Na edição de quarta-feira, o DS publicou uma matéria sobre a problemática recorrente às margens do córrego Buriti, que atravessa o Centro de Tangará e sofre com o lixo e com propriedades instaladas em sua área de reserva. Uma das questões abordadas foi o problema do esgotamento sanitário na última rua do Jardim do Sul, quase às margens do Buriti, já na fronteira com a APP. A situação já perdura por anos e agora o Samae tem um projeto específico para solucionar de vez aquele problema.
No início desta semana, especialistas do Sistema Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), junto com um engenheiro florestal estiveram na área, avaliando a situação. A rua 23, que é a última do bairro, antes do Buriti, sofre na época das chuvas devido ao sistema instalado, onde as águas da chuva se misturam ao esgoto. O Resultado é que o esgoto retornava à rua e às casa de alguns moradores. “O sistema foi feito de forma errada. Agora, vamos remover essas tubulações e fazer um melhoramento naquele trecho, a exemplo de outras localidades que já receberam obras da Samae no seu esgoto”, explicou o diretor operacional da autarquia, Leonardo Lima de Medeiros, que participou da inspeção.
Na ocasião da visita, foram contadas 21 árvores de médio porte, que deverão ser cortadas a fim de abri a rua 23, pois ela só existe no papel, obra que ficará sob a responsabilidade da Sinfra e que deve iniciada já na semana que vem. “O que nos possibilitou fazer esta obra, foi a mudança da lei de áreas de reserva, onde foi diminuída para 30 metros das margens de mananciais. Anteriormente, eram 50 metros, o que dificultava nossa ação”, complementou o engenheiro.
De acordo com o diretor do Samae, Jefferson Luiz Lima da Silva, essa obra será possível devido à sobra de investimentos de R$ 8 milhões, enviados pelo Ministério das Cidades em convênio com a Caixa Econômica Federal, para fazer os 50 Km de esgotos no ano passado. Esse saldo restante monta em R$ 165 mil, que estão sendo utilizados em três obras de melhoramento da rede de esgotos. A primeira já foi concluída. Os arredores da Unidade Mista e do Centro de Hemodiálise foram beneficiados, bem como residências vizinhas, com a construção de 100 metros de rede. O restante, mais 100 metros naquele local, devem ser feitos pela UMS tão logo terminem suas obras internas. “Havia muita produção de água e esgoto do Centro de Hemodiálise e fossas negras na UMS, que acabavam dando um grande custo em limpa-fossa por sobrecarregarem rapidamente devido à demanda. Fato que hoje não ocorre com esta interligação feita pelo Samae”, explicou Jefferson.
A outra obra, que ainda está sendo feita, é na região do Corpo de Bombeiros, na avenida Tancredo Neves, onde aproximadamente 900 metros de instalações sanitárias estão sendo feitas. “Estas são demandas das solicitações de 2010, que pudemos concluir agora, com a sobra de caixa. Tanto a UMS como os Bombeiros e moradores do Jardim do Sul já haviam nos solicitado estas obras e agora estamos por concluí-las, fechando com o Jardim do Sul e acabando com um problema que há tempo se arrasta ali. Já conseguimos sanar os problemas na quadra de cima e agora vamos completar a obra”, salienta o diretor do Samae.
Sobre viagem que fez esta semana, Jefferson Luiz não quis adiantar nada, mas disse que são boas as novidades para Tangará. Ressaltou ainda que a autarquia está finalizando os projetos do PAC 2, no tocante ao Samae, para serem protocolados até o dia 28 de fevereiro junto à CEF. “Está uma correria”, finalizou ele.
Luciana Menoli
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