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segunda-feira, 28 de março de 2011

Ex-miss Tangará atende a chamado da Sala de Memória e entrega parte de suas relíquias

Na sequência, em 1981, nos dias atuais
A Sala guarda fotos, documentos e diversos objetos que contam um pouco da história do município














Com a organizadora da Sala de Memória, ana Cristina Lopes

 
Com um grupo de estudantes e a primeira prefeita tangaraense, Thaís Barbosa, em comemoração à Independência do Brasil:
foto de 1977

LUCIANA MENOLI/Redação DS


São quase 1.300 fotos já catalogada e organizadas e mais um tanto a organizar. E este apenas parte do acervo da Sala de Memória de Tangará da Serra, criada em 2009 pela lei 3103, localizada no Centro Cultural e ligada ao Instituto Histórico e Geográfico do município.
Lá depositada, uma parte da história do município, com peças de povos primitivos da região, acervo fotográfico, os instrumentos odontológicos utilizados por Zé Dentista, pai do vereador Zé Pequeno e primeiro dentista prático da cidade, que doou todas as suas 'ferramentas' de trabalho, além da máquina de fabricar hóstias, doada pelo convento tangaraense. Agora, junta-se a este acervo um pouco das lembranças de uma sul-mato-grossense que se mudou para Tangará quando tinha cerca de 12 anos, tendo participado de diversos momentos dessa rica história, como a emancipação política-administrativa.
Lecimar Fonseca de Souza, Miss Tangará 1981, passados 30 anos, deixou sua faixa de miss, além de fotos dela e de sua mãe, uma das professoras primeiras do município, Lecyr Fonseca de Souza, que lecionou em escolas como Emanuel Pinheiro (a primeira do município) e 29 de Novembro, na Sala de Memória do município, atendendo a um apelo da organizadora do acervo,  Ana Cristina Lopes de Oliveira Moura, da família dos vereadores Jonas Lopes e Daniel Lopes. “Eu prefiro que essas peças estejam aqui, guardadas na memória do município do que estragando em casa; é uma maneira de manter viva a nossa história. Penso que as outras misses e as famílias pioneiras daqui também devem proceder a esta doação. Afinal, contamos, todos os dias, a história de Tangará, esta cidade que ajudamos a construir”, justifica a miss.
Ana Cristina diz que alguns prefeitos doaram álbuns, como Antônio Porfírio, que doou oito, contendo 465 fotos. “Essas coisas, infelizmente, acabam sendo jogadas fora, quando poderiam fazer parte da construção desta história. As fotos, por exemplo, são limpas, catalogadas e identificadas, marcando o tempo de cada acontecimento”, retrata a organizadora, pedindo para que mais tangaraenses tomem como exemplo a doação de Lecimar e façam suas doações. “As fotos, se não quiserem doar, é só emprestar que copiamos e devolvemos”, ressalta.
A MISS – Assim que chegou à Sala de Memória, Lecimar já foi identificando alguns objetos, dizendo que passou pela cadeira do seo Zé Dentista e que ajudava às freiras a fazer hóstias naquela máquina, pois morava atrás do convento. Além da sua faixa de miss e das fotos do evento, Lecimar doou uma foto do corpo de balé do 29 de Novembro, do qual fazia parte (foto de 1979), uma dos formandos do Magistério de 1979, na qual estão presentes sua mãe e a primeira prefeita, Thaís Barbosa, e outra de 1977, onde está junto à prefeita numa comemoração da Independência do Brasil; onde todo este material estava de posse de sua mãe, dona Lecyr.
O ACERVO – Muitos documentos também fazem parte do acervo da Sala, como atas de criação dos partidos, com PMDB e PT (1980 e 1982, respectivamente) figurando como mais antigos, e do primeiro clube de Tangará, onde eram feitos os eventos, a Associação Tangaraense de Esportes Atléticos (de 1970); o Chaparral (mais famoso) só foi criado em 1981. Em meio a documentos, fotos, objetos... lembranças; tudo vale a pena preservar, doar e conferir; é um pedacinho de cada tangaraense exposto ali.

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