sobre a vitória do empresariado no embate com a Sefaz, referente ao Sintegra, ele disse que a aprovação da lei dará maior tranquilidade aos empresários para fazerem suas compras de final de ano.

LUCIANA MENOLI

F-4000 bate em van escolar: um aluno ficou ferido

Ontem, no final da tarde, no momento em que trazia os alunos da escola para levá-los para a sua casa, a van escolar Kia de placas JYT 2780, conduzida por Vandercléia da Silva Viana, foi surpreendida por uma F-4000, que ultrapassou a preferencial, batendo no veículo de transporte escolar. A F-4000, marrom e bege, de placas JYH 4778, era conduzida por Natal Fernandes Gomes, que se encontrava sem documentação no momento do acidente.
A van seguia pela rua 7 em sentido Centro, quando foi recolhida pela F-4000, que descia a rua 28. A camionete ficou bastante danificada, principalmente, em seu capô e lateral direita. A van teve poucos danos, apenas a parte frontal esquerda e o farol do mesmo lado. Mesmo estando lotada de estudantes, apenas um aluno que seguia na van ficou ferido. Ele teve um corte superficial na testa, foi encaminhado à UMS e liberado.
OUTROS – Mais dois acidentes ocorreram com essas características nesta semana. A marca principal de todos é a falta de atenção e o desrespeito das vias preferenciais. Coincidentemente, os dois acidentes ocorreram na quinta-feira (11).
O primeiro, por volta das 18h, em frente ao estacionamento Big Master da Avenida Brasil, onde houve um abalroamento entre um Corsa Classic branco, conduzido por Zelindo Andretti, e uma camionete S10 Executive preta, conduzida por Hedio José Froelich. O motivo deste foi falta de atenção e o Corsa ficou bastante danificado.
O segundo foi próximo das 21h, na rua 19, que é preferencial, excetuando-se a confluência com a Av. Tancredo Neves e com as ruas 6 e 26. Neste acidente, um Celta prata, conduzido por Andréia Rodrigues Severino e que seguia pela rua 8, cruzou a rua 19 sem parar, chocando-se em outro Celta (branco), conduzido por Cícero Pedro Farias de Souza. Este acidente, muito assemelha-se com o de ontem, devido os condutores não respeitarem as preferenciais e as placas de 'pare', colocadas nos cruzamentos.

LUCIANA MENOLI

Meio ambiente: Projetos premiam escola do San Diego

Há uma onda verde em todo o mundo, porém muitas pessoas, governos e empresas fazem mais do que discutir a 'salvação' do meio ambiente, resolvem agir, implantar ideias, conscientizar, plantar a preservação do futuro agora. Dentro dessa filosofia, a DuPont do Brasil e a Agro Amazônia desenvolvem, todos os ano, dois projetos em escolas carentes do município.
Os projetos 'DuPont na Escola', onde alunos participam de um concurso de desenhos e redações e recebem prêmios, e 'Natureza DuPont', quep é o plantio de mudas na unidade escolar escolhida, este ano beneficiaram a Escola Gentila Susin Muraro, no Jardim San Diego, região da Vila Esmeralda.
A temática proposta para desenhos e redação girava em torno da proteção ao meio ambiente e equipamentos de segurança para uso de defensivos agrícolas. O projeto começou em julho, quando os representantes das empresas procuraram a escola. Em agosto as empresas promoveram palestras, apresentaram filmes, cartazes e fizeram um simulado com os alunos.
Ontem, após 90 dias de iniciado o trabalho, Antônio Rossignolli, da DuPont do Brasil, e Vilmar Joenck, da Agro Amazônia, entregaram a premiação. Foram premiadas as três melhores redações e os três melhores desenhos, onde cada um dos seis alunos ganhou uma bicicleta e a escola ganhou um computador com impressora. Djeniffer Regina da Silva, Divino dos Santos e Kessia Pereira Fellon, foram os premiados na categoria desenho. Emilly Raphaela Castro, Tatielly Mayara Araújo e Gabriel Henrique Bolandin, ganharam com as melhores redações.
Para a escola é de grande importância projetos como esse, porque além de contribuir com o aprendizado do aluno, a conscientização ao meio ambiente que faz parte do currículo da escola, traz um incentivo à produção de textos e à arte”, salientou a diretora do Gentila, Michela de Freitas Moulin.
Foram envolvidos cerca de 230 alunos, das 4ªs às 6ªs séries, totalizando sete turmas e quatro professores. Depois da entrega da premiação, foram plantadas mudas de árvores no terreno da escola, num total de 15, de espécies como pau-brasil cedro e saboneteira, entre outras, cumprindo o segundo projeto 'Natureza DuPont'. “Temos que parabenizar às empresas por essa iniciativa e pelo trabalho desenvolvido, que foi de excelente qualidade. E, também, agradecer a parceria com a nossa escola neste ano”, finalizou a diretora.

LUCIANA MENOLI

Rotaract Club completa 20 anos em Tangará da Serra

Em Tangará da Serra, o Rotaract completou 20 anos no final de setembro, tendo presidentes de gestões passadas e dois governadores distritais, Clóvis Batista e Nildo Queiroz, como convidados de honra.
Criado em setembro de 1990, o Rotaract Club de Tangará da Serra, teve como seu primeiro presidente Henrique Gasparotto. Depois dele, mais 21 passaram pelo cargo, sempre com o mesmo intuito desenvolver trabalhos tendo como referência e objetivo a comunidade. Na gestão 2010/2011, o presidente é Eleandro Marcos Rodrigues, que teve como principal empreendimento de seu mandato o Festival do Frango, evento que angaria recursos para que o Rotaract possa desenvolver projetos comunitários, como Dia das Crianças, onde eles promovem diversas atividades nas comunidades tangaraenses, como Progresso e Joaquim do Boche, que já receberam o projeto e, São jorge, que receberá este ano, ou o 'Sobre o Mato' que, há três anos, faz o reflorestamento de áreas degradadas e campanhas contra as queimadas e em prol à preservação das nascentes. Este último, indicado em 2009 como o melhor projeto da categoria na Conferência Nacional de Rotaracts (CONARC), em São Paulo.
O Rotaract de Tangará faz parte do distrito 4440, que engloba Mato Grosso, onde hoje tem 25 Rotaracts. “Todos os trabalhos executados por nós não têm custos e são fomentados pelo próprio clube, que desenvolve projetos de captação financeira, como o Festival do Frango ou o do Refrigerante, por exemplo”, explica Eleandro, que avisa que o Festival do Frango de 2011, será na última semana de abril.
Na solenidade que comemorou os 20 anos do Rotaract, foram empossados sete novos companheiros que já estavam participando há algum tempo de reuniões do clube. Hoje 33 rotaractianos em Tangará. “Procuramos o Rotaract como uma forma de podermos ajudar a comunidade, aumentar o ciclo de amigos e, dentro do clube, descobrimos uma segunda família, com pessoas que lhe ajudam, que estão sempre ao seu lado. Isso com certeza fez toda a diferença na minha vida e vai fazer na dos novos companheiros”, destaca o presidente.
Depoimentos dos presidentes, apresentação dos novos companheiros, atrações culturais e um delicioso jantar comemoraram o 20° aniversário do jovem clube de jovens Rotaract Club de Tangará da Serra, com emoção, leveza, respeito e a certeza da continuidade dos magníficos trabalhos sociais que vêm fazendo município afora. Foram momentos de lembranças e emoções. A força da juventude faz renascer as obras comunitárias dentro da família rotária a cada ano que se passa.
SOBRE O ROTARACT – É uma organização internacional de jovens com idade entre 18 e 30 anos, que promove a prestação de serviços à comunidade, desenvolvendo liderança e a melhoria do bem-estar da comunidade. Atualmente, o Rotaract Club soma 7.628 clubes, distribuídos em 162 países, somando cerca de 198 mil sócios.
Surgido da expressão Rotary in Action, foi criado em 1968, nos EUA, pelo Rotary Internacional, com o objetivo de dar continuidade aos trabalhos que já vinham sendo desenvolvidos por outro projeto, também direcionado às novas gerações, chamado Interact (jovens de 12 a 17 anos e 11 meses).
O Rotaract Club se tornou um dos maiores programas de desenvolvimento de lideranças jovens no mundo. Muito animado, formado por pessoas interessadas e ocupadas, o Rotaract realiza todas as suas ações balanceando trabalho com muita amizade e divertimento. No Brasil, atualmente, são 8 mil rotaractianos, organizados em 610 núcleos espalhados por todo o território. “Só perdemos em número de associados para a Índia e somos um grande exemplo de globalização, respeitando a identidade cultural de cada comunidade bem como suas necessidades”, finaliza Eleandro Marcos.
LUCIANA MENOL

