424 professores ficaram no cadastro de reserva da Secretaria
LUCIANA MENOLI/Redação DS
Logo no começo da tarde, os professores inscritos para avaliação de títulos no Teste Seletivo simplificado da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) puderam saber sua classificação no certame, no resultado da contagem de pontos afixada no mural do Centro Cultural ou pela internet, no site da prefeitura municipal de tangará da Serra.
Ao todo foram inscritos 467 professores do dia 18 a 24 de fevereiro, período da apresentação da documentação na Semec. Depois que o resultado foi divulgado, abriu-se o período de recursos, que foram resolvidos, dando continuidade ao processo.
Os aprovados, 43 no total, irão ocupar as vagas remanescentes do Teste Seletivo anterior, administrado e aplicado por uma empresa, que foi questionado junto à Câmara e ao Ministério Público por causa de supostas irregularidades encontradas no Teste Seletivo, questionando inclusive o processo administrativo e licitatório para a contratação do Instituto Cidades. Além desta contestação, constava do documento entregue à Semec, à Câmara e ao MP, a indicação de pelo menos 15 questões que, segundo os manifestantes, estão com respostas erradas ou de duplo sentido, questões fora do contexto de formação ou plagiadas.
A prova teve 50 questões no total e essas questões que são alvo de reclamação, formam 30% do total da prova. Um dos pontos mais debatidos, ainda, foi a do profissional a ser alocado na sala multifuncional com e sem libras, onde as provas para esses profissionais estavam com formulação igual, sem distinguir que um trabalhará com alunos surdos (e tem que conhecer a linguagem de libras) e outro com alunos com déficit de aprendizagem (não sendo obrigatório o conhecimento de libras).
O Teste Seletivo simplificado foi proposto pela Semec com o objetivo de atender aos anseios dos professores, bem como suprir a demanda de vagas que ficaram, principalmente, na Educação Infantil, onde não houve aprovação de nenhum candidato no teste anterior. Hoje à tarde e amanhã, a Semec faz a atribuição de aulas daqueles que foram aprovados. Os demais 424 que se inscreveram e foram classificados conforme sua pontuação, ficam como cadastro de reserva, podendo ser chamados a qualquer momento durante o ano letivo de 2011, segundo informações da chefe do Departamento Pedagógico da Semec, Eude Camargo.
NÚMEROS – Para cada área com vagas abertas, confira o número de aprovados e o de classificados que ficaram no cadastro de reserva: Professor de História – 14 CR; Professor de Matemática com Libras – 1 CR; Professor de Ed. Física (Rural) – 2 CR; Professor de Geografia – 4 CR; Professor de Arte – 1 AP e 1 CR; Intérprete – 1 AP e 2 CR; Professor de Ed. Física (Urbano) – 20 CR; Professor de Matemática – 13 CR; Professor de Ciências Naturais – 15 CR; Sala multifuncional com Libras – 1 AP e 2 CR; ADS – 77 CR; Professor Ed. Infantil/EJA 1º segmento – 5 AP e 31 CR; Professor de Língua Portuguesa e Língua Estrangeira – 59 CR; Sala multifuncional – 3 AP e 7 CR; Professor Anos Iniciais – 17 AP e 93 CR; e, Professor de Educação Infantil – 15 AP e 83 CR.
AULAS – No dia 28 de fevereiro, depois de todas as aulas atribuídas, os professores iniciam suas atividades, sem que tenham passado pela Semana Pedagógica ou, ao menos, tenham conhecimento daquilo que está em andamento em suas respectivas salas. Junto com estes, do último Seletivo, iniciam também, os concursados, que tiveram sua posse homologada nesta semana, e também aqueles que passaram no primeiro Seletivo feito e que corre o risco de ser anulado, se a Justiça assim entender. E, duas semanas depois, as aulas começam, na segunda-feira que vem de fato, pois só haviam começado de direito para dar andamento ao calendário letivo que já vinha atrasado em uma semana.
VAGAS - Mesmo com o início das aulas para as crianças tangaraenses matriculadas nas diversas escolas do município, muitas ainda estão fora da sala de aula. Só na Sílvio Paternez, são 70 na lista de espera. Mesmo número da creche Tia Lina, da Vila Esmeralda, que espera pelas obras em duas salas que eram da Saúde anteriormente e que alocarão 80 aluninhos. Porém, há fila de espera no Antenor Soares, no Ayrton Senna, na Creche SOS... e por aí vai.
A solução que está sendo dada pela Semec, pelo menos aos pais que procuram o Conselho Tutelar para conseguir uma vaga para seus filhos, é colocá-los nas escolas onde há vagas, indiscriminadamente, sem respeitar o ECA que dia que a escola deve ser próxima à residência do aluno e sem olhar a idade da criança.
O DS teve acesso a alguns desses casos, mas um em específico chamou-nos a atenção. Uma mãe que reside no bairro 13 de Maio tentou matricular o filho, de 7 anos, no Sílvio Paternez, que fica próximo à sua casa, na Vila Horizonte. A Semec arrumou uma vaga para a criança (atenção, de apenas 7 anos) na Jonas Lopes, numa extensão que o município tem na Escola Estadual que fica na Vila Goiás, do outro lado da cidade. Ao indagar a Secretaria sobre como levaria o filho até lá, mandaram, de acordo com a mãe que não tem posses, contratar os serviços de uma van de transporte escolar, que custa em média R$ 100, R$ 120 por mês. “Parece que fazem de propósito para dizer que a mãe recusou a vaga”, salientou uma conselheira tutelar, que acompanha o caso.
ÔNIBUS – Bem, mas para solucionar as grandes distâncias das residências às escolas propostas pela Semec, o município foi contemplado com 12 ônibus, sendo que três já chegaram e, segundo a secretária de Educação, Valmíria Oenning, até o final do mês de fevereiro chegariam os outros nove, ou seja, até o dia 28, que será justamente na próxima segunda-feira. Isto solucionará , quem sabe, o problema de transporte desses alunos às escolas que a Semec lhes destinou.
DINHEIRO – De acordo com a secretária ainda, já estariam alocados, desde o ano passado, recursos para a construção de três creches, sendo duas com recursos provenientes do Proinfância e uma com recursos do PAC 2. Nas vistas ao processo pela reportagem do DS, há um pedido ao MEC, dos recursos do FNDE pelo Proinfância, mas não há resposta ou qualquer certificação de que os recursos já estejam alocados. E foi isso que confirmou à reportagem, na tarde de ontem, o secretário municipal de Planejamento, Clóvis Batista. Conforme Batista, existem R$ 3 milhões do orçamento de 2011 reservados para a construção de quatro creches, não só três, mas apenas os recursos do PAC 2 estão garantidos. “Foi o último recurso projetado e parece que é o primeiro e mais certo de sair. Com ele, será feita a creche no San Diego (Jd. Buriti), bem como PSF e o Parque do Figueira, dentre outras obras naquela região”, completou o secretário.
Batista ressaltou, numa breve conversa, que embora os recursos estejam reservados e aprovados em lei na Câmara, no orçamento de 2011, par a a construção de creches, abrindo as vagas necessárias para a Educação Infantil, seu envio ainda é incerto, principalmente, pelo corte de R$ 40 bi em recursos feito pelo governo federal. A novidade fica por conta da quarta creche, que se saírem os recursos, será feita no Residencial Dona Júlia. As outras, ainda, como o DS já publicou anteriormente, serão no Jardim Califórnia e Alto da Boa Vista, que também carecem de vagas, tanto na Educação Infantil quanto no Ensino Fundamental.
Nenhum comentário:
Postar um comentário