A vizinhança da Escola Estadual Emanuel Pinheiro está se sentindo incomodada com a quantidade de caminhões e caminhonetes, principalmente, de frete que param naquelas imediações, no aguardo de clientes. Até o início deste ano, os veículos de frete, bem como carroceiros, ficavam estacionados no entorno do Posto Central. A Prefeitura retirou-os de lá, transferindo os carroceiros para a parte localizada atrás do Bosque Municipal, numa de suas laterais, porém a situação dos caminhoneiros não ficou definida. Foi quando eles decidiram por ficar estacionados ao lado e na frente do Emanuel Pinheiro. Hoje, eles são em número de sete, onde quatro ficam estacionados em frente e três, ao lado.
A questão foi tema de debates no ano passado, mas ainda não foi resolvida. A Prefeitura quer fazer um local apropriado para todos os profissionais que trabalham com serviço de frete, mas estes discordam da forma. Segundo eles, muitos seriam prejudicados por desavenças dentro do próprio grupo e também pela possível localização dos veículos. Atualmente, eles estão espalhados pela cidade, em locais como a Feira do Produtor, a Praça da Matriz e a Escola Emanuel Pinheiro, por exemplo, trabalhando sem cadastro, ou seja, irregularmente.
A vizinhança da escola também questionou à respeito dos quiosques de salgados e frutas, porém, a eles foi dada a autorização e todos possuem alvará. Uma perua