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quinta-feira, 31 de março de 2011

O canteiro virtual de Ladeia

Obras, obras e mais obras; é o que promete Ladeia até o final de sua gestão

LUCIANA MENOLI/Redação DS

Tangará vive momentos de euforia. Tudo isso, devido aos diversos anúncios de obras e ações do governo municipal na cidade. Se as promessas se cumprirem, os cidadãos tangaraenses ficarão impedidos de trafegar praticamente em todas as vias da cidade, dada a enormidade do canteiro de edificações lançadas, que incluem desde a Lions Internacional até a Unemat e desde a Unidade Mista até o San Diego, cruzando a cidade em seus quatro cantos, fora o que pode ser feito ainda na zona rural.
E a lista de obras e ações do Executivo é vasta, porém, por enquanto apenas virtual. Segundo a programação para o biênio 2011/2012 da prefeitura, serão milhões em investimentos, provenientes do estado e da União, de convênios, PAC II, enfim, recursos não vão faltar, mas será que já estão garantidos?
Segundo as próprias palavras do prefeito, Júlio César Davoli Ladeia, ao final de seu mandato, em 2012, a população tangaraense lhe dará 95% de aprovação pela obras que deixou no município.
Neste ínterim, acompanhem o planejamento, estão previstas as seguintes obras e ações:
Recapeamento de avenidas e ruas centrais de Tangará da Serra;
Recapeamento das ruas na Vila Esmeralda;
Construção de ponte sobre o Córrego Araputanga, ligando a Tancredo Neves ao Bela Vista;
Drenagem e asfaltamento do Morada do Sol;
Drenagem e asfaltamento do Bela Vista;
Asfaltamento da duplicação da Av. Tancredo Neves;
Drenagem e asfaltamento da Av. das Amoreiras;
Asfaltamento de ruas no Jardim Califórnia;
Construção de quatro novos centros de educação infantil;
Urbanização do Jardim San Diego, com construção do Parque Linear do Córrego Figueira, trazendo diversos benefícios em infraestrutura e sociais aos tangaraenses daquela área;
Obras de revitalização do Bosque Municipal, incluindo a solução de problemas do seu entorno;
Recuperação de estradas vicinais com a construção de pontes e colocação de bueiros;
Término das obras da Unidade Mista de Saúde, com expansão de leitos, UTI e Centro Cirúrgico;
Reforma completa no Posto de Saúde Central, com ampliação e modernização;
Padronização das Unidades de Saúde da Família e construção de mais três, pelo menos;
Construção do Hospital Regional;
Construção da cobertura da Feira da Vila Alta;
Término da Praça da Vila Horizonte;
Término das obras do Memorial do Pioneiros;
Construção do Centro de Atendimento ao Turista;
Reforma e ampliação do aeroporto de Tangará;
Término das obras na Lions Internacional;
Duplicação do trecho entre Vila Goiás e Unemat;
Construção do Centro de Eventos;
Construção do novo Terminal Rodoviário;
Obras de saneamento em diversas localidades, com ampliação da rede coletora de esgoto, estações elevatórias e da estação de tratamento de esgoto;
Investimentos no abastecimento de água, em captação do córrego Ararão, incluindo adutora de água bruta, tratamento, adutora de água tratada, reservatórios e booster (abastecimento);
Mais nove ônibus escolares provenientes do governo estadual;
Criação de Zona Azul de estacionamento e término da reforma no trânsito;
E, por fim, a construção do novo Centro Administrativo.
Dada a importância de tantas obras no município e decorridos já mais de seis anos de mandato, quatro do primeiro e dois do segundo, em que nada foi feito, a administração municipal agora corre contra o tempo para obter os tais 95% de aprovação.
POR FAZER – Essas obras, contudo, ainda estão somente no projeto, esperando os milhões em verba requerida junto aos governos estadual e federal; o que não é uma garantia, já que outras prioridades podem surgir e tirar todo esse clima de positividade do Executivo municipal. Logicamente, também, há uma parcela de recursos próprios do município, insuficientes, porém, para cumprir a maioria desta longa jornada.
