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quinta-feira, 31 de março de 2011

Prefeito quer que sociedade veja investigações como mera “briga política”

Tudo seria armação de Muraro, segundo Ladeia

Redação DS

Amigos próximos do prefeito Júlio César Davoli Ladeia estão tentando colocar a população contra as investigações em andamento na Câmara Municipal. O que Ladeia ganharia com isso? Não teria que enfrentar pressão popular e, ainda, poderia conquistar certa simpatia de membros do Judiciário. Para alcançar esse objetivo, os 'ladeístas' têm tentado, com muito esforço, fazer a sociedade acreditar que as investigações são apenas mais um capítulo da briga entre Ladeia e o ex-prefeito Jaime Muraro.
Porém, o argumento não se sustenta quando colocado diante do fato de que as denúncias resultam de investigações da Polícia ou de próprios integrantes de seu governo. A primeira CEI, que  investiga o contrato entre a oscip Idheas e a prefeitura, nasceu de uma ação da Controladoria Geral da União (CGU) e Polícia Federal em Tangará da Serra, onde até um secretário municipal nomeado por Ladeia foi preso.
A segunda investigação, sobre interferências do prefeito a favor de empresas particulares em licitações da prefeitura, nasceu de uma denúncia feita pelo próprio secretário municipal de Fazenda, José Martinho Filho – secretário que só foi notificado de sua demissão após ter feito as denúncias. Mesmo com tantos fatos contra sua fantasiosa teoria de conspiração, Ladeia teima envolver o nome de Muraro.
“Quem está provocando tudo isso é um desafeto político, o Muraro. Ele quer fazer comigo o que aconteceu com ele, mas estou tranquilo, não devo nada e, por isso, não perco nenhum minuto do meu sono”, chegou a afirmar Júlio César a um site da capital, tentando convencer que a intenção da Câmara Municipal nada tem a ver com a busca pela verdade, ou o zelo pela honestidade. Segundo ele, os vereadores – inclusive alguns eleitos na sua própria coligação - estariam sendo manipulados por Muraro.
O último episódio desta perseguição, declarada pelo clã Ladeia, fez-se ecoar nas palavras de sua irmã, a vereadora Vânia Ladeia Trettel, na tribuna da Câmara. Em sua fala, ela acusou o ex-secretário de fazer denúncias infundadas e que isso seria perseguição política. Ao ser vaiada pelo grande público presente à última sessão, segunda-feira (em que foi proposto o afastamento de Ladeia), ela disse que a vaia provinha de alguns 'muraristas' presentes no recinto e recorreu à Presidência do Legislativo para fazer calar os manifestantes, sob pena de serem retirados da Câmara, a 'Casa do Povo'.

Desde os tempos do rádio, Júlio César já usava tática da vitimização

A forma como Ladeia vem se defendendo já é bem conhecida dos tangaraenses. Nas primeiras vezes que usava esse método, de se vitimizar, Júlio César chegou a convencer até mesmo os colegas de imprensa. Atualmente, alguns ainda acreditam, mas não é raro encontrar quem já entendeu seu modus operandi.
Só para citarmos alguns exemplos:
ANTES DE SER PREFEITO - Quando ainda apresentava programa de rádio, Júlio César se disse ameaçado por um grupo criminoso – conhecido na época como Asa Delta. Na ocasião, recebeu inclusive apoio de toda a imprensa e da população. Se alguém o ameaçou ou não, o que importa é que ele ganhou apoio.
AO DEIXAR O RÁDIO – Quando foi demitido de seu programa de rádio, ele chegou a registrar um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia dizendo-se ameaçado. Se houve mesmo a ameaça ninguém sabe, mas ele conquistou comoção geral na cidade – e mais apoio popular.
AO SER ELEITO – Nos dias que antecederam sua posse, Júlio César chegou a anunciar que teria sido novamente ameaçado. Ganhou colete à prova de balas e segurança redobrada para o evento, além de simpatia; até de quem não tinha votado nele.
NO INÍCIO DA GESTÃO – Segundo a assessoria do prefeito, na época, ele teria recebido nova orientação motivada por suposto risco à sua vida. Júlio César teria que dormir em locais diferentes e teria que parar de divulgar sua agenda pública de compromissos, principalmente quando se tratasse de eventos fora da cidade. Nas ruas, as pessoas comentavam “como ele se sacrifica pela cidade”.
TIRO NA CAMINHONETE – Como a caminhonete oficial foi alvejada, até hoje é um mistério. Mas a explicação do prefeito foi a de sempre: foi novamente vítima.
NOTEBOOK SUMIU – O prefeito foi à São Paulo levando um notebook de R$ 9 mil, na época. Voltou sem o aparelho. A resposta? Vítima de novo, agora de um furto.
FURTO DE UM CHEQUE – Júlio César Ladeia viu um cheque com sua assinatura desaparecer do cofre da Prefeitura. O cheque surgiu nas mãos de pessoas envolvidas com crimes, em Cuiabá. A resposta do prefeito? Teria sido vítima novamente. Agora, segundo ele, pessoas com a intenção de prejudicá-lo teriam tirado o cheque da Prefeitura e feito toda uma armação para incriminá-lo.
DEPOIS DA REELEIÇÃO – Alguns adversários políticos estiveram próximos à sua propriedade rural para fotografar seus investimentos em gado. A reação do prefeito? Estava sendo novamente vítima, agora de perseguição, chegando a registrar o caso na Delegacia de Polícia.

Um comentário:

Unknown disse...

Vale a pena ver os absurdos, só quem mora em Tangará da Serra, ou clicando nesses links. Judiciário em Tangará da Serra .... conta outra piada

http://rondonopolisworld.blogspot.com/2011/05/enquanto-judiciario-patina-e-cai-no.html

http://rondonopolisworld.blogspot.com/2011/05/escandalo-da-saude-pedidos-liminares.html

http://juinamais.blogspot.com/2011/04/escandalo-da-saude-rombo-nos-cofres.html

http://juinamais.blogspot.com/2011/05/enquanto-juiz-claudio-roberto-zeni.html