Algumas situações perduram em Tangará da Serra e são relembradas a cada temporada chuvosa. Questões ambientais envolvendo córregos do município são uma delas. A reportagem do DS percorreu vários pontos do córrego Buriti, que margeia a rua 19, da área central de Tangará até o Jardim do Sul, para ver se situações presentes haviam mudado. Resultado: tudo está praticamente igual.
Um exemplo é a situação do lixo que os moradores teimam em depositar nas proximidades das margens do córrego, quando não jogam diretamente em seu leito. No ano passado, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, junto com estudantes e Ongs fizeram uma movimentação para a retirada do lixo do Buriti, bem como de outros córregos que percorrem a sede do município. Chegou a chuva, o nível desses mananciais subiu, arrastou lixo e novamente podemos observar muito lixo em margens e leitos. O Buriti, por ser central, é um dos que mais sofre com o problema.
Outra situação que se arrasta há anos, é a desocupação da área de proteção permanente às suas margens, localizada entre a avenida Tancredo Neves e a rua 18, na rua 19. Algumas casas pertencentes à mesma família, que tem o terreno escriturado, ficam à mercê da força das águas do córrego. De acordo com os moradores da localidade, a prefeitura ofereceu imóveis no Residencial Bela Vista, mas eles se recusam a deixar o local, pois o bairro é muito distante e eles moram no Centro, “um imóvel bem localizado”, de acordo com suas palavras. Os moradores ainda revelam que as águas do córrego nunca ameaçaram suas moradias e que estão tranquilos. Já na casa ao lado, na esquina das ruas 19 e 18, os moradores da casa tiveram que deixá-la, pois foi condenada após o desabamento da parte traseira da construção. O terreno esbarrancou e levou parte da lavanderia da casa. De acordo com os vizinhos, os moradores, que eram para receber uma nova moradia da prefeitura, moram de aluguel ainda. No local, é possível ver que diversas rachaduras nas paredes ameaçam o resto da construção. Na outra margem do Buriti, no mesmo ponto, mais moradias fazem dali sua localização, em barrancos mais altos, porém.
Mais adiante, agora já no Jardim do Sul, o DS se deparou com outra situação rotineira na época das chuvas: o retorno dos esgotos à rua e às casas quando a tubulação não aguenta. Segundo um dos moradores da região, há 15 dias o Samae foi chamado para fazer manutenção no local, pois a rua estava coberta por fezes, que retornam dos PVs para a rua e para as tubulações de diversas casas localizadas na última rua do bairro, já às margens do córrego. Segundo o morador, o Samae tem o projeto de subir o nível da rua, asfaltá-la e fazer uma ponte sobre o Buriti, abrindo caminho até o Jardim Acapulco. “Esta semana, vieram técnicos do Samae e do meio ambiente pra ver o local”, diz o morador, que tem fé numa rápida solução desta problemática há anos reincidente. Na edição de amanhã do DS, você poderá ler a respeito das soluções apontadas pelas autoridades competentes para estes casos.
Luciana Menoli
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