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sexta-feira, 25 de março de 2011

12 partidos querem disputar a Prefeitura

Pelo menos 25 nomes de 12 partidos são cogitados. Dentre esses, deve sair o próximo prefeito e vice-prefeito de Tangará da Serra

Redação DS

Ano que vem têm eleições para prefeito e vereadores, e as conversações nos bastidores já começaram. Pelo menos 11 siglas possuem nomes e se articulam no sentido de disputarem o Palácio Tangará. Porém, entre “sonhar uma candidatura” e lançar um candidato a prefeito existe o obstáculo das composições políticas. Os namoros dos partidos e lideranças começaram há algum tempo e devem ser intensificados a cada dia que passa.
Atualmente, o DEM conta com os nomes do ex-prefeito Jaime Muraro, do ex-vice-prefeito Fábio Martins Junqueira, do presidente da Câmara Municipal, Miguel Romanhuk, e do empresário Normando Corral. Muraro é o nome mais forte, mesmo assim, por problemas jurídicos que poderiam surgir, o partido poderá optar por outro nome.
Já o grupo de Ladeia, deve permitir que pelo menos seis pessoas, do PR, do PT e de partidos aliados, sonhem com a candidatura, mas no final a escolha deverá ser pelo candidato mais “popular” entre todos. Provavelmente, alguém da mídia televisiva. Não podemos esquecer que, recentemente, o prefeito empenhou grande esforço na candidatura do apresentador de televisão Sílvio Delmondes, do PRB, para deputado estadual.
O PTB se apresenta com o nome do empresário Rubens Jolando como alternativa. Jolando tem trâmite fácil junto a setores do governo do estado, tem bom diálogo com deputados estaduais e federais e com lideranças de quase todos os partidos políticos. Além disso, conta com prestígio da classe empresarial e comercial. Bem relacionado, Jolando representaria uma gestão voltada ao desenvolvimento econômico do município. Além disso, uma das coisas que está credenciando a sua candidatura, é o excelente resultado de sua atuação à frente da Apae de Tangará da Serra.
Já o Partido dos Trabalhadores conta com dois nomes fortes. O PT tem José Jaconias, atualmente vice-prefeito, e Zé Pequeno, que em 2009 governou a cidade por alguns meses enquanto Júlio César e Jaconias estavam afastados. A favor o PT tem o governo da presidenta Dilma Rouseff e contra, tem o desgaste da Gestão Ladeia.
Enquanto isso, o PTN tem como seu principal nome o empresário e pastor evangélico Wagner Gouveia. Junto ao governo do estado, ele tem trânsito livre – seu primo, Edmilson José dos Santos é, inclusive, secretário de estado de Fazenda. Além disso, Gouveia tem boa relação com lideranças do PMDB de Tangará da Serra e com lideranças do PP da capital.
No PMDB são dois os nomes mais fortes. O primeiro, da ex-candidata a prefeita, Azenate Fernandes, e o segundo da empresária Edna Campos. O partido tem nas eleições de 2012 a chance de se utilizar do prestígio do governador Silval Barbosa para conquistar a Prefeitura. Silval recebeu em Tangará da Serra mais de 22 mil votos nas eleições 2010.
Já o PP conta com três nomes. O mais forte é da ex-prefeita Ana Monteiro de Andrade. Dona Ana tem eleitorado fiel entre a população mais carente e é experiente. Além disso, o PP tem o empresário Airto Franchini, que disputou a Assembleia Legislativa em 2010. Uma terceira opção é o secretário municipal de Educação, Nadir Bariviera.
O PSDB tem entre seus filiados o empresário Vander Masson, filho do ex-prefeito Saturnino Masson. Há rumores de que ele seria o nome do partido numa eventual candidatura própria ou numa composição com o Democratas ou outro partido. Não se pode desmerecer a força política de Saturnino, que seria depositada na campanha do filho.
No PRB, o nome em evidência é do empresário e apresentador de televisão Sílvio Delmondes – amigo pessoal do prefeito Júlio César Ladeia. Delmondes não declarou que será candidato e tem se aproximado de outros partidos. Não podemos nos esquecer que, num passado recente, ele também negava a candidatura a deputado, candidatura essa que na hora “H” se concretizou. Outro fato interessante é que, mesmo depois de criticar duramente secretários e o próprio prefeito Júlio César, o apresentador recebeu o apoio do prefeito e de grande parte do secretariado em sua campanha para deputado.
O Partido Verde saiu das eleições 2008 anunciando que teria candidatura própria em 2012. No PV, o nome mais forte é do apresentador de rádio e televisão Sílvio José Sommavilla. Apesar do interesse na independência, o partido faz parte da base aliada do prefeito, inclusive com um secretário, e dificilmente conseguirá deixar a pasta para estar apto a buscar uma composição majoritária. Segundo fonte, o secretário Luiz Alberto teria confidenciado a amigos que, no caso do PV buscar composição com outro grupo que não seja do prefeito Júlio César, ele preferiria desfiliar-se do partido.
No PC do B os nomes mais fortes continuam sendo de Paulo Valdevino Fróio e Edson da Costa Vicente (Edinho). Outra liderança que despontou nas eleições 2008, e que poderia ser indicada pelo partido para uma composição majoritária, é da ex-candidata a vereadora Carla Ferrari.
No PSB, o nome mais forte é do advogado Rogério Silva. Ele chegou a lançar sua candidatura a deputado federal ano passado, mas não se manteve no pleito. Apesar de buscar independência, o PSB seria uma das peças importantes no projeto do prefeito Júlio César e, dificilmente, conseguiria sair da posição de coadjuvante nas eleições 2012.
Partido de situação, o PR vive uma incógnita, diante da possibilidade da eleição de nova diretoria executiva. O objetivo de uma das alas do partido é lançar candidatura própria. Pouca gente acredita que o deputado estadual Wagner Ramos disputaria a Prefeitura – já que, no caso de ser eleito, Tangará perderia seu único representante na Assembleia -, mas há quem aposte nisso. Outros no entanto, acreditam que o PR deverá buscar a filiação de novos quadros e se fortalecer para o pleito. Entre os nomes atualmente filiados, os de maior destaque são de Clóvis Batista, secretário municipal de Planejamento – que confidenciou a amigos que não quer disputar -, do vereador Paulo Porfírio, secretário municipal de Infraestrutura, do secretário municipal de Saúde, Júnior Schleicher, e do superintendente de Governo, Ériko Suares – este último com estreita relação com o apresentador de televisão Sílvio Delmondes.
Há rumores de que Júlio César abortou a ideia de lançar sua esposa Karen Ladeia como candidata a vice ou até a prefeita. Isso não vai acontecer, porque a primeira-dama é impedida pela legislação. O impedimento está na decisão do ano passado do Tribunal Superior Eleitoral, que proibiu que esposas de governadores reeleitos candidatem-se aos cargos de vice ou governadora. A decisão também vale para o caso dos prefeitos e suas esposas. De acordo com a decisão do TSE, Karen Ladeia poderia disputar uma vaga ao Legislativo.
A avaliação do TSE está de acordo parágrafo 7 do artigo 14 da Constituição Federal, que diz que são inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do presidente da República, de governador de estado ou território, do Distrito Federal, de prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
O trecho constitucional também atinge a irmã do prefeito Júlio César, a vereadora Vânia Ladeia. A parlamentar está limitada a disputar apenas a reeleição ao cargo legislativo. Ela também não poderá ser candidata a prefeita – opção que também chegou a ser comentada nos bastidores políticos. Com a candidatura de seus familiares fora de questão, Ladeia agora poderá dedicar-se a outra candidatura.

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