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sexta-feira, 18 de março de 2011

São 200 tipos de HPV: Em Tangará foram constatados 338 casos


Formação do HPV, quando ele vai tomando as células sadias

O vírus pode ser detectado através do Papanicolaou; e, amanhã tem mutirão em todas as unidades de saúde do município

LUCIANA MENOLI/Redação DS

Amanhã, 19, em todas as dez Unidades de Saúde da Família e no Posto Central, a Secretaria Municipal de Saúde promove o mutirão anual de coleta para o exame preventivo de câncer de colo de útero. Toda mulher que inicia sua vida sexual deve fazer anualmente o preventivo, conhecido como Papanicolau, que nada mais é do que a coleta citopatológica, ou seja, é coletado o material das paredes vaginais  (mucosa) para detecção de eventuais doenças e vírus, sendo o HPV um dos tipos mais temidos e encontrados.
De acordo com informações da SMS, através do CTA/SAE, em Tangará da Serra foram constatados, no último ano, 338 casos de HPV (Papiloma Vírus Humano), que é detectado justamente através do preventivo de colo de útero, que detecta também outras doenças venéreas, além do próprio câncer; este por sua vez, detectado em estágio inicial, tem maior facilidade e possibilidade de cura. Daí a importância de se fazer o preventivo anualmente.
Segundo a enfermeira Cláudia Oliveira, coordenadora dos Posto Satélites,  o mutirão tem início às 8h e segue até as 17h, sem parada para almoço. “Terão pelo menos duas equipes em salas diferentes em cada USF, fazendo a coleta para terminar mais rapidamente, evitando filas”, salientou, chamando a atenção para a importância do exame, já que diagnostica precocemente diversas doenças, entre elas o câncer e o HPV, um de seus causadores. Ela ainda lembrou que, a partir de 30 dias após o preventivo, ou seja, por volta do dia 20 de abril, as mulheres podem começar a procurar pelo resultado de seus exames nas unidades em que o fizeram.
SAIBA MAIS SOBRE O HPV - É a sigla em inglês para papiloma vírus humano. Os HPV são vírus da família Papilomaviridae, capazes de provocar lesões de pele ou mucosa. Na maior parte dos casos, as lesões têm crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente.
Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Eles são classificados em de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos.
Estudos no mundo comprovam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, principalmente entre as mulheres mais jovens. Qualquer pessoa infectada com HPV desenvolve anticorpos (que poderão ser detectados no organismo), mas nem sempre estes são suficientemente competentes para eliminar os vírus.
TRANSMISSÃO - A transmissão é por contato direto com a pele infectada. Os HPV genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Também existem estudos que demonstram a presença rara dos vírus na pele, na laringe (cordas vocais) e no esôfago. Já as infecções subclínicas são encontradas no colo do útero. O desenvolvimento de qualquer tipo de lesão clínica ou subclínica em outras regiões do corpo é bastante raro.
As infecções clínicas mais comuns na região genital são as verrugas genitais ou condilomas acuminados, popularmente conhecidas como "crista de galo". Já as lesões subclínicas não apresentam nenhum sintoma, podendo progredir para o câncer do colo do útero caso não sejam tratadas precocemente.
PREVENÇÃO - O uso de preservativo (camisinha) diminui a possibilidade de transmissão na relação sexual (apesar de não evitá-la totalmente). Por isso, sua utilização é recomendada em qualquer tipo de relação sexual, mesmo naquela entre casais estáveis.
DIAGNÓSTICO - As verrugas genitais encontradas no ânus, no pênis, na vulva ou em qualquer área da pele podem ser diagnosticadas pelos exames urológico (pênis), ginecológico (vulva) e dermatológico (pele). Já o diagnóstico subclínico das lesões precursoras do câncer do colo do útero, produzidas pelos papilomavírus, é feito através do exame citopatológico (exame preventivo de Papanicolaou). O diagnóstico é confirmado através de exames laboratoriais de diagnóstico molecular, como o teste de captura híbrida e o PCR. (Com Assessoria)

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