Criado Comitê Gestor de Combate à Dengue em Tangará da Serra

O Ministério da Saúde já instituiu o dia 19 de novembro como sendo do Dia D de Combate à Dengue, onde os municípios devem seguir um cronograma de ações, discutido por um Comitê Gestor de Combate à Dengue, que foi formado no início da noite da última terça-feira (9), em Tangará da Serra.
A reunião de formação do Comitê aconteceu no auditório da Promotoria Pública e contou com representantes da Polícia Militar, Corpo de bombeiros, Rotary, BPW, Conselho Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, Vigilância Ambiental, Escritório Regional de Saúde, Unemat, Samae, Escola Técnica Estadual, Promotoria e órgãos de imprensa, sendo conduzida pelo secretário municipal de Saúde Júnior Scheleicher, e pela coordenadora do Polo Regional, Edna Aparecida Girotto.
A iniciativa, feita conjuntamente entre o Escritório Regional de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde e Promotoria de Justiça, visa implementar ações de combate à proliferação do mosquito, levando-se em conta que Tangará está numa zona endêmica.
Durante a reunião, diversas soluções foram apontadas e problemas antigos lembrados, como a questão das calhas que, no ano passado, fizeram com que houvesse uma grande infestação no Centro comercial de Tangará. Sugestões como palestras temáticas, gincanas, conscientização de crianças e adolescentes como forma de estruturar uma corrente de ações foram também discutidas. O apoio da imprensa foi solicitado, para que as informações sejam repassadas a cada passo da campanha, que estará dentro de um plano de ações determinado pelo Comitê.
LIMPEZA – Uma das questões mais debatidas, além da reeducação e conscientização da população, foi a limpeza geral da cidade, desde coleta de lixo, de uma campanha que fortifique a coleta seletiva entre os cidadãos para que separem sem resíduos, e dos terrenos ocupados e baldios. Nestes últimos, a Prefeitura vem efetuando notificações e multas quando são encontradas irregularidades, porém, em 2009 essa punição não surtiu grande efeito, principalmente, em se tratando dos terrenos baldios. Afinal, apesar das multas os terrenos continuavam cheios de lixo e mato. Desta forma, foi sugerido que, além, das multas a Prefeitura passe a limpar esses terrenos e cobrar juntamente com o IPTU, como feito em gestões anteriores.
Um selo foi sugerido como forma de localizar as casas que se comprometem diretamente com a limpeza de seus terrenos, facilitando inclusive a ação da Vigilância Epidemiológica, e prevenindo a vizinhança quando um ou mais vizinhos não participam efetivamente dos cuidados contra a dengue.
CAMPANHAS - Um das grandes ações populares no aspecto da limpeza, inclusive de terrenos baldios, foi a campanha idealizada pela BPW Tangará da Serra, 'Vamos Limpar Tangará', que no dia 17 de outubro coletou mais de 200 toneladas de lixo no município e teve uma participação contundente da população em geral. Segundo a coordenadora da campanha, Leani Ruppel, foram gastos R$ 20 mil para implementar o projeto em todos os níveis, inclusive nos aspectos de comunicação, onde todos os órgãos colaboraram sobremaneira.
Essa campanha comprova a eficácia de atitudes positivas junto à população e que se pode fazer isso sem que se disponibilize de um grande montante em recursos.
COMITÊ - Ao final da reunião, apenas parte do Comitê foi decidida, a técnica, contudo foi escolhida para sua presidência Maria do Carmo de Lima (Carminha), da Vigilância Ambiental, e como seu vice, Scheleicher, secretário de Saúde do município. O restante do Comitê deve ter seus nomes divulgados até amanhã, contando nesta parte com a sociedade civil, clubes de serviço e imprensa.
De acordo com o professor Juvenil Gilbert, coordenador da ETE, a criação desses comitês é uma exigência do Governo Federal para criar dispositivos de combate e controle da doença no país. Lembrando que, em 2009, Mato Grosso figurou entre os cinco primeiros estados no número de casos da doença. Depois de escolhidos os membros do Comitê, ele é instalado via decreto publicado no Diário oficial e está apto a implementar ações de combate à dengue; torna-se, oficial.
Essas ações devem começar até o final deste mês, visto que o período das chuvas já começou e, apesar da seca, os números de casos da doença aumentaram. Uma grande preocupação salientada pela professora de microbiologia e parasitologia da Unemat, Cristiane Ferreira Lopes de Araújo, é o crescimento da forma hemorrágica da doença em Tangará. Segundo ela, em 2006, não houveram casos e, em 2007, somente um. Em 2009, pularam para 15 (com mortes inclusive) e, em 2010, são 14. “Devemos lembrar que essas mais de 2 mil pessoas que tiveram dengue comum no ano passado, neste ano têm maior suscetibilidade à hemorrágica. Os índices têm crescido de forma preocupante, mesmo com a seca”, alertou a especialista.