As obras já iniciadas são uma outra conversa. E podemos pegar como exemplo três obras, as mais atuais. A primeira, que começou primeiro, diríamos,  foi a obra do 'Memorial dos Pioneiros', que começou a ser construído em 2008, ficou paralisada e recomeçou recentemente, em janeiro deste ano. Sua conclusão está programada para o mês de abril. Se levaram tanto tempo para, ainda, não concluir um pequeno memorial, imaginem uma obra vultuosa, que tem o sobrenome do PAC II, como o Parque Linear do Córrego Figueira e toda a formação estrutural em suas adjacências, com a urbanização completa do San Diego.
Em sequência, as obras de reforma e ampliação da Unidade Mista de Saúde. Completamente envolvidas no 'Escândalo da Saúde', já que ficaram paralisadas por quatro meses, por causa da não-entrega do projeto de forma correta e do desconhecimento completo dos padrões da obra por órgãos estaduais, já que nada havia sido apresentado pelo então secretário Mário Lemos, seguem agora em ritmo de tartaruga. Informações dos locais dão conta de que, enquanto seriam necessários 12 ou 13 operários para o bom andamento da obra, três ou quatro trabalham diariamente. Enquanto isso, o município tem que repassar, através de verbas do SUS, os recursos para que um hospital particular cumpra o serviço público municipal no atendimento em UTI e cirurgias. À obra 'novelesca' da UMS, foi dado o prazo até o mês de setembro, pelo atual secretário de Saúde, Júnior Schleicher, que assumiu na turbulência do 'Escândalo da Saúde', ocasião em que Lemos foi preso, ficando Hélio Márcio como interino.
Diante da paralisação, atraso e operação tartaruga na UMS, que acabam por deixar de atender a população na área da saúde, como e quando virá o tal Hospital Regional? Teve até o boato de o o HR seria instalado na UMS, que não tem as mínimas condições de receber a demanda dos município vizinhos. O município, no ano passado, ainda recusou um UPA do governo federal por não ter como arcar com os custos. A reforma do Posto do Shangri-lá demorou meses; como até o final de 2012, padronizar mais nove e ainda construir outros três e, praticamente, reconstruir o Central? Será um trabalho hercúleo...
Em terceiro, por serem mais recentes, vêm as obras de drenagem, esgoto e pavimentação e sinalização nas ruas do Jardim Califórnia. As galerias que teriam término previsto para fevereiro, ainda não foram concluídas e os montes de terra deixados no local fizeram incomodar moradores e impedir o tráfego na região, que já é difícil. Iniciadas no mês de janeiro, tem 90 dias para o término, ou seja, meados de abril, também.
E, enquanto o Executivo faz seus plano mirabolantes, seus projetos entusiásticos (e veja que são quase 30 ações), o prazo corre sem que as obras há muito iniciadas sejam concluídas. Espelhem-se na obra da Lions Internacional; outra novela. O trânsito e sua reforma, ainda não terminou. Vão implantar Zona Azul sendo que não há nem lugar, assegurado por lei, para estacionamento de deficientes e idosos; a sinalização das ruas e os quebra-molas são um caso a parte.
E ainda, as crateras que se proliferam por toda a cidade. A prefeitura promete asfaltar, vários bairros, recapear ruas e avenidas, mas quem mora em locais como a Vila Esmeralda e o Jardim Europa sabe a qualidade do asfaltamento que esses bairros receberam.
Mediante uma grande quantidade de obras, apenas virtuais, lançadas por essa gestão para os menos de dois anos que lhe restam no poder, a pergunta que fica é: E as obras dos seis anos anteriores, cadê? Enquanto isso, o que a população vê, e muito, ao invés de diversas obras e ações firmes pra fazer Tangará andar para frente, é o brotamento de denúncias, muitas denúncias e um aumento espoliativo nos valores de seu IPTU. E os 95%...

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