Mato Grosso, 5º colocado em 2008 na participação no valor da produção agrícola nacional, com 10,8%, teve, em 2009, uma boa safra de milho, com incremento na produção (+4,9%) e rendimento médio de 4.920 kg/ha, 15,5% superior ao de 2008, por isso sua participação no valor da produção passou para 12,8% em 2009, alcançando o 2º lugar, seguido pelo Rio Grande do Sul (12,7%). Entre os estados, São Paulo se manteve em 1º lugar, passando de 15,6% em 2008 para 16,3% em 2009. Já o Paraná caiu da 2ª para a 4ª colocação (de 14,8% para 11,8% da produção), prejudicado por problemas climáticos no plantio.
E não foi só o estado que se destacou nacionalmente, no balanço anual divulgado pelo IBGE no último dia 20. Entre os produtos cultivados, a soja, o milho e o algodão continuam como destaques.
Sorriso, no Nortão do estado, possui uma participação de 8,3% no valor da produção do Brasil, seguido de São Desidério, no interior da Bahia. A partir da 3ª colocação, as quatro cidades seguintes são mato-grossenses, com participações que variam entre 6,5% e 4,8%. Sapezal e Campo Novo do Parecis, vizinhos de Tangará da Serra, aparecem em 3° e 4° lugares, respectivamente. Em 6° aparece Diamantino, outro município da região Médio-Norte. Ou seja, dos dez primeiros municípios ainda, três pertencem à nossa região, representados nacionalmente em sua produção.
No ranking entre municípios mato-grossenses, aparecem também, Nova Mutum (5°), Primavera do Leste (9°), Lucas do Rio Verde (10°), Campo Verde (11°), Nova Ubiratã (14°) e, Campos de Julho (18°), também da região Médio-Norte, vizinho a Sapezal.
Ainda, de formas gerais, dentre os 20 municípios, 14 são da região Centro-Oeste. Leia-se aí, de Mato Grosso e Goiás. Os demais são dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Bahia. Isso confirma a máxima de que o Centro-Oeste é 'o celeiro do Brasil'.
QUEDAS E ALTAS - O valor da produção em 2009 foi de R$ 140,8 bilhões, menor em quase R$ 8,0 bilhões (-5,3%) na comparação com 2008. A redução se deve, basicamente, à menor produção de milho (-13,9%), café (-12,8%), algodão herbáceo (-27,3%), trigo (-16,1%) e soja (-4,2%). Além disso, alguns produtos, como milho, feijão, café e trigo, tiveram preços inferiores aos do ano anterior. A área plantada total aumentou 0,3% sobre 2008 e chegou a 65,7 milhões de hectares.
As culturas que mais se expandiram em 2009 foram a soja, com 509,6 mil hectares (2,4%), e a cana-de-açúcar (572,5 mil hectares, 7,0% a mais). A soja, mesmo com a redução da safra, continuou sendo a cultura que mais contribuiu para o valor da produção, com 27% do total (R$ 38,0 bilhões). Em segundo lugar, veio a cana-de-açúcar com 17,0% (R$ 24,0 bilhões). Esse crescimento a fez ultrapassar o milho, que perdeu o 2º lugar. Em quarto lugar veio o café, cuja redução já era esperada, porque essa cultura alterna anos de alta e baixa produtividade, com 6,1% do valor da produção nacional em 2009.
Cerca de metade do valor da produção agrícola brasileira se concentra em 15 produtos, os “cereais, leguminosas e oleaginosas”, ou “grãos”. Por ordem de participação no valor da produção, eles são: soja, milho, feijão, arroz, algodão herbáceo, trigo, sorgo, amendoim, cevada, mamona, girassol, aveia, triticale, centeio e algodão arbóreo. O grupo totalizou 133,8 milhões de toneladas em 2009, -11,6 milhões de toneladas contra 2008. As principais causas foram o clima (que reduziu a produtividade) e, no caso do milho e do algodão, os baixos preços pagos aos produtores na época do plantio, que levaram à redução da área plantada. (Com Assessoria)
LUCIANA MENOLI
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