Redação DS
“O Júlio já contava com gente do PDT, PSB, PV, PT e do próprio PR, além do pequeno PSDC. E não podemos nos esquecer que o prefeito vem buscando se aproximar da turma do PMDB, que inclusive já teve dois secretários - Mário Lemos e João Negão”, conta.
Do outro lado, o apresentador Sílvio Delmondes, do PRB, estaria fazendo sua parte que consistiria em se afastar momentaneamente de Júlio César e se aproximar da oposição. Ele tem buscado criar vínculos principalmente com dirigentes do PTB e do DEM – partidos que, segundo a fonte, o prefeito teria avaliado como os que representarão maiores riscos ao seu projeto de eleger um sucessor.
“Se conseguir manter ou até melhorar essa articulação política, Ladeia poderá, nas próximas eleições, lançar o Delmondes com chances reais de vitória”, argumenta a fonte. Já a candidata a vice, sairia de um dos partidos aliados, provavelmente do PMDB. “Seria a única forma de amarrar o PMDB na composição, uma vez que o partido do governador não aceitaria ficar totalmente de fora. O partido poderia indicar Azenate Fernandes ou Edna Campos”, diz.
As viúvas projetadas nesse processo seriam o DEM, que ao chegar próximo das eleições 2012 perceberia que a oposição se esfacelou, e o PT, que seria obrigado a lançar candidatura própria, neste caso Zé Pequeno. Como DEM e PT são como água e óleo, na avaliação de pessoas entendidas em 'ladeísmo', as forças se anulariam e a vitória estaria garantida ao grupão do prefeito.
Outros partidos como o PC do B, PRP, PSC e PTN receberiam um convite para participarem do chapão – mas com o compromisso de só receberem cargos no primeiro escalão (secretaria), caso consigam eleger ao menos um vereador. No caso de só participarem sem eleger vereador, teriam que se contentar com cargos subordinados.
PROBLEMA – De acordo com a fonte, o primeiro grande problema do projeto do prefeito teria começado há alguns dias. Dois republicanos – representantes de alas diferentes do partido – teriam se estranhado nos corredores da Prefeitura numa discussão a respeito da direção do PR em Tangará da Serra. Um dos motivos é que parte do partido tem intenção de lançar candidatura própria ano que vem e não quer seguir de forma a apoiar uma candidatura de outro partido (como, segundo a fonte, estaria nos projetos de Júlio César). Para contornar a crise, a ala rival teria recebido alguns cargos de segundo escalão na estrutura da Prefeitura. Mesmo assim, o fantasma da perda da direção do PR ainda estaria assombrando o grupo de Júlio César.
PSD seria alternativa de Ladeia
Caso perca a direção do Partido da República, o prefeito Júlio César estaria com tudo pronto para migrar para o recém-criado PSD – Partido Social Democrático. A sigla foi criada em nível nacional pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. O novo partido seria uma solução para o caso de vereadores que estejam interessados em migrar para a base de sustentação de Ladeia, na Câmara Municipal.
A legislação brasileira autoriza a mudança de partido para uma sigla recém- criada – como o PSD, por exemplo – sem que o parlamentar (deputado ou vereador) perca seu mandato legislativo. De acordo com a fonte, os vereadores Celso Ferreira e Haroldo Lima, atualmente do DEM, seriam convidados. E outros vereadores também poderiam receber convites.
Delmondes teria cobrado prefeito sobre suposta candidatura de Karen
Segundo a fonte, o prefeito teria recebido um ultimato de seu amigo pessoal Sílvio Delmondes. O apresentador de televisão teria ficado irritado com rumores de que Júlio César lançaria sua esposa Karen Ladeia ao Palácio Tangará. Em resposta, o prefeito teria garantido que isso não vai acontecer, até mesmo porque a legislação não permite.
A primeira-dama é impedida pela legislação. O impedimento está na decisão do ano passado do Tribunal Superior Eleitoral, que proibiu que esposas de governadores reeleitos candidatem-se aos cargos de vice ou governadora. A decisão também vale para o caso dos prefeitos e suas esposas. De acordo com a decisão do TSE, Karen Ladeia poderia disputar uma vaga ao Legislativo.
A avaliação do TSE está de acordo parágrafo 7 do artigo 14 da Constituição Federal, que diz que são inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do presidente da República, de governador de estado ou território, do Distrito Federal, de prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
O trecho constitucional também atinge a irmã do prefeito Júlio César, a vereadora Vânia Ladeia. A parlamentar está limitada a disputar apenas a reeleição ao cargo legislativo. Ela também não poderá ser candidata a prefeita. Com a candidatura de seus familiares fora de questão, o amigo pessoal do prefeito teria se acalmado.
A primeira-dama é impedida pela legislação. O impedimento está na decisão do ano passado do Tribunal Superior Eleitoral, que proibiu que esposas de governadores reeleitos candidatem-se aos cargos de vice ou governadora. A decisão também vale para o caso dos prefeitos e suas esposas. De acordo com a decisão do TSE, Karen Ladeia poderia disputar uma vaga ao Legislativo.
A avaliação do TSE está de acordo parágrafo 7 do artigo 14 da Constituição Federal, que diz que são inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do presidente da República, de governador de estado ou território, do Distrito Federal, de prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
O trecho constitucional também atinge a irmã do prefeito Júlio César, a vereadora Vânia Ladeia. A parlamentar está limitada a disputar apenas a reeleição ao cargo legislativo. Ela também não poderá ser candidata a prefeita. Com a candidatura de seus familiares fora de questão, o amigo pessoal do prefeito teria se acalmado.
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