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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Rios, cachoeiras, espaço verde, plantações, negócios, esportes radicais, reservas indígenas: Região pode ser referência em turismo, mas nada de recursos da Copa de 2014

Cachoeira do Formoso, na Aldeia do Formoso, em Tangará
Ontem o DS publicou uma matéria sobre a destinação de verbas referentes a projetos turísticos, vislumbrando a Copa de 2014, onde o governo do estado deve destinar R$ 350 milhões, segundo previsão, para municípios num raio de 200 Km da capital. Até aí, nada demais, afinal ele estaria beneficiando as regiões do Pantanal mais próximas à capital.
O interessante é que cidades como Sinop e Alta Floresta, distantes 501 e 786 km, respectivamente, estejam neste planejamento. Por conseguinte, nenhuma das cidades de nossa região estão pautadas com os recursos para o melhoramento do acesso ao turismo com vistas a 2014.
Mesmo com a ida de Maísa Coutinho, secretária municipal de Turismo, à Sedtur na semana passada, juntamente com secretários municipais dos municípios de Campo Novo, Sapezal e Barra do Bugres, e com o agendamento das vindas da secretária estadual da pasta e do governador, em fevereiro, nenhum recurso além do que já está previsto foi sinalizado pelo estado ainda.
Esquecido nos rumos da Copa do Mundo brasileira, o quadrilátero de municípios dos mais importantes em termos econômicos, demográficos, com potencialidades turísticas, está sendo sempre deixado para depois, devido a pouca ou nenhuma força política da região.
Dentre as diversas belezas e especificidades com que foram contemplados, e cujo potencial será demonstrado na visita da secretária de Turismo estadual junto a uma agenda de propostas, os municípios foram extintos no mapa dos recursos, por enquanto, mas todos esperam que este quadro mude. Recursos para o aeroporto e CAT em Tangará já estavam assegurados, bem como para a infraestrutura beira-rio, em Barras do Bugres. Porém, os municípios precisam ser mostrados e, para tanto, o DS preparou um pequeno roteiro.
TERRAS INDÍGENAS – Grande parte das belezas naturais dos quatro municípios estão em terras indígenas, seguindo desde a etnia Umutina, em Barra, até a Paresi e Haliti, em Sapezal. Há aí a riqueza cultural, diferenciada, além da diversidade do bioma que passa rapidamente do Cerrado para a Floresta Amazônica.
TANGARÁ – Mais de 84 mil habitantes. A 250 Km da capital e  com50 % do território em áreas indígenas, com cachoeiras e rios, que se dividem entre as bacias do Paraguai e Amazônica. Melhor infraestrutura da região e também seu maior município, sendo o 5º maior do estado. Sua hidrografia é dominada pelo Sepotuba, que deságua no Paraguai e Pantanal,mas rios como o Formoso, Sapo, Russo, Juba serpenteiam sobre a terra com quedas das mais belas.
BARRA DO BUGRES - A 160 Km da capital e 80 de Tangará, é o portal para a nossa região específica, onde o encontro das águas do Bugres com o Paraguai recebem o visitante. Com 31 mil habitantes, neste ano, sediará o seu 1º Festival Internacional de Pesca, pois nacionais já se foram muitos, atraindo amantes do esporte de diversas localidades. Além do festival, há história, pois Barra vem dos ciclos econômicos do final século XIX. Logo depois da ponte, a Igreja de Santa Cruz, de 1932, e tem muito mais a ver, provar e sentir em suas ruas centenárias. Além dos Umutina, há também um quilombo,  na comunidade São José do Baixiu.
CAMPO NOVO DO PARECIS – Subindo duas serras, a Tapirapuã e depois, a  do Parecis, a 140 Km de Tangará e 390 de Cuiabá, Campo Novo é a terra das belezas e da fertilidade. Cercada por rios, que já são da bacia Amazônica, e suas cachoeiras imensas, aventura e beleza não faltam, bem como o turismo de negócios, pois soja, girassol e milho-pipoca fazem uma boa base financeira para o município. Rodeado por aldeias, balneários ão o atrativo do final de semana de muitos da região.
SAPEZAL – Finalmente, a última deste quadrilátero de belezas. Cachoeiras, rios e soja em meio a muita terra indígena. É uma terra de promessas e oportunidades, com locais belíssimos e a cerca de 90 Km de Campo Novo, 240 de Tangará e 450 da capital. Nela, os rios que fazem a festa por Campo Novo continuam seu serpentear, como o Papagaio, o Verde, o Sagre. E o Salto Utiariti, entre os dois municípios, 90 m de queda. É de tirar o fôlego.
OUTROS – Com um roteiro desses e com as visitas que virão à região em fevereiro, essas belezas serão lembradas e obras devem ser cobradas pelo secretariado municipal dessas localidades, como recuperação asfáltica, embelezamento de áreas e recursos para outros projetos em infraestrutura e para criação de mão de obra especializada. Afinal, Sapezal que é a mais distante, é mais próxima ainda do que Sinop e, com certeza, com muito mais atrativos. 

Luciana Menoli

Um comentário:

Carol Barufa disse...

Parabéns pela matéria, ainda bem que existem pontos de vista voltados para o bem da nossa região. O sua visão sobre assunto (em especial Sapezal, onde moro)me deixou orgulhosa, mesmo sem os recursos... Abraço.