LUCIANA MENOLI / Redação DS
As aulas finalmente começaram ontem para as crianças matriculadas na creche do Jardim Paulista, nas proximidades da Vila Goiânia. Mesmo sem mesas ou cadeiras, sem chegar o mobiliário, enfim, a Secretaria Municipal de Educação resolveu iniciar as aulas, pois o ano letivo já estaria com um atraso de 21 dias, já que era para ter iniciado no dia sete de fevereiro, tendo sido postergado para o dia 14 (como no estado).
De acordo com a Semec, o atraso do mobiliário seria devido aos trâmites burocráticos, porém, a Secretaria aguardava que chegassem até ontem, o que não aconteceu. Resultado: as crianças têm que se contentar com o chão e colchões velhos para se acomodar. Não há ainda material de qualquer espécie, bem como armários; nem na coordenação. Os professores, outro motivo dado pela Semec para o atraso no início das aulas, ainda são provisórios, pois os aprovados no Concurso Público ainda não foram homologados.
Outro serviço de qualidade ímpar, foi o feito pela Secretaria de Infraestrutura, que a exemplo da estrada do Bela Vista, jogou terra na rua que passa em frente à creche. Choveu. Barro e atoleiro foram os resultados vistos no lugar dos buracos que estavam naquele local há semanas. A terra só foi colocada também de última hora, não tendo tempo nem de assentar. Até o caminhão da própria prefeitura, que fazia a entrega dos ´colchões´ quase ficou atolado no local.
DESRESPEITO – Por ser um serviço público, por vezes o Poder Público pensa que a população que o utiliza deve ser tratada de qualquer forma, bem como seus filhos. O desrespeito à criança e o serviço público de péssima qualidade pode ser avaliado por qualquer cidadão, pai, mãe, que se deslocar até o Jardim Paulista e observar seus filhos ´jogados´ no chão, sem qualquer consideração do poder público e só para cumprir o calendário da Semec, que conseguiu atrasar em todos as áreas neste ano. A creche do Jardim Atlântida também está com professores provisórios e seu pátio não foi concluído. Os profissionais da educação que trabalham nesses locais, por sua vez, fazem o que podem sem instrumento algum e também são desrespeitados a cada capítulo de concursos, seletivos e como bolinhas de ´pingue-pongue´, sendo jogados a cada momento para um local.
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