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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Fotógrafo: O profissional que dá forma à luz

Hoje comemora-se o dia daquele profissional indispensável em nossas festinhas de aniversário, ou para fazer aquela foto do filho do nascer ao se formar, daquele que vem contando a história do mundo desde que a fotografia foi inventada, em 1839. Hoje é dia do fotógrafo.
A fotografia está em toda parte. Revistas, jornais, cartazes, livros, outdoors, videogames e, muitas vezes, até canais de televisão fazem uso da fotografia. Sem falar nos momentos importantes que não passamos sem tirar fotos como nas festas e quando estamos em férias.
Nem todo o fotógrafo é um profissional do mercado. Muitos artistas são fotógrafos e exibem seus trabalhos nas galerias de arte e nos museus. Sebastião Salgado é um exemplo de artista brasileiro, que trabalha com imagens fotográficas. Ficou famoso por registrar garimpeiros em Serra Pelada.
Já os fotógrafos que trabalham no mercado podem se especializar em fotografar produtos ou modelos. As agências, tanto de publicidade quanto de modelos, não dispensam um bom profissional.
É preciso muito estudo e conhecimento para se tornar grande nesta área. A luz por exemplo, é um elemento fundamental que precisa ser tratado com maestria para se obter uma boa fotografia.
Em Tangará da Serra, os primeiros que chegaram por esta terra, registraram o crescimento e a modernização da cidade, que há mais de 20 anos conta com um fotógrafo profissional dos mais antigos no ramo. Badiullah Kaffashi, o Badi, há 35 anos como fotógrafo profissional, formou-se em Istambul, na Turquia, quando ainda morava no Irã. Veio para o Brasil e trabalhou como fotógrafo em Cuiabá, fazendo fotos para cartões-postais que retratavam o Pantanal. “Desde criança gostava de brincar com caixas, fazendo de conta que fotografava. Aos 10 anos, comprei aquelas películas de filme e fiz a primeira apresentação de cinema em casa. Sempre gostei de capturar as imagens”, revela Badi. O fotógrafo ainda diz que, mesmo com o advento da foto digital e de programas como o Phoshop, a fotografia não morreu como arte. “Esses programas são ferramentas que complementam o trabalho do fotógrafo. Corrigem, mas não dão o toque artístico de realidade que só o olhar do fotógrafo pode dar. No momento da fotografia, o fotógrafo faz a leitura e transforma a realidade daquele momento em eternidade. O digital não interfere na criatividade”, poetiza ele, chamando a atenção para a revelação como um documento da existência das pessoas.
Já Ruhullah Mohammad Husseini, que está em Tangará também há 20 anos, diz que o mundo digital tirou um pouco da magia da revelação. “Hoje os funcionários revelam e nem sabem quais os produtos utilizados para se fazer aquilo, pois tudo é feito dentro de uma máquina. Antigamente, a maioria dos fotógrafos revelavam suas fotos e a magia ia se fazendo aos poucos, no registro daquele momento, daquela história, de uma vida”, opina Husseini.
Ele diz ainda que, antes, levava dois anos para treinar um bom fotógrafo e que hoje qualquer adolescente fotografa e modifica a foto, o fundo, fazendo o que quiser com a imagem em programas como o Photoshop. Ele, que aprendeu a profissão com amigos e trabalha na área há 24 anos, diz que a revelação perdeu a qualidade de arte, porém, a fotografia continua ainda sendo uma arte e sua qualidade e expressão depende de quem está por trás da câmera, o fotógrafo. 

LUCIANA MENOLI

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