TCE julga municípios ineficientes no combate à dengue

O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso acatou representação sobre ineficiência no combate à dengue. O TCE julgou procedente representação interna formulada pelo Ministério Público de Contas contra o ex-secretário estadual Augustinho Moro, o ex-prefeito Wilson Santos, o prefeito Murilo Domingos, o ex-secretário cuiabano Luiz Soares e a secretária várzea-grandense Jackeline Beber Guimarães.
A Secretaria Estadual de Saúde e as prefeituras de Cuiabá e de Várzea Grande, incluindo as respectivas secretarias municipais de saúde, foram ineficientes no combate à dengue em 2009.
Conforme o relator da representação, conselheiro Antonio Joaquim, "a atuação precária demonstrada pelos órgãos é extremamente preocupante, pois a dengue mata e, quando não mata, aterroriza os seus enfermos". Por isso, a principal recomendação no julgamento foi no sentido de que tanto as prefeituras de Cuiabá e de Várzea Grande, quanto as prefeituras de todos os municípios revejam, de forma urgente, as suas políticas públicas de combate à dengue.
Antonio Joaquim destacou em seu relatório e voto que ficou caracterizado deficiência em inúmeras ações de responsabilidade do Governo e das prefeituras e secretarias municipais, seja na ineficiência de coleta de lixo, de fornecimento de água, de limpeza urbana e em ações de erradicação ao mosquito aedes aegypti. Em 2009, foram mais de 11 mil casos de dengue em Cuiabá e Várzea Grande, com 20 óbitos.
Somente em Cuiabá, existem 35 mil terrenos baldios, enquanto que apenas 703 foram notificados pela Prefeitura Municipal para providenciar as ações de limpeza, sendo que destes tão-somente 50 foram multados. Em Várzea Grande, foram constatados 17 mil terrenos baldios, inexistindo política de fiscalização para a limpeza.
ESTADO – Quanto ao estado, dados referentes ao fechamento do ano de 2009 são de 58.410 casos de dengue, sendo que 1.405 foram notificados como casos graves da doença. O total de óbitos por dengue, referente ao ano de 2009, é de 57 casos.
As várias recomendações aprovadas por unanimidade no TCE serão encaminhadas aos órgãos representados e para o Ministério Público Estadual, para as providências cabíveis, inclusive visando subsidiar inquérito civil da Procuradoria de Justiça.
"Além do aspecto de legalidade das contas públicas, o Tribunal de Contas de Mato Grosso também está apurando os resultados de investimentos em políticas públicas", disse ainda o conselheiro Antonio Joaquim ao justificar o julgamento da representação interna, que questionou a eficiência da gestão dos órgãos públicos mencionados no combate à dengue.
EM TANGARÁ – Em 2009, a dengue assolou Tangará da Serra com um espantoso aumento de 728% nos casos constatados em relação ao ano anterior. Neste aspecto, a maior parcela da responsabilidade é da população, já que muitos moradores pouco se importaram com os cuidados necessários para garantir o bloqueio da doença, nem permitiram o acesso dos agentes da vigilância em seus imóveis. Ao poder público é atribuída parte da responsabilidade em função da má conservação da cidade.
Este, por sua vez, adotou à época uma medida drástica. Amparado pela Lei Municipal nº 3.222/2009, que consiste em notificação, multas e processos judiciais contra moradores e responsáveis por imóveis de qualquer espécie, começou a realizar vistorias nos imóveis da cidade e, encontradas as irregularidades, impunham-se os rigores desta lei.
O município não preparou um plano de emergência para o sistema de saúde para a epidemia de 2009, embora já em 2008, houvessem relatos de especialistas alertando para a possibilidade eminente da epidemia. E houve. Isso ocasionou uma superlotação na Unidade Mista de Saúde e exigiu medidas de emergência, como por exemplo a destinação de profissionais dos PSFs para a UMS por 30 dias, a princípio. Porém, o período crítico durou três meses e a população que dependia desses PSFs ficou assistida de forma precária ou desassistida. Em 2010, há um aumento do número de casos no estado e, mesmo com a persistente seca, o mosquito está se reproduzindo, bem como os casos da doença. E, de acordo com dados repassados pela Secretaria Municipal de Saúde, até o momento foram notificados 544 casos da doença no município. A diminuição de índices e como fazê-la são prerrogativas estudadas durante a organização desses Comitês por todo o país, com a ação direta do Ministério Público, afinal, o problema passa pela população e pela gestão pública localizadas em cada município. (Com Assessoria)

LUCIANA MENOLI

Apreendido equipamento de rádio que atrapalhava a frequência da PM

Ontem pela manhã, a Polícia Militar apreendeu o equipamento de uma rádio que funcionava sem autorização num prédio da Av. Ismael José do Nascimento com a Rua 44, no Jardim Paraíso. A frequência da rádio, desde o final de semana, atrapalha a frequência do rádio da PM, ocasionando diversos prejuízos.
A rádio que atuava na faixa 102,9 FM, estava instalada no mesmo prédio da Igreja Santuário da Benção. “Estávamos à procura da rádio desde que as interferências começaram, no domingo, quando ouvimos o nome da igreja e seguimos até lá, encontrando o equipamento”, relatou o tenente Alexandre Fontes, da PM. “Chegando lá, soubemos da existência de um outro transmissor na Vila Esmeralda. A rádio do Jd. Paraíso passava a programação via internet e a da Vila Esmeralda retransmitia”, completou o tenente, dizendo que os policiais tiveram que usar seus celulares pessoais em diversos casos, pois a central não conseguia passar as ocorrências via rádio. Os responsáveis pela rádio foram ouvidos e respondem a inquérito em liberdade
EMBRIAGUÊS – Também ontem, foi detido por embriagues ao volante Ubaldo Roman Figueiredo, 37, de Nova Olímpia, quando conduzia um veículo Gol, de cor preta, na Rua Júlio Martinez Benevides, em pleno centro de Tangará, completamente embriagado. Eram 15h30 quando ele foi abordado pelo tenente Lamonier e pelo soldado Montenegro, autuado em flagrante e levado ao Cisc. Ubaldo fez o teste de alcoolemia (bafômetro), onde foi detectado 1,10 mg/L de álcool no sangue. Até 0,3 mg/L, o delituoso leva multa e pontos na CNH. Passando disso, é autuado em flagrante e detido, com direito à fiança que, quando não é paga leva o autor do delito ao CDP.

LUCIANA MENOLI

Colegiado: Reunião Mensal do Polo determina metas regionais para saúde

Durante todo o dia 9, terça-feira, o Colegiado Regional de Saúde, composto por dez secretários municipais de Saúde, por quatro representantes do Escritório Regional de Saúde, esteve reunido, em seu encontro ordinário de todos os meses, no auditório do Posto Tanaka. Desta vez, a reunião serviu para deliberar as metas da saúde em nível regional para o ano de 2011.
Essas deliberações fazem parte do Plano Diretor Regionalizado (PDR), onde é discutido o fluxo de atendimento, onde é referência em atendimento, onde o estado pode intervir, melhorias que podem ser feitas. Depois de pautadas todas as metas, o Polo leva essas deliberações para os órgãos correspondentes em nível estadual, para que seja elaborado um plano de ação para cada região correspondente.
Uma das demandas do Colegiado do Médio-Norte foi a discussão acerca da implantação do Hospital Regional, uma necessidade que há muito se apresenta. Os secretários reunidos indicaram Tangará da Serra para ser o município receptor do Hospital Regional, devido à sua localização, infraestrutura e à demanda regional que acaba por confluir no município, por ser o maior da região. O prefeito Júlio César Ladeia sinalizou positivamente á vinda desta obra para Tangará.
Em reunião no gabinete do deputado Mauro Savi, presidente da Assembleia Legislativa, em Cuiabá, no início do mês, essa indicação já havia sido feita pelo deputado Wagner Ramos que, desde o início de seu mandato, trava batalha para trazer o Hospital Regional para Tangará. Tanto os apelos do deputado quanto a indicação dos secretários do Colegiado estão respaldando essa meta, que deve ser enviada para apreciação do governo estadual juntamente com outras demandas discutidas pelo Polo.
Girotto salientou que as metas não puderam ser definidas em sua plenitude nesta reunião e que uma segunda reunião está marcada para o dia 16, contudo apenas com alguns membros do Colegiado. Depois, o Escritório encaminhará essas metas ao governo estadual.
DIFICULDADES – O complexo médico que provavelmente será utilizado para a instalação do Hospital Regional é o mesmo que hoje abriga a Unidade Mista de Saúde e, como publicado em matéria do DS no dia 09 de novembro, a UMS passa por sérias dificuldades, com atraso nas obras internas, onde constam as alas de enfermaria e UTI, além de necessitar de uma reforma geral. O Centro Cirúrgico também é sonho antigo, esquecido neste projeto atual, que deve levar mais um mês para ser liberado pela Vigilância Sanitária estadual (lembrando que as obras foram iniciadas sem a aprovação da Vigilância e, portanto, embargadas). Todos esses detalhes podem atrapalhar ou, pelo menos, atrasar a implantação do Hospital Regional em Tangará, que acaba de perder a instalação de uma UPA, justamente por não poder arcar com as despesas advindas dessa obra. Por fim, paira sobre o município a instauração de CEIs pela Câmara, a recusa das contas do município no exercício de 2009 pelo TCE, além de processos, como consequências resultantes do 'Escândalo da Saúde'.

