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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Caso Zezão: Acusado é solto e família está amedrontada

Na primeira semana de novembro de 2010, a Polícia Judiciária Civil prendeu os acusados pela morte do pecuarista José Soares, o Zezão, durante um assalto na região da Pecuama. Foram presos na época, Wilson Gomes Rodrigues, o ´Nô´, João Ricardo Rodrigues, seu filho, que seria o autor da paulada que vitimou Zezão, Gilmar  Francisco da Silva, conhecido como ´Gil´ ou ´Negão´, Marquinhos, Antônio, o ´Tonho´ e Ananias Lopes dos Santos Júnior. Este último, libertado pelo juiz substituto da Vara Única Criminal, em 17 de dezembro.
Segundo informações da PJC, em julho, mês que aconteceu o crime, o grupo seguiu até a propriedade de Zezão com o intuito de assaltá-lo. Todos estavam encapuzados. Zezão reagiu e conseguiu identificar um dos assaltantes - todos eram ou vizinhos ou conhecidos ou empregados -, foi quando Ricardo lhe atingiu com uma paulada. Por serem próximos de Zezão, conheciam seus hábitos e sabiam que havia recebido dinheiro e que guardava sempre embaixo do colchão. Ele ficou desaparecido  por dias, sendo encontrado na lagoa da Estação de Tratamento de Esgoto, amarrado a uma roda de caminhão.
Com a libertação de Ananias Lopes, a família de Zezão teme por sua vida. Já que o acusado tenta negar em juízo o que contou à polícia. Com sua negação sobre o ocorrido, a família da vítima teme que isso abra um precedente para a libertação de Nô, seu filho e demais cúmplices do latrocínio. “Foi um assassinato com requintes de crueldade. Antes da prisão, Ananias acompanhava as buscas conosco, atrapalhando as investigações. Ele confessou sua participação e agora tenta negar seu envolvimento. Isso pode acarretar na soltura dos demais envolvidos e o Nô já me fez ameaças veladas em meu escritório. Depois, falou para um parente que sairia pela porta da frente da prisão e acabaria com toda a minha família”, denuncia o irmão de Zezão, Jael Soares de Melo.
Ananias foi liberado após o parecer favorável do promotor público, Dr. Mauro Poderoso, pela concessão de liberdade provisória. “O Dr. Mauro Poderoso, que é de Marília (SP), primeiramente, ´esqueceu´ de citar o nome de Ananias, mesmo assim sua prisão preventiva foi decretada. O advogado de defesa é o Dr. Welder Gusmã Jacon, também de Marília, e pediu sua liberdade provisória, que teve o parecer favorável da Promotoria. Desta forma, acusação e defesa pedindo a libertação deste criminoso, não havia como o juiz não homologar e, agora, Ananias está solto. Será que vão fazer isso com o restante dos criminosos que mataram meu irmão? Nós clamamos pela correta aplicação da lei dos homens, pois estamos orando e apresentando nossas autoridades a Deus, para que elas tenham o verdadeiro discernimento e clareza em suas decisões, na esperança que a justiça seja feita”, finalizou Jael, que teme pela sua vida e de seus familiares e está revoltado com a libertação de Ananias.
PROTEÇÃO ÀS VÍTIMAS – O Senado aprovou, no último dia 07, o texto do novo Código de Processo Penal, onde a expectativa das vítimas de violência e seus familiares é grande, pois o Código traz uma incisiva  legislação a respeito de sua proteção. Tendo como relator o senador Renato Casagrande (PSB/ES), o texto em que consta especificamente este assunto, tem por objetivo promover a segurança, a defesa e a justiça àqueles que sofrem diretamente com a execução de um crime, as vítimas (estendendo-se a seus familiares que não deixam de ser vítimas indiretas de um crime).
Com esse novo Código entrando em ação, talvez fique mais difícil a soltura de criminosos e sua atuação junto às suas vítimas. 
LUCIANA MENOLI

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