Mulheres da PM e PJC são homenageadas na Câmara
Na sessão solene em homenagem às mulheres promovida pela Câmara Municipal de Tangará da Serra, duas representantes da área da segurança foram agraciadas com a Moção de Aplausos da Casa pelo seu relevante trabalho junto à sociedade.
Fabiana Gramulha de Andrade, advogada e escrivã da Polícia Judiciária Civil, presta seus serviços nesta corporação junto à Delegacia da Mulher de Tangará, amparando e registrando os diversos casos de violência contra a mulher no município. “Em 2010, foram registrados 159 casos. Desses, apenas 40% foram concluídos com a representação das vítimas. A grande maioria retirou o procedimento antes mesmo dele ir pela primeira vez ao Fórum, ou seja, foi retirado menos de 30 dias após a denúncia. Apenas 35 mulheres solicitaram medidas protetivas de urgência e, dessas, 20 hoje estão morando novamente com seus agressores”, relata a escrivã homenageada, indignada pela situação em que as mulheres vítimas de violência se encontram dentro do município.
A 2ª sargento PM Rosimeire Chagas Major, representou as mulheres da Polícia Militar. No ano passado, ela foi uma das monitoras do Proerd, que é um programa de prevenção às drogas e à violência, que formou mais de 500 pessoas. “Pretendemos estender mais o programa, alcançando mais pessoas”, contou a PM, dizendo que o número reduzido de policiais militares femininas se deve principalmente às dificuldades do teste físico. Nas ruas tangaraenses, a sargento vê e presencia o que Gramulha registra. Além de casos de violência contra a mulher, o tráfico crescente de entorpecentes e crimes a eles relacionados, expondo a sociedade que essas mulheres vêm, diuturnamente, defendendo.
Região marcada: Jovem sofre tentativa de homicídio na esquina da 26 com a 19
Mais uma vez a região da rua 26 com a 19, no Centro tangaraense, é palco de um crime. Na noite da quinta-feira, por volta das 20h20, José Serafim da Silva, 19, foi esfaqueado. O autor dos golpes seria o menor, R.R.C., 17. Segundo testemunhas, o menor estaria acompanhado de mais quatro ou cinco pessoas, que cercaram José. A vítima levou uma facada na axila esquerda, outra na mão e teve cortes superficiais no braço e no pescoço.
Durante o socorro, José conseguiu dar a descrição de seu algoz. Logo depois, encaminhado à UMS pelo Samu, entrou em choque, mas encontra-se estável na Unidade Semi-intensiva do hospital. R. foi detido na manhã de ontem na Vila Horizonte, onde reside, e apontou o local onde teria jogado a faca, que foi encontrada ainda com marcas de sangue. A mãe diz que ele é inocente e que estava em casa no momento do crime, mas o próprio menor confirmou a autoria dos golpes.
PONTO – Há muito se sabe que a 26 é ponto de prostituição e de tráfico. Anteriormente, as negociações eram feitas nas proximidades do Tarumã, mas os bares que serviam a essa espécie de comércio foram fechados, transferindo o ponto crítico para o entorno da rua 19.
Entre as ruas 28, 26 e 24 e a Avenida Brasil e a rua 19, a reportagem do DS verificou pelo menos seis casas que servem à prostituição; e o comércio do corpo atrai o comércio de drogas, com traficantes e usuários à espreita. Isso quando esse comércio não é conjunto.
Na próxima segunda-feira, extingue-se o prazo para a retirada do alvará de funcionamento. Uma saída para desarticular esse ´comércio´ seria a recusa do alvará e posterior fechamento dessas casas, ou ainda, seguir diretamente o exemplo de Diamantino (veja na matéria a seguir), em que ou o Executivo ou o Judiciário tangaraense tem que agir; e isso já foi feito anteriormente. Na gestão Muraro, ele coibiu a proliferação de prostíbulos em áreas residenciais. O resultado é que muitos foram para regiões mais distantes da cidade. Talvez, a repetição desta medida fosse uma solução. “Tem que fechar todos esses prostíbulos que os traficantes somem daqui. É só bagunça, som alto, pouca vergonha e violência. As famílias tangaraenses que moram nessa região não estão tranquilas e faz tempo, desde a entrada do Ladeia na prefeitura. Se nossa cidade tivesse prefeito, quem sabe esse problema já teria sido solucionado”, esbravejou um morador, testemunha da tentativa de homicídio, revoltado com a inércia do poder público em dar cabo a esta questão, permanente e reincidente.
Polícia Civil fecha bares usados para prostituição e tráfico de drogas em Diamantino
LUCIENE OLIVEIRA/Assessoria/PJC-MT
Nove bares do município de Diamantino (208 km a Médio-Norte) tiveram mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Judiciária Civil com apoio da Polícia Militar, na operação ´Afrodite´, realizada no final da tarde desta quinta-feira (10.03). Os locais, segundo levantamentos, são estabelecimentos comerciais de fachada que, na verdade, atuavam como casas de prostituição e pontos de venda de drogas.
Todos os bares fiscalizados foram interditados pela polícia com autorização da Justiça. Oito dos proprietários foram presos por associação ao tráfico de drogas e casa de prostituição. Nenhuma das casas tinha licença ou alvará para funcionamento.
O delegado regional de Diamantino, Wilson Leite, informou que as investigações constataram nas casas, instaladas numa área denominada de ´Zona do Baixo Meretrício´, no bairro Alvorada, a presença de adolescentes sendo aliciadas para a prostituição e exploração sexual. Os pontos, segundo ele, também considerados locais de alto índice de criminalidade e eram investigados em inquéritos policiais abertos depois de apreensão de menores, de drogas, objetos ligados a prática de vários delito e prisão em flagrante de pessoas realizando tráfico de entorpecentes.
A área, conforme a polícia, está voltada à prática de atividades ilícitas das mais variadas ordens, como prostituição, tráfico, brigas, refúgio de foragidos da justiça. Na localidade ocorreram quatro homicídios no mês de janeiro, todos relacionados ao tráfico de drogas.
Investigação - O delegado Municipal de Diamantino, Marcelo Graciano da Silva, presidiu todos os inquéritos, atos infracionais, termos circunstanciados e outros procedimentos que deram origem aos procedimentos. Cinco traficantes foram presos na localidade investigada.
Num dos depoimentos, a mãe de uma adolescente de 17 anos conta que a filha parou de estudar depois que se envolveu com a venda de drogas. A garota foi apreendida várias vezes e conduzida à Delegacia da Polícia Civil. De acordo com mãe, a filha tinha outra amigas menores que frequentavam duas casas de prostituição, na região da ´Zona de Baixo Meretrício´, e que as donas aliciavam menores para venda de drogas.
Os mandados de busca e apreensão e a autorização de interdição dos estabelecimentos foram expedidos pelo juiz Luiz Fernando Voto Kirche.
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