LUCIANA MENOLI

DS: 14 anos fazendo parte da história de Tangará da Serra

As história do Diário da Serra e do empresário Mano Reski se confundem: esta é uma conclusão óbvia ao final desses 14 anos de criação do jornal, que se transformou num símbolo tangaraense. Reski começou no rádio, no Paraná, e nunca escondeu sua paixão pelo Grêmio e pelo futebol, atuando como repórter esportivo.
Em 1985, resolveu abraçar outros sonhos, novas terras; veio para Mato Grosso com a família: a esposa Silvana e os filhos Diego e Fabíola. Depois, vieram Ramires e Bárbara, moto-grossenses. Depois do rádio, tevê... E a bagagem foi aumentando. Enquanto a família e a experiência cresciam em solo pantaneiro, o sonho do jornalismo criava raízes, até que, em 1996, exatamente aos 11 dias de novembro, nasceu o Diário da Serra. Tímido, em formato ofício, criou asas, sendo o primeiro jornal mato-grossense on-line.
Entre todas as experiências que teve ao longo dos seus mais de 25 anos de atuação na imprensa, Mano Reski destaca a diferenciação do jornal em relação às emissoras de rádio e televisão. Para o fundador do DS, o rádio e a televisão possuem mais agilidade. “Já o jornal é mais preciso, mais detalhista, mais marcante, já que a notícia impressa não é volátil por ser um registro mais perene. O profissional de jornal é obrigado a compreender mais a fundo a notícia”, observa.
Alicerçado sobre valores como credibilidade, ética, independência editorial, profissionalismo e valorização da pessoa, o Diário cresceu e, nesses 14 anos, tanto contou como fez parte da história cotidiana do tangaraense.
Hoje, o SBT exibe uma reportagem especial sobre esse aniversário, mostrando cada passo da montagem desse grande documento cotidiano que é o DS. O repórteres Rosemberg Alves e Frank Ramos exploraram as entranhas do jornal, partindo de sua redação, o coração do jornal, até sua diagramação e montagem final, na gráfica; onde a notícia se torna palpável. Uma homenagem ao espírito empreendedor de Reski.
A visão de futuro do jornal, que sempre foi estar consolidado como principal veículo de comunicação de Tangará e região, hoje é presente, realidade. O DS está em 13 municípios da região, contando com Tangará, que hoje é cidade-polo, em sua versão impressa e pode ser acessado em todo o mundo na versão on-line, mantendo sempre os padrões sobre os quais foi criado, com o espírito do verdadeiro jornalismo, renovado a cada dia, a cada nascer do Sol. “Temos um compromisso extremamente nobre, que é informar a população. Por isso, não abrimos mão da seriedade e imparcialidade ”, conclui seu mentor.

LUCIANA MENOLI

Tangará II: Dois assaltos numa mesma residência no domingo

A polícia registrou um furto à residência na noite de domingo no Jardim Tangará II. A vítima, um senhor conhecido como Hudson que, enquanto prestava queixa do roubo, sofria outro. Foi preso Alfredo Gonzales em flagrante. O segundo, de acordo com a vítima, é conhecido na região, tendo feito ameaças a comerciantes do bairro inclusive, e saiu há pouco tempo da prisão.
Da residência de Hudson foram levados celular, controle remoto, roupas, comida. Esse foi o saldo dos dois furtos. “Quando desci para fazer a queixa, fiquei umas três horas aqui na Delegacia enquanto preparavam o Boletim de Ocorrências, no retorno encontrei mais prejuízos. Já mudei de Cuiabá por causa da violência e nunca pensei que Tangará fosse desse jeito”, contou a vítima, enxugando os olhos marejados e se dizendo amedrontado com a ação dos criminosos, revelou que terá que mudar de casa. Seu Hudson reside há pouco mais de dois anos em Tangará. “O outro ladrão se aproveitou do estrago deixado pelo primeiro e levou comida da geladeira e roupa do meu filho”, completou.

REPERCUSSÕES

MISTURA FINA – Ontem, o plenário da Câmara Municipal deu lugar à segunda audiência de instrução dos traficantes presos durante a operação Mistura Fina, me maio deste ano. Ao todo, 20 estão indo a julgamento. Sentados no auditório do plenário, os réus ouviram as testemunhas de defesa e acusação. A audiência teve início à 12h e seguiu tarde adentro. Agora, o juiz Marcelo Sebastião Prado de Moraes aguarda as alegações dos advogados. O próximo passo, logo após, é a proferição da sentença. Entre os réus está o boliviano Simon Macuchapi Apazar, 34 anos, identificado nas investigações como o líder da quadrilha. Ele foi preso em Barra do Bugres e era o responsável por buscar a droga na Bolívia. O grupo aliciava pessoas na faixa de 18 a 30 anos para servirem de 'aviões' na distribuição da droga.
NA SERRA – A carreta Scânia roubada na sexta-feira na subida da Serra Tapirapuã, cuja carreta foi recuperada e, segundo seu proprietário, estava carregada de COC (um subproduto da queima do cimento), deve servir como 'instrumento' para que os bandidos que o abordaram façam outros roubos. De acordo com a vítima, os bandidos disseram que iriam roubar uma carga de defensivos agrícolas em uma fazenda da região e depois ele poderia encontrar o 'cavalinho' por aí. Eles se aproveitaram da baixa velocidade do veículo para abordá-lo e levar o caminhão. A carreta foi encontrada no Joaquim do Boche ainda no sábado, mas o 'cavalinho'... só depois que terminarem o 'serviço'.
CASO 'ZEZÃO' – Com os seis acusados presos, a Polícia Civil agora segue com o inquérito. Segundo o chefe de operações da PJC, Juscemilson Nazário, os homens anteriormente identificados apenas por 'Marquinhos' e 'Tonho', são na verdade Marcos Gomes, 33, de Rondonópolis, e Antonio Miranda,36, que trabalhava para 'Nô'.

LUCIANA MENOLI

Obras na UMS: Paralisadas há meses, mesmo com recursos em caixa

Seriam 150 dias de obras. Contando com atrasos corriqueiros devido às intempéries, poderia se esperar que as obras fossem concluídas em seis meses, no máximo, porém elas encontram-se paralisadas; pelo menos na parte interna da Unidade Mista de Saúde (UMS), onde se encontram apenas escombros e paredes destruídas.
A causa desta paralisação é simples, a obra foi embargada pela Vigilância Sanitária estadual por conta da não aprovação do projeto pelo órgão. “O secretário de Saúde anterior não encaminhou a planta para a Vigilância. Quando Scheleicher assumiu tudo estava paralisado e começamos a correr atrás da correção da planta, conforme às exigências da Vigilância, para não ter que perder recursos com erros na construção. Na semana passada, entregamos a planta com todas as modificações que a Vigilância requereu e, tão logo, a aprovem as obras poderão ser retomadas”, salientou Edna Aparecida Girotto, coordenadora do Escritório Regional de Saúde em Tangará da Serra, que elogiou o esforço do atual secretário municipal da Saúde, Júnior Scheleicher, no sentido de liberar a obra e também de manter uma comunicação constante com o Escritório Regional, no sentido de trazer reais benefícios à população através de sua pasta.
A planta com todas as exigências foi entregue no último dia 05 e, segundo Scheleicher, a Vigilância deve liberar as obras em cerca de 30 dias, ou seja, até o final do ano as as obras da ala interna que hoje encontram-se paralisadas, poderão ser retomadas. “Não paralisamos totalmente as obras. Na ala externa, estamos fazendo o que já foi liberado. Estamos adiantando o serviço e, no momento que a Vigilância liberar, estaremos prosseguindo com tudo o que foi paralisado”, salientou.
Para as obras foram alocados recursos no valor de R$ 742.185,50, para construção de leitos da enfermaria (R$ 268.666,65), que teriam, anteriormente, 90 dias para ficarem prontos, e da UTI (R$ 319.525,29), além da reforma geral da UMS (R$ 153.993,56); estas duas últimas, com prazo de conclusão para 150 dias. Neste ínterim, vão-se mais de três meses sem que um só tijolo seja assentado na ala interna.
Enquanto isso, a UMS tem que mandar os pacientes excedentes do internamento e os em estado grave, que necessitam de UTI, para a rede credenciada do SUS no município, que em Tangará compreende um grupo com dois hospitais, encarecendo os valores de tratamento e esvaziando os cofres públicos dos recursos da saúde, que poderiam ser revertidos para uma melhoria substancial no atendimento, caso as obras na UMS já tivessem concluídas.

Goteiras são consequência das obras
Na sexta-feira , 05, a reportagem do DS foi chamada à unidade Mista de Saúde por causa de várias goteiras que se apresentavam em seu interior, nos corredores que dão acesso ao internamento e nas proximidades da sala de espera dos Raios-X.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Júnior Scheleicher, as goteiras são consequências das obras. “Ali teve que se mexer em todo o telhado, o que ocasionou algumas diferenças no telhado e, como as fortes chuvas da sexta, surgiram as goteiras”, explicou, ressaltando que tão logo as obras sejam retomadas, essas falhas serão corrigidas, pois a UMS passará por uma completa reforma.

Tangará da Serra perde UPA: 'Escândalo da Saúde' e paralisação das obras na UMS podem ser as causas
O município de Tangará da Serra teve que recusar a vinda de uma Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h), totalizando um investimento inicial de quase R$ 1,5 milhão para sua construção e compra de equipamentos, enviados pelo Ministério da Saúde. O município teria que arcar com as despesas decorrentes da contratação de médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Porém, devido à falta de profissionais concursados e à estrutura básica da saúde estar comprometida, tanto pelo desvio de verbas no 'Escândalo da Saúde' como pela interrupção das obras da UMS, o que comprometeria o funcionamento da UPA, sua instalação tornou-se uma impossibilidade. Até porque é chegado o final do ano, época da prestar contas e sob o rígido regime da Lei de Responsabilidade Fiscal.
As UPAs 24h são estruturas de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as portas de urgência hospitalares, onde em conjunto com estas compõe uma rede organizada de Atenção às Urgências. São integrantes do componente pré-hospitalar fixo e devem ser implantadas em locais estratégicos para a configuração das redes de atenção à urgência, com acolhimento e classificação de risco em todas as unidades, em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências.
A estratégia de atendimento está diretamente relacionada ao trabalho do Serviço Móvel de Urgência – SAMU - que organiza o fluxo de atendimento e encaminha o paciente ao serviço de saúde adequado à situação.
São três portes de UPA, seguindo a população da cidade beneficiada, no caso de Tangará da Serra, seria a UPA I, para cidades de 50 a 100 mil habitantes. Nessa estrutura, podem ser atendidos de 50 a 150 pacientes a cada 24 horas. O valor repassado pelo Governo Federal para sua construção e compra de equipamentos é da ordem de R$ 1,4 milhão, sendo que mensalmente são repassados R$ 100 mil para o custeio, totalizando R$ 1,2 milhão a cada ano. Quanto aos profissionais, são dois médicos, sendo um clínico e um pediatra por turno. E deve ter um número de 8 a 10 leitos, no mínimo.
Ainda, os mais de R$ 4 milhões que foram destinados à oscip, acabaram por desestruturar o orçamento da saúde. A contrapartida que o município teria que dar para ter uma UPA seria de, pelo menos, o mesmo valor do investimento do Governo Federal e, atualmente, a saúde tangaraense não dispõe de caixa para isso. O prazo para o município 'aceitar' a UPA extinguiu-se no final de agosto, quando foi recusada pela Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com a coordenadora do Escritório Regional, Edna Aparecida Girotto, a população não teria o atendimento médico que necessita no seu dia a dia. “A UPA favoreceria somente aos casos de urgência, que são sua proposta e, com a quantidade de profissionais hoje trabalhando, a Unidade estrangularia áreas necessárias como atendimento ambulatorial e nos próprios PSFs, prejudicando a maioria da população”. Ela, ainda, salientou que o município pode ser contemplado com a oferta novamente, num momento mais apropriado, em que a saúde pública esteja estabilizada no município, inclusive pela eminência do concurso público, com novos profissionais contratados.
Para que a UPA trouxesse um grande benefício para a população tangaraense, a UMS teria que terminar, finalmente, suas obras a fim de dar o suporte necessário quanto à internação de pacientes, ao encaminhamento aos ambulatórios, à conclusão dos leitos de UTI e, até, mesmo a um possível Centro Cirúrgico (que não existe). Caso contrário, aconteceria o mesmo que ocorre atualmente; os pacientes que necessitam de leitos em UTI ou cirurgias são encaminhados para a rede conveniada ao SUS no município, que compreende um grupo particular, acarretando ao invés de benefícios, mais prejuízos ao erário público.

LUCIANA MENOLI


Município e Promotoria: Reunião monta comissão para elaborar estratégias de enfrentamento à dengue

Hoje, a partir das 17h, na sede da Promotoria de Justiça de Tangará da Serra, vários setores da sociedade organizada do município, como clubes de serviço, autoridades políticas e judiciárias e órgãos de imprensa, reúnem-se para formar um Comitê Gestor de Combate à Dengue no município. A iniciativa, feita conjuntamento entre o Escritório Regional de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde e Promotoria de Justiça, visa implementar ações de combate à proliferação do mosquito, levando-se em conta que Tangará está numa zona endêmica.
A iniciativa faz parte das prerrogativas discutidas no dia 19 de outubro, onde o Ministério Público Estadual promoveu o dia “D” contra dengue em todo o estado, quando os promotores de Justiça reuniram-se com gestores municipais e representantes de diversos setores da sociedade para diagnosticar o problema. Esse dia foi dedicado a assegurar um acompanhamento eficaz das medidas adotadas pelo poder público no combate e prevenção à dengue. Em Tangará, o encontro aconteceu na sede da Promotoria.
Conforme dados da Superintendência de Vigilância em Saúde de Mato Grosso, em 2010 houve um acréscimo de 9,2% dos casos de dengue notificados de janeiro a setembro, se comparado ao mesmo período no ano passado. Este ano, até meados de outubro, haviam sido registrados 50 óbitos provocados pela dengue e mais de 42 mil casos em todo o estado.
Segundo a diretora da Escritório Regional de Saúde, Edna Aparecida Girotto, Tangará da Serra, Sapezal e Campo Novo do Parecis são municípios com grande risco de epidemia neste período chuvoso e providências devem ser tomadas imediatamente para controlar a dengue em nossa região. “Sapezal teve casos de focos nos bueiros da cidade, bem como Campo Novo. O Escritório está tomando providências para toda a região. Em Tangará, no ano passado teve uma grande epidemia e, este ano, se providências não forem tomadas imediatamente, teremos outra, pois o mosquito está se reproduzindo em todas as épocas. Ele mudou seus hábitos e, ainda, temos o risco da entrada do sorotipo IV em Mato Grosso, que é mais virulento. Se a dengue hemorrágica já preocupava pela alta incidência de óbitos, os sintomas do tipo IV são amis severos e podem levar ao óbito mais rapidamente”, alerta Girotto.
O Ministério da Saúde já instituiu o dia 19 de novembro como sendo do Dia D de Combate à Dengue, portanto em todo o país, os municípios seguem um cronograma de ações, que em Tangará será discutido dentro da formação do Comitê no final da tarde de hoje. O secretário municipal de Saúde, Júnior Schleicher, estendeu o convite àqueles que pensam que podem colaborar de uma forma pragmática no combate à doença. “Queremos a participação de órgãos oficiais, clubes de serviço, associações comunitárias, imprensa. Todos que puderem dar sugestões e colaborar com ações eficazes na luta contra essa doença”, ressaltou.
De acordo com dados repassados pela Secretaria Municipal de Saúde, até o momento foram notificados 544 casos da doença no município. No mês de janeiro haviam 142 casos. No mês de fevereiro, 127. Em março, foram 189 notificações. Em abril, a Saúde registrou 25 casos; em maio, 25; junho, 13; julho, um caso; agosto, quatro casos; e, setembro teve oito casos notificados. Nenhum deles de dengue na sua forma hemorrágica, porme no ano passado, 15 casos foram confirmados, inclusive com algumas mortes.
As autoridades alertam, principalmente, para o cuidado que o cidadão deve ter com sua casa, com seu terreno e com terrenos baldios. A dengue é um problema social, ambiental e de saúde pública e seu combate deve ser estruturado em todas as instâncias, contudo o cuidado com a limpeza no quintal de cada um deve partir do cidadão. Essa ação vai, com certeza, interferir grandemente no aumento e diminuição dos casos de dengue no município.
LUCIANA MENOLI

Força conjunta: CISC de Tangará da Serra será ampliado para abrigar Batalhão da PM

Aprovado na 37ª sessão ordinária da Câmara, em 25 de outubro, o suplemento especial no orçamento para a reforma e ampliação do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CISC) de Tangará da Serra, no valor de R$ 28.050,00, provém do Fundo de Segurança do município. O projeto de lei enviado pelo Executivo, foi considerado de urgência e aprovado imediatamente pela vereança.
Com a reforma, o Batalhão da Polícia Militar, que hoje está localizado a quilômetros do Centro, ficará mais próximo das ocorrências, tornando seu atendimento mais rápido e eficaz. O cidadão também poderá ter mais acesso para resolver problemas de trânsito, documentação e, até mesmo, denúncias. “Será uma integração da PM com a Civil, dando maior agilidade no atendimento de casos e investigações. O Batalhão estando lá, no Centro, favorece ao cidadão, pois estará mais próximo dele, da comunidade”, salientou o Coronel Tadeu, da PM, que explicou que foi um acordo feito numa das reuniões do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), onde a Prefeitura cedeu aquela área para o Cisc e, agora, para a integração das duas polícias.
No projeto, anteriormente falava-se na retirada da Farmácia Popular do local onde está instalada, porém, agora a Pm deve utilizar a área que antes serviu de abrigo ao Cartório Eleitoral e, mais tarde, à Guarda Municipal de Trânsito. Além disso, o auditório de múltiplo uso que antes servia à Polícia Civil, agora se transformará em duas salas para abrigar a Militar.
Quanto à Farmácia Popular ficará instalada no mesmo local, ao lado do Cisc, até que a Prefeitura possa dispor de outro local para instalá-la, sem um tempo prescrito para sua mudança. “Não se faz necessária a sua retirada dali, no momento. Quando a Prefeitura achar melhor transferi-la para outro local, ela fará isso. Temos esse espaço para trabalharmos em conjunto já, o que vai proporcionar um grande benefício na prestação de serviços à comunidade”, concluiu o coronel.

LUCIANA MENOLI

Unimed: Sábado de festa reúne médicos no TTC

A festa da Unimed em homenagem aos médicos foi um sucesso. Vários ambientes, um show nacional, um jantar saborosíssimo, gente bonita e elegante. No TTC, no sábado, a pedida era diversão.
Médicos, dentistas, amigos, colaboradores, imprensa: todos puderam passar uma noite agradável, numa grande confraternização.
Como novidade, dois aerografistas faziam as caricaturas dos convidados em camisetas, com as quais eram presenteados. O DJ Carlinhos, da Vibemania, dominava a pick up tocando sucessos nacionais e internacionais de todas as épocas. À mesa, comida oriental e ocidental para qualquer gosto. No palco, a abertura do show teve como convidada Andressa Cardoso, prima de Adair Cardoso, mostrando que o talento corre no sangue da família. Depois, voz e teclado de Guilherme Arantes, que animou as centenas de convidados presentes com seus sucessos, desde Planeta Água, Cheia de Charme, Um Dia um Adeus... e por aí seguiu mais de uma hora de show.
Com certeza, essa festa vai deixar saudade em muita gente... No final da noite, a pista de dança foi aberta e todos puderam curtir os ‘embalos da noite do sábado’.

LUCIANA MENOLI

Gestão e sustentabilidade servem como tema da 3ª Semana de Administração da Unemat

Hoje termina a 3ª Semana de Administração promovida pela Unemat em Tangará da Serra, onde participam estudantes de Administração em Agronegócios e de Empreendedorismo, de Tangará, e, ainda, estudantes de Aripuanã. A Semana seguiu pela semana no Campus de Tangará e será finalizada, agora pela manhã, numa chácara de festas na cidade, com competições esportivas e almoço regado a frango no rolete.
As competições, fazem parte do VI InterADM. Os alunos estarão disputando modalidades desportivas como futebol, truco, sinuca, vôlei 4X4 feminino e futsal feminino, entre outras. E, por falar em jogos, o campus de Nova Xavantina se prepara para receber as Olimpíadas da Unemat, de 12 a 15 de novembro, onde competirão mais de 800 atletas universitários. Os universitários participam também do 3° InterNúcleos, um encontro dos núcleos de administração para a troca de experiências.
Durante a 3ª Semana de ADM, que teve início no dia 03, os alunos puderam presenciar palestras sobre a execução de projetos para a Copa do Mundo de 2014, cooperativismo para desenvolvimento sustentável, resíduos sólidos como desafio para a gestão pública e possibilidades para empreendedores, inovação no campo empresarial, fomento de recursos financeiros e economia sustentável. E, ainda, os estudantes participaram de minicursos como investimento em bolsas de valores, segurança no trabalho, folha de pagamento e regime CLT, matemática financeira com uso de HP, empreendedor individual, ISSQN, técnicas administrativas, uso do Excel e declaração de IR (PF e PJ).
Ao todo, foram 220 participantes das rodadas de palestras, cursos e apresentação de trabalhos acadêmicos. Obviamente, não faltaram as apresentações culturais e muita festa; no dia 03, teve a Chopada Universitária e, ontem, a Balada Universitária numa boate de Tangará. Hoje, a pedida é frango no rolete pra fechar o encontro, que teve como tema Gestão & Sustentabilidade: um desafio permanente.

LUCIANA MENOLI

Restante do grupo acusado de matar Zezão é preso

Está preso o restante do grupo acusado de mata José Soares, o Zezão, em julho, e depois jogar seu corpo na lagoa da Estação de Tratamento de Esgoto, amarrado a uma roda de ferro. A novidade do caso é que são seis os acusados e não cinco como havia sido informado anteriormente pela Polícia Judiciária Civil.
Na quinta-feira, a PJC prendeu dois dos acusados, Wilson Gomes Rodrigues, o 'Nô', e seu filho, João Ricardo Rodrigues, que seria o autor da paulada que vitimou Zezão. Ontem, até o final da tarde, todo o grupo estava detido no Cisc, fruto de mais um trabalho eficiente de investigação da Civil de Tangará da Serra.
Segundo informações do investigador Juscemilson Nazário, o grupo seguiu até a propriedade de Zezão com o intuito de assaltá-lo. Todos estavam encapuzados. Zezão reagiu e conseguiu identificar um dos assaltantes - todos eram ou vizinhos ou conhecidos ou empregados -, quando Ricardo lhe atingiu com uma paulada. Por serem próximos de Zezão, conheciam seus hábitos e sabiam que havia recebido dinheiro e que guardava sempre embaixo do colchão.
O primeiro a ser preso ontem foi Gilmar Francisco da Silva, conhecido como 'Gil' ou 'Negão', e faz doma de cavalos. Ele, segundo familiares, fazia 'diárias' para a vítima na época do crime e foi preso em Sapezal. A seguir, a PJC prendeu Marquinhos e Antônio, o 'Tonho'; este último funcionário de Nô. O último e sexto do grupo a ser preso foi Ananias Lopes dos Santos Júnior, 26, completando com sucesso as investigações.
De acordo com a polícia, um dos suspeitos foi preso e denunciou o restante do grupo sob o regime de delação premiada. Quanto ao dinheiro da venda do gado, R$ 30 mil, o grupo teria dividido, pois nada foi encontrado no local do crime. Agora, a delegada Jalmara Geraldini, que preside o inquérito, segue com os interrogatórios. Os seis serão encaminhados, logo após, ao CDP.

LUCIANA MENOLI

Mistura Fina: 20 pessoas são julgadas por tráfico em Tangará

Em maio deste ano, a Polícia Civil empreendeu a operação 'Mistura Fina', tendo às mãos 28 mandados de prisão decretados. As informações que embasaram as prisões chegaram através de interceptação telefônica. Na ocasião, foram presas 24 pessoas, por tráfico de drogas; quatro fugiram. Durante quarta e quinta-feira, 3 e 4, a Vara Única Criminal iniciou as audiências, onde são feitas, primeiramente, as audiências de instrução. Nos dois dias, o juiz Marcelo Sebastião Prado de Moraes, ouviu a 20 acusados por tráfico de drogas em Tangará da Serra.
Segundo a Assessoria da Vara, além dos quatro foragidos que não foram ouvidos, dois acusados estão em liberdade provisória e dois foram desclassificados pelo Juizado Especial.
Entre os réus está o boliviano Simon Macuchapi Apazar, 34 anos, identificado nas investigações como o líder da quadrilha. Ele foi preso em Barra do Bugres e era o responsável por buscar a droga na Bolívia. Simon, que foi apontado com um grande fornecedor de drogas na região de Tangará da Serra, contava com a ajuda de Eumar Paz Solis (também boliviano), e do brasileiro Luiz Carlos Fonseca, 21. O grupo organizava a distribuição das drogas através de “aviões”, na maioria jovens na faixa de 18 a 30 anos.
A segunda etapa da instrução será no dia 08, a partir das 12h, na Câmara, onde serão ouvidas as testemunhas de defesa e de acusação. Depois disso, os advogados de defesa preparam as alegações, que podem ser feitas por escrito ou oralmente, e só então o juiz profere a sentença. A Assessoria revelou que, por ser um processo onde o número de réus é grande, a sentença tem seu prazo um pouco estendido, mas que pode sair antes do final do ano.
O juiz Marcelo Sebastião está respondendo pela Vara Única Criminal desde julho de 2010, quando foi designado para o cargo, tendo ficado, deste forma, responsável por conduzir o julgamento do caso. Depois da instrução, ele sai em férias. No retorno, os advogados apresentam as alegações e ele proferirá, então, a sentença.
MISTURA FINA - A Polícia Judiciária Civil, com a colaboração da Polícia Militar, desencadeou, na madrugada de 27 de maio deste ano, a operação 'Mistura Fina' com objetivo de desmantelar uma quadrilha de traficantes que agia na região de Tangará da Serra. Foram cumpridos 24 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão.
Além de Tangará da Serra, onde houve a maioria das prisões – 16, incluindo uma no distrito de Progresso - e apreensões, a operação atuou simultaneamente em Cuiabá, Barra do Bugres, Campo Novo do Parecis e também no Distrito de Progresso. Também houve duas prisões em Campo Novo do Parecis, duas em Barra do Bugres e duas em Cuiabá. Com as pessoas detidas foram apreendidas armas e munições, mais de R$ 2 mil em dinheiro e cerca de meio quilo de pasta base. A quadrilha movimentava, em média, R$ 100 mil/mês.
A operação 'Mistura Fina' foi o desfecho de cinco meses de investigação. A PJC disponibilizou para a operação 60 investigadores e oito delegados, sob comando do diretor de Polícia do Interior, Jales Batista Silva.
As investigações tiveram início em janeiro de 2010 pelo delegado Márcio Moreno Vera, da Delegacia Municipal de Nova Olímpia na época. Durante o tempo de investigação, a polícia concluiu que a droga era trazida também de Cuiabá e Cáceres, quando não, era buscada diretamente na Bolívia. As prisões também foram resultado de um mapeamento das bocas de fumo da região.

LUCIANA MENOLI

Pai e filho são presos pela morte de 'Zezão'

Em julho deste ano, José Soares (40), conhecido por Zezão, foi morto em sua propriedade rural, na Pecuama, a pauladas. Dias depois, seu corpo foi encontrado na lagoa da Estação de Tratamento de Esgoto de Tangará, amarrado a uma roda, que serviu para dar o peso necessário, provocando sua submersão.
Ontem, no final da tarde, a Polícia Judiciária Civil prendeu dois dos suspeitos do assassinato. Wilson Gomes Rodrigues, vulgo 'Nô', e seu filho, João Ricardo Rodrigues seriam amigos da vítima e saberiam de todos os seus passos. De acordo com o investigador Lázaro Ribeiro, cinco homens seguiram até a propriedade de Zezão com o objetivo de assaltá-lo, pois ele teria recebido o dinheiro da venda do gado (R$ 30 mil) e guardado embaixo do colchão. Zezão teria resistido ao assalto e arrancado o capuz de um dos assaltantes, reconhecendo-o. Foi então que Ricardo teria desferido uma paulada no pecuarista, causando sua morte.
Pai e filho foram presos na Pecuama, após ser emitido mandado de prisão para os dois, devido o resultados das investigações da PJC sobre o caso. Além do mandado, eles foram autuados em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, já que na casa de 'Nô' foi encontrado um revólver calibre 38, com seis munições intactas, e uma espingarda calibre 12; armas que foram apreendidas.
Sabe-se que um revólver foi usado durante o assalto ao pecuarista. A polícia suspeita que pode ser o que foi apreendido ontem.
A delegada Jalmara Geraldini Fernandes Torres está presidindo o inquérito e disse que, nas próximas 24 horas, os demais suspeitos serão presos. Ela não quis adiantar a identidade dos possíveis criminosos para não atrapalhar o andamento das investigações.
NA QUARTA – Na quarta-feira, ainda, foi presa uma mulher, de 18 anos, Alessandra da Silva, e apreendida uma menor de idade que estava em sua companhia, por tráfico de drogas. Elas estavam na casa de Alessandra, no Jd. São Luiz, onde foram apreendidas 38 'cabecinhas' de pasta-base.

LUCIANA MENOLI

Remédios de alto custo e de uso contínuo estão em falta na farmácia do SUS em Tangará da Serra

A saúde pública está um caos no país inteiro e isso é de conhecimento de todo brasileiro. Em Tangará da Serra, há algum tem já, vem faltando remédios de uso contínuo e também de alto custo, que são enviados pelo estado por intermédio da Central de Regulação. Ontem, a reportagem do DS foi chamada ao gabinete do vereador Celso Ferreira (DEM), onde aguardava Carlos Almir Bacelar, uma senhor de quase 60 anos, que foi pedir providências quanto ao caso de sua esposa que é diabética, hipertensa e, inda, sofre do Mal de Parkinson.
Segundo seu Carlos, há mais de um mês sua esposa, de 59 anos, não toma o medicamento 'Losartan', para diabetes, que custa R$ 39 em sua forma genérica, pois a mesma não tem condições de adquiri-lo, já que recebe auxílio-doença de R$ 510. “A diabetes já está prejudicando sua visão. Ela está quase cega. Esses dias, medimos a glicemia e estava em 600. O médico perguntou, como ela estava resistindo ainda”, conta o marido, incluindo a fita de medição da glicemia na relação de suprimentos faltantes. A glicemia é medida periodicamente na Unidade Mista de Saúde.
Carlos disse que procurou a Secretaria de Saúde e que não sabem que dia que o medicamento chegaria, pois os laboratórios estão atrasando a sua entrega. Indignado com a situação, ele procurou a Câmara de Vereadores para tomar providências sobre o caso.
Já no gabinete de Ferreira, o edil se disse também indignado com o fato do cidadão necessitar de recorrer ao legislativo e, muitas vezes, ao Judiciário para conseguir remédios controlados ou exames e cirurgias. “Vejo que é inadmissível não ter, na rede pública de saúde, remédios para doenças como a diabetes e a hipertensão. E não é só isso. Tenho casos aqui, de munícipes que estão há três naos esperando por uma tomografia, há dois por uma ultrassonografia”, denunciou o vereador, que acha também um absurdo um cidadão não ter acesso ao secretariado municipal e ao prefeito, quando necessita, e procura então os vereadores para intercederem por eles nesses casos.
De acordo com o secretário Municipal de Saúde, Júnior Schleicher, não é só em Tangará da Serra que estão faltando medicamentos. “No estado inteiro há o atraso de entrega por parte dos laboratórios. Estamos esperando, agora, o estado nos repassar algumas remessas. Uma chegou ontem e outra está prevista para chegar sábado. Cidades como Rondonópolis e Várzea Grande, por exemplo, estão enfrentando o mesmo problema”, explicou.
NA JUSTIÇA – Muitos pacientes que não estão conseguindo medicamentos de uso contínuo e de alto custo, exames e cirurgias de urgência pelo SUS, têm recorrido à justiça e, geralmente, logrado êxito por meio de liminares concedidas. Seja na Promotoria Pública (para os que têm até 18 e mais de 60 anos) ou na Defensoria (demais faixas etárias), laudos e receitas sempre ganham força e são cumpridos imediatamente. O próprio Carlos conta que, o medicamento utilizado para o Mal de Parkinson foi conseguido via judicial, já que custa mais de R$ 300 e não conseguiram pelo SUS, normalmente, como deveria ser.
O caso é que essas liminares obrigam o município a comprar medicamentos, fazer exames e cirurgias em regime de urgência, sem necessitar de lançar mão de processos licitatórios. Os gastos a mais são justificados no momento da prestação de contas, através dessas liminares, e a Secretaria, no caso, não fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.

LUCIANA MENOLI

Alunos da APAE de Tangará se apresentam no VIII Festival Nacional Nossa Arte

Dionatha José da Silva e Shirlei da Silva Nascimento mais uma vez vão representar Tangará da Serra no Festival Nacional Nossa Arte, que está na sua oitava edição. O Festival acontece de 8 a 12 de novembro, em Bento Gonçalves (RS, onde se apresentam representantes das APAEs de todo o país. Os canarinhos tangaraenses vão cantar a música 'Planeta Água', de Guilherme Arantes. Eles foram selecionados no gênero 'música' depois da etapa estadual do festival, que aconteceu em julho.
Como objetivos do evento estão citados junto às normas, incluir e integrar através da arte e promover a socialização dos portadores de necessidades especiais. E, é essa inclusão que esperam todos que participam das APAEs brasileiras, que contribuem em espécie para o desenvolvimento e inclusão dos especiais, anteriormente, marginalizados pela sociedade. Essa inclusão e desmistificação de preconceitos é uma das grandes vitórias de entidades com a APAE.
Além de música, a APAE tangaraense ainda concorre nos gêneros artesanato, arte literária e artes visuais. Acompanhando Dionatha e Shirlei, vão as professoras Célia Pereira de Oliveira, coordenadora de Artes das APAES de Mato Grosso, e Aparecida Glória Pacheco, como professora acompanhante.
Para o VIII Festival Nacional Nossa Arte, o estado ainda leva o folclore e o teatro de Lucas do Rio Verde e a dança de Sorriso, além do grupo de Pontes e Lacerda. Ao todo são 39 pessoas componentes da delegação de Mato Grosso. “Esse festival nacional acontece a cada três anos. Antigamente, era a cada dois, mais foi modificado. Em 2005, foi em Palmas (TO), quando levamos nossos maravilhosos cantores que ficaram muito bem colocados. Agora, esperamos que eles mostram todo o potencial que têm e consigam, mais uma vez, encher Tangará de orgulho”, ressaltou Célia.
A delegação retorna no dia 14 para Tangará, depois de cerca de uma semana em que estarão cercados de arte por todos os lados; uma das mais belas formas de inclusão.

LUCIANA MENOLI

Vizinhança aponta irregularidades nos pontos de frete de Tangará da Serra

A vizinhança da Escola Estadual Emanuel Pinheiro está se sentindo incomodada com a quantidade de caminhões e caminhonetes, principalmente, de frete que param naquelas imediações, no aguardo de clientes. Até o início deste ano, os veículos de frete, bem como carroceiros, ficavam estacionados no entorno do Posto Central. A Prefeitura retirou-os de lá, transferindo os carroceiros para a parte localizada atrás do Bosque Municipal, numa de suas laterais, porém a situação dos caminhoneiros não ficou definida. Foi quando eles decidiram por ficar estacionados ao lado e na frente do Emanuel Pinheiro. Hoje, eles são em número de sete, onde quatro ficam estacionados em frente e três, ao lado.
A questão foi tema de debates no ano passado, mas ainda não foi resolvida. A Prefeitura quer fazer um local apropriado para todos os profissionais que trabalham com serviço de frete, mas estes discordam da forma. Segundo eles, muitos seriam prejudicados por desavenças dentro do próprio grupo e também pela possível localização dos veículos. Atualmente, eles estão espalhados pela cidade, em locais como a Feira do Produtor, a Praça da Matriz e a Escola Emanuel Pinheiro, por exemplo, trabalhando sem cadastro, ou seja, irregularmente.
A vizinhança da escola também questionou à respeito dos quiosques de salgados e frutas, porém, a eles foi dada a autorização e todos possuem alvará. Uma perua Kombi é outra reclamação, já que está há meses estacionada no local, esperando ser vendida. “Ladrões, traficantes e drogados se escondem atrás do veículo e perturbam os comerciantes e pessoas que passam no local”, acusa um empresário.
RESOLUÇÃO – Esses transportadores, que sobrevivem de pequenos fretes, dependem de uma resolução do Executivo Municipal para sair da irregularidade. São vários os que possuem placa cinza e, para qualquer veículo de transporte,seja de carga ou pessoas, é exigida a placa vermelha. Além disso, eles não possuem registro e não há recolhimento de taxa pela Prefeitura. A reportagem do DS procurou nos últimos dias, a Superintendência de Transportes Aéreos e Viários e a Guarda Municipal de Trânsito, que realizou as últimas negociações, para saber do andamento do caso, mas não conseguiu entrar em contato.
Conversamos com Seu Nelson, o motorista de uma caminhonete que faz ponto no Emanuel Pinheiro, e ele nos revelou que todos esperam pela regularização da situação. “Se tivermos taxa pra pagar, pagamos. Se é para mudar de placa, mudamos. Só não queremos ser removidos para um ponto só, independentemente do local, pois isso nos prejudicaria e até arriscaríamos a própria vida e, prefiro deixar de fazer esse serviço, a perder minha vida. Tenho pouca instrução, como vários de meus companheiros de profissão. Só queremos uma solução para continuar trabalhando honestamente e regularizados”, diz.

LUCIANA MENOLI