LUCIANA MENOLI / Redação DS
De acordo com o presidente do Sserp, José Antônio Garcia Neto, o Executivo não fez as modificações na lei propostas pela Comissão, não chamou a comissão ou o Sindicato para fazer acertos e nem informou que já teria enviado a lei ao Legislativo. “Descobri que estava na Câmara por acaso. Tudo foi feito na surdina e nada do que acertamos anteriormente foi contemplado pela lei. O prefeito quer enganar o funcionário público”, afirmou o presidente do Sserp, dizendo repudiar a ação do Executivo, que é mostra verdadeira do desrespeito que este tem para com o servidor.
Durante a assembleia, os servidores rechaçaram a proposta do Executivo como está e pedem que as modificações sugeridas sejam feitas. Para ganhar força junto à Câmara, vão enviar um documento para constar já na próxima sessão, quinta-feira de manhã, onde será discutida a lei do SerraPrev.
Hoje, o município possui um total de 1.800 servidores, sendo 1.289 efetivos e mais de 980 na ativa. A principal proposta do Sindicato é que o valor economizado pela Prefeitura com o Regime, seja repassado em parte como reposição salarial da categoria, que já conta com defasagem acumulada de quase 40%. “Esta lei não poderia ir para a Câmara desta forma. Necessita de mais tempo para as negociações. Mandei diversos ofícios para o prefeito, mas não houve resposta. Com uma administração assim fica impossível dialogar”,sentencia Garcia Neto.
POSSE – Na época de sua reeleição e posse como presidente reeleito do Sserp, Garcia Neto declarou que Sindicato e servidores são favoráveis ao SerraPrev devido às melhorias que pode trazer no momento da aposentadoria e também porque o regime é diferenciado do antigo Fapen. “Há uma diferença básica que nos faz sermos favoráveis ao regime, o SerraPrev será administrado por uma comissão de servidores, escolhida em assembleia, e não pelo Executivo, como foi o caso do Fapen. No caso de sua aprovação, serão beneficiados apenas servidores efetivos e estáveis”, explicou Neto.
Porém, ele condicionou a aprovação do sistema pelo Sindicato ao rateio do montante economizado pela prefeitura à parte da reposição salarial. “A prefeitura irá economizar cerca de R$ 3,3 milhões. Queremos que a administração rateie este total, melhorando o salário-base dos servidores públicos municipais. Caso não entre em acordo, o Sindicato agirá junto à Câmara para que não aprove o SerraPrev”, sentenciou.
Ele ainda observou que hoje o INSS é cobrado em três alíquotas (8%, 9% e 11%) e que a previdência própria terá a alíquota estabelecida em 11%, seja qual for o salário. Contudo, além do salário-base, serão incorporadas as gratificações, que entram no bolo total do cálculo da aposentadoria, portanto, ampliando o valor desta. De acordo com o presidente do Sserp, nenhuma dessas prerrogativas foi respeitada pelo Executivo no momento do envio da lei para a Câmara.
Além da indignação do líder sindical, os servidores presentes se mostraram revoltados com a atitude da atual administração, tanto que, por unanimidade, desaprovaram a lei como se encontra atualmente, formalizando um documento a ser entregue ao Legislativo, com suas assinaturas.
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