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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Fim da greve dos bancários: bancos lotados e prejuízos para empresas e correntistas

A maioria das agências bancárias do país retomou suas atividades ontem, após duas semanas de greve, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf – CUT). Em Tangará, a Caixa Econômica Federal foi a primeira agência a aderir à greve, no dia 04 de outubro. Depois, foi seguida pelo Basa e Banco do Brasil. Entre os privado, a agência do HSBC foi a única, na cidade, que seguiu a diretiva nacional. A cooperativa de crédito Sicred, o Itaú e o Bradesco não aderiram ao movimento.
Na noite da quarta-feira, até as 22h, dos 113 sindicatos filiados à associação, incluindo bancos privados e públicos, apenas 19 haviam rejeitado as propostas de reajuste salarial de 7,5% feitas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal.
"Fizemos a maior greve dos últimos 20 anos e faremos o melhor acordo desse período, pois a maioria já aprovou as propostas nas assembleias", afirmou o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro. Os bancários também conseguiram a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho de mecanismos de combate ao assédio moral e mais segurança no ambiente de trabalho. A proposta da Fenaban só não foi aceita no Maranhão e em Bauru (SP).
A paralisação teve início no dia 29 de setembro em âmbito nacional, quando os bancários passaram a reivindicar reajuste de 11%, valorização dos pisos salariais, maior participação nos Lucros e Resultados (PLR), medidas de proteção à saúde com foco no combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades, segurança contra assaltos e sequestros e fim da precarização via correspondentes bancários, entre outros pontos.
O levantamento de agências fechadas feito pela Contraf indica que a greve deste ano foi a maior das últimas duas décadas, superando, inclusive, a de 2009, quando os bancários paralisaram 7.222 unidades no dia de maior pressão do movimento.
MT – Em Mato Grosso, a decisão pelo retorno às atividades foi tomada durante uma assembleia geral da categoria realizada na noite da quarta. Os grevistas acataram a proposta de reajuste de 7,5% para quem recebe até R$ 5 mil, apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
O Banco do Brasil e Caixa Econômica fizeram propostas específicas para os seus funcionários. O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb-MT) avaliou como 'vitoriosa' a proposta oferecida pela Fenaban. Com a assembleia, os bancários decidiram encerrar a greve e voltar ao trabalho.
O resultados dessa quinzena de paralisação foram sentidos pelo comércio e por diversos trabalhadores em todo o país. Em Tangará, atraso no pagamento de contas, tanto de serviços quanto de produtos, foram o ponto comum. Lotéricas lotadas e pouca movimentação financeira em diversos seguimentos também fizeram parte do movimento de greve. O Banco do Brasil, Basa e HSBC retornaram ao atendimento na quarta. A CEF, somente ontem. E, como de costume, filas se formaram à frente da agência. Em seu interior, dezenas de pessoas esperando por atendimento e poucos caixas à disposição. A espera variou de 60 minutos a 3 horas e irritou os clientes.

LUCIANA MENOLI

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