O ato inaugural contou com presenças de autoridades do município – como o prefeito Francisco Soares de Medeiros (PT) e a presidente da Câmara, vereadora Marina Gonçalves - e da região, de representantes dos órgãos de segurança pública e do secretário-adjunto de Segurança do estado, Alexandre Bus-tamante.
A cerimônia de inauguração incluiu apresentações culturais, além da entrega de uma viatura para uso do projeto nas atividades da Rede Cidadã, pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
Segundo a coordenadora da Rede Cidadã, Tenente Coronel PM Zózima Dias dos Santos Sales, o objetivo do programa é reduzir os índices de violência a partir do envolvimento das instituições e da valorização da família como ponto de partida. “Tem que ter a participação do poder público e das instituições. Mas tudo começa na família, seja a boa educação, seja a criminalidade. Por isso, vamos às casas onde há problemas de violência. A Rede Cidadã é um programa de governo e nosso objetivo é intervir como Estado e não exclusivamente como polícia”, explicou a oficial, acrescentando que outra meta do programa é incentivar o cidadão a acolher a ideia de que tudo aquilo que perturba a ordem é uma questão de segurança pública.
Zózima informou que Nova Olímpia é um dos 12 municípios que receberão a Rede Cidadã neste primeiro semestre. “O município se interessou, se mobilizou e a partir de hoje passa a contar com o programa”, disse, acrescentando que Tangará da Serra também será contemplada nas próximas semanas.
FAMÍLIA – A importância do envolvimento da família no processo de redução da criminalidade foi um entendimento unânime entre as autoridades presentes no lançamento do programa em Nova Olímpia.
De acordo com a juíza Silvana Ferrer, da Vara da Infância, Adolescência e Juventude da comarca de Barra do Bugres – da qual pertence Nova Olímpia -, a família é a base para a formação da cidadania. Ela lamenta os casos de irresponsabilidade de pais que permitem a aproximação dos filhos com a criminalidade. “Os pais precisam assimilar a responsabilidade. Quem não quer ter responsabilidade com os filhos, que não tenha filho”, disse a magistrada.
O prefeito Francisco Soares de Medeiros também vê a família como a base para a redução dos índices de criminalidade. “As crianças pedem socorro e muitas vezes não são ouvidas na própria família. Todos temos de ter a consciência de que é necessário proteger as crianças e adolescentes do crime”.
Já o secretário adjunto de Segurança, Alexandre Bustamante, disse que a omissão da família é um fator determinante para o estabelecimento da criminalidade. Porém, a omissão do estado como um todo agrava este fator. “A família é omissa e o estado é omisso. E ainda temos o tráfico de drogas que faz parte de um conjunto nocivo à sociedade e amplamente favorável ao crime”, considerou. Neste contexto, Bustamante afirmou que a valorização da família é um passo fundamental para que a prevenção seja colocada em prática. “Cada ação preventiva pode representar uma ou mais pessoas fora da criminalidade”, considerou, completando que esta situação positiva representa a diminuição do custo humano e financeiro para sociedade e para o estado.
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