Duas semanas de início do ano letivo nas escolas estaduais e uma temática polêmica já se apresenta: o uniforme. Essa discussão vem há gerações e sempre ganhou pátios e salas de aula. A questão é que o uniforme sempre ganhou a polêmica e segue forte como opção de economia para os pais e de segurança para escolas e estudantes.
Na Escola Estadual 13 de Maio, por exemplo, todos os anos a coordenação promove, no início das aulas, uma reunião geral com os alunos em cada turno para anunciar as regras da escola, dentre elas está a obrigatoriedade do uniforme. “Somos uma instituição de ensino e ensino público e temos a autonomia de determinar algumas coisas. O uniforme é uma delas. O uniforme é a padronização da presença do aluno na escola. Tudo isso não é forma de tortura, passa pelo caminho do pedagógico e já direciona ao ambiente escolar”, explica o professor Sebastian Ramos, que conta que há alguns anos havia o dia liberado de ir sem uniforme (todas as quarta-feiras), porém, muitos abusavam e acabavam por não usar o uniforme em dia nenhum da semana. “Por isso, abolimos o dia livre”, ressalta.
Segundo Sebastian ainda, a grande maioria dos alunos entende a necessidade do uniforme e não se opõe ao traje. Ele conta que o maior problema diz respeito à utilização de saias e shorts curtos demais. Para acabar com a problemática, a escola tomou uma decisão drástica: alunas que trajarem shorts ou saias acima do joelho não entram na escola. “Todos os anos são muitas reclamações das próprias alunas, pelo abuso dos meninos, em olhar ou mexer, então, tivemos que intervir desta forma”, ressalta o professor, alertando os pais para que observem melhor o tipo de roupa que seus filhos estão vestindo para se encaminhar à escola. “Gostaríamos também de uma maior participação dos pais nas reuniões que fazemos, pois todas as regras da escola são repassadas e podem ser discutidas nessas reuniões. Pedimos para que participem mais para entender que aquilo que a escola coloca é visando o benefício de seu aluno e sua segurança dentro e fora da escola”, concluiu.
CARENTES – A 13 de Maio ainda tem a política de ceder camisetas, por intermédio de cotização de professores, a alunos que não tenham condições financeiras de adquirir o uniforme. Ainda, quando há alunos que não estão uniformizados, mas concordam em vestir o traje, a escola tem alguns à disposição para empréstimo naquele dia.
SEGURANÇA – O uniforme identifica o aluno dentro e fora da escola, dando mais segurança a ele e à instituição de ensino, que por vezes é alvo de pessoas que entram nas unidades escolares para praticar agressões, tráfico ou vandalismo. Se há alguém sem uniforme na escola, ela tem meios para distinguir o estranho. Quando fora da escola, os alunos têm fácil identificação e qualquer incidente que possa ocorrer, a localização de sua família é facilitada pelo contato com a escola.
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