Vejam as notícias mais quentes de Tangará e Região com Luciana Menoli!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Mais respeito e responsabilidade, menos velocidade

Na sexta-feira, à noite, estava eu dirigindo-me à casa de minha mãe. Nas proximidades do 29 de Novembro, mais precisamente na rua 24, quase esquina com a 11, deparei-me com um ônibus da Cidade Tangará (leia-se Transportes Cantinho), em alta velocidade. Não tivesse eu jogado minha bike em direção à calçada, não estaria agora escrevendo no blog, mas sim enterrada. O motorista, que vinha pela rua 11, sequer olhava para a direção em que ele virou, a rua 24.
Depois do grande susto, cheguei na casa da minha mãe, que relatou esses dias ter passado por susto semelhante. Ela atravessava a faixa de pedestres em frente a Acits, já no meio da rua, quando um ônibus da mesma empresa 'tirou uma fina' dela. Outros transeuntes, assustados, se indignaram com a irresponsabilidade e a alta velocidade que o ônibus invadiu a faixa. "Só senti que ele bateu na minha sacola. Vi que era um ônibus logo depois, quando um rapaz me disse, assustado, 'a senhora viu que ele quase pegou a senhora?", contou-me ela.
Quero, aqui, protestar contra os motoristas desta empresa, a Cidade Tangará, que acham que as ruas da cidade são pistas de corrida e pedir, encarecidamente, para que os proprietários desta tomem providências urgentes, já que não é de hoje que esse 'buscross' acontece em Tangará.
Quando eu morava na rua 8, esquina com a 21, próximo à garagem da empresa, os ônibus sempre passaram em alta velocidade naquele local. Isso porque estavam a uma quadra da garagem. Irresponsabilidade tem limites. Vamos fazer testes mais aprimorados e cuidadosos para empregar esses motoristas? PM, tome conta dessa situação. Assim não dá pra continuar... E, depois, vem 'prefeitinho' dizer que naõ é necessário semáforo e que não vai nem discutir o assunto. Pois, a faixa da Acits, na Tancredo Neves, foi um dos lugares apontados como necessários por várias autoridades, em ter um semáforo. Durma-se com um barulho 'de ônibus' desse!

LUCIANA MENOLI

Promotoria abre as portas para Astandef

O promotor Antônio Moreira convocou o presidente da Associação Tangaraense de Deficientes Físicos (Astandef), Rodrigo Rodrigues, para uma reunião, ontem às 15h30. Além de Rodrigo, participaram da reunião, a representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Tangará da serra, e presidente da Comissão de Direitos Humanos desta, Izabella Menegassi, e o representante da Polícia Militar, Major Cruz. O objetivo da convocação do promotor foi obter mais informações sobre a reunião ocorrida na quinta-feira, onde a Astandef pediu o cumprimento da Lei de Acessibilidade à Prefeitura, principalmente, em assuntos referentes ao trânsito.
Durante a reunião, foram repassadas todas as informações da reunião anterior, com vereadores e representantes do governo municipal, ao Ministério Público. Incluindo a parceria com a PM, que vai fiscalizar o cumprimento da lei e aplicar as sanções cabíveis. O problema tratado foi o dos estacionamentos. “De posse de todas as informações, o promotor vai requerer o projeto da Superintendência de Transportes e fazer com que a Lei 10.098/200 seja cumprida imediatamente”, explicou Rodrigo, salientando que a Promotoria emitirá notificações aos órgãos pertinentes para o cumprimento imediato da referida lei.
INADEQUADAS – Rodrigo Rodrigues informou ainda ao DS, que diversas construções em Tangará da Serra, que são de acesso público, estão sendo liberadas sem a devida adequação à Lei de Acessibilidade, o que é proibido aos órgãos públicos dos municípios brasileiros desde 2006. E, ainda, que diversas repartições públicas municipais também não seguem os padrões especificados na lei, como a nova Secretaria de Fazenda e Setor de Fiscalização, Centro Cultural, Unidade Mista, Posto Central, praças da Bíblia e Pioneiros (áreas públicas de convivência), Rodoviária e, pasmem, até o Centro de Fisioterapia. “Por que tantas desculpas e promessas, já que a Sinfra é uma Secretaria bem estruturada financeiramente? Estamos pedindo respeito, somos pisados por órgãos que deveriam nos apoiar. Somos cidadãos e estamos batalhando em prol do deficiente”, salientou indignado com o atendimento que a entidade vem recebendo, o presidente da Astandef, uma entidade que vem cuidando dos direitos do deficiente físico há anos, em Tangará da Serra, promovendo sua inclusão, acessibilidade e o respeito que merece por toda a sociedade.

LUCIANA MENOLI

Mato Grosso sobe no ranking da produção agrícola no país

Mato Grosso, 5º colocado em 2008 na participação no valor da produção agrícola nacional, com 10,8%, teve, em 2009, uma boa safra de milho, com incremento na produção (+4,9%) e rendimento médio de 4.920 kg/ha, 15,5% superior ao de 2008, por isso sua participação no valor da produção passou para 12,8% em 2009, alcançando o 2º lugar, seguido pelo Rio Grande do Sul (12,7%). Entre os estados, São Paulo se manteve em 1º lugar, passando de 15,6% em 2008 para 16,3% em 2009. Já o Paraná caiu da 2ª para a 4ª colocação (de 14,8% para 11,8% da produção), prejudicado por problemas climáticos no plantio.
E não foi só o estado que se destacou nacionalmente, no balanço anual divulgado pelo IBGE no último dia 20. Entre os produtos cultivados, a soja, o milho e o algodão continuam como destaques.
Sorriso, no Nortão do estado, possui uma participação de 8,3% no valor da produção do Brasil, seguido de São Desidério, no interior da Bahia. A partir da 3ª colocação, as quatro cidades seguintes são mato-grossenses, com participações que variam entre 6,5% e 4,8%. Sapezal e Campo Novo do Parecis, vizinhos de Tangará da Serra, aparecem em 3° e 4° lugares, respectivamente. Em 6° aparece Diamantino, outro município da região Médio-Norte. Ou seja, dos dez primeiros municípios ainda, três pertencem à nossa região, representados nacionalmente em sua produção.
No ranking entre municípios mato-grossenses, aparecem também, Nova Mutum (5°), Primavera do Leste (9°), Lucas do Rio Verde (10°), Campo Verde (11°), Nova Ubiratã (14°) e, Campos de Julho (18°), também da região Médio-Norte, vizinho a Sapezal.
Ainda, de formas gerais, dentre os 20 municípios, 14 são da região Centro-Oeste. Leia-se aí, de Mato Grosso e Goiás. Os demais são dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Bahia. Isso confirma a máxima de que o Centro-Oeste é 'o celeiro do Brasil'.
QUEDAS E ALTAS - O valor da produção em 2009 foi de R$ 140,8 bilhões, menor em quase R$ 8,0 bilhões (-5,3%) na comparação com 2008. A redução se deve, basicamente, à menor produção de milho (-13,9%), café (-12,8%), algodão herbáceo (-27,3%), trigo (-16,1%) e soja (-4,2%). Além disso, alguns produtos, como milho, feijão, café e trigo, tiveram preços inferiores aos do ano anterior. A área plantada total aumentou 0,3% sobre 2008 e chegou a 65,7 milhões de hectares.
As culturas que mais se expandiram em 2009 foram a soja, com 509,6 mil hectares (2,4%), e a cana-de-açúcar (572,5 mil hectares, 7,0% a mais). A soja, mesmo com a redução da safra, continuou sendo a cultura que mais contribuiu para o valor da produção, com 27% do total (R$ 38,0 bilhões). Em segundo lugar, veio a cana-de-açúcar com 17,0% (R$ 24,0 bilhões). Esse crescimento a fez ultrapassar o milho, que perdeu o 2º lugar. Em quarto lugar veio o café, cuja redução já era esperada, porque essa cultura alterna anos de alta e baixa produtividade, com 6,1% do valor da produção nacional em 2009.
Cerca de metade do valor da produção agrícola brasileira se concentra em 15 produtos, os “cereais, leguminosas e oleaginosas”, ou “grãos”. Por ordem de participação no valor da produção, eles são: soja, milho, feijão, arroz, algodão herbáceo, trigo, sorgo, amendoim, cevada, mamona, girassol, aveia, triticale, centeio e algodão arbóreo. O grupo totalizou 133,8 milhões de toneladas em 2009, -11,6 milhões de toneladas contra 2008. As principais causas foram o clima (que reduziu a produtividade) e, no caso do milho e do algodão, os baixos preços pagos aos produtores na época do plantio, que levaram à redução da área plantada. (Com Assessoria)

LUCIANA MENOLI

domingo, 24 de outubro de 2010

Artigo - OS SONHOS DE ANINHA E O COMPLEXO DE CLARK KENT

Aos sete anos, Aninha entrou na escola, embora insistisse neste desejo desde os cinco, na ânsia pelo saber, por descobrir um mundo que, até então, era desconhecido; juntar letras, umas às outras, e formar palavras, transmitindo suas ideias por seu intermédio. Aos sete, então, foi finalmente alfabetizada, uma vitória. Embora pequena, Aninha tinha um incrível senso de justiça e, apesar da sua timidez, revestia-se de pura coragem quando via alguma sendo cometida, saindo de seu casulo, tal qual uma borboleta que expressa vida por meio de suas cores refletidas ao Sol. Depois de aprender as primeiras letras, Aninha entrou para o mundo das artes, escrevendo poesias variadas. De linhas simples, à medida que amadurecia, Aninha escrevia textos, cada dia, mais rebuscados, intensos, profundos; ela decidira, quase que no berço, ser uma escritora.
Ao ingressar na faculdade, obviamente, escolheu o jornalismo como profissão; afinal, qual seria a outra que daria a Aninha a possibilidade de escrever e lutar contra as injustiças do mundo ao mesmo tempo? Cursando jornalismo, aprendeu que essa sua ‘mania’ de querer salvar o mundo das injustiças e dos ‘caras maus’ tem um nome proveniente das histórias em quadrinhos: um tal de ‘Complexo de Clark Kent’. É, parece que todo jornalista tem esse complexo, quer ser como o Superman e salvar o mundo todo, porém, não lutando contra vilões, voando pelos céus, vestindo roupas azuis com capa vermelha. Lutam com a palavra. Nela, encontram refúgio, sabedoria, força. Ela é sua arma. Assim, Aninha aprendeu a lutar, mas presenciou, por inúmeras vezes, os ‘vilões’ saírem ilesos. Muitas vezes, suas palavras eram inócuas e as dificuldades para conseguir os objetivos, intransponíveis. Talvez, pela iniquidade presente em solo brasileiro, terra em que nasceu, na qual sofreu decepções e perseguições e pela qual nunca desistiu de lutar. Aninha viajou muito, conheceu outras terras, amou todas as paixões, lutou por muitos injustiçados, caiu e levantou-se em diversos caminhos.
Como Aninha, é assim que agem os verdadeiros heróis da pátria: os pais de família que sustentam seus filhos, mesmo com salário de fome e, sem condições de saúde, saneamento e educação, originam pessoas justas e batalhadoras; as mães, que protegem sua prole de qualquer intempérie, da violência, das drogas, do desgoverno da nação; os médicos da saúde pública que, mesmo com falta de condições, espaço, higiene, medicamentos, mias médicos, esforçam-se, na medida do sobre-humano, para salvar a vida de um pobre diabo qualquer, totalmente desconhecido, que lhe caira nas mãos no último plantão de 24 horas; os grandes profissionais, voluntários ou mal remunerados, que cumprem suas funções com louvor, sem pensar se na sua mesa também falta comida; e, finalmente, os jornalistas,verdadeiros, aqueles que sabem o que quer dizer a palavra ‘ética’, e não apenas sua terminologia no dicionário, mas como sentido de vida, de dignidade, de justiça, seguindo o exemplo de Aninha ou de Clark Kent, cujos sonhos infantis, cheios de representações míticas, são seguidos até o final da vida, pois a pureza e a ética da criança devem nortear a vida adulta.
Corrupção, ladroagem, violência, loucura, drogas, guerra, indiferença, desamor, ódio, parasitismo e tantas outras qualidades não pertencem ao mundo infantil. Pois, como diria Pedro Bial,’ tudo que realmente interessa, aprendi no jardim de infância’. Tenhamos, então, mais ‘Aninhas’ ou ‘Clark Kents’ residentes em nossa alma e, quem sabe, veremos um mundo se equilibrando, um Brasil mudando, um Mato Grosso de igualdades e consciência e, um Tangará da Serra, voando livre das corrupções, dos escândalos, da falsa cidadania e, realmente, um município-modelo.

LUCIANA MENOLI, jornalista formada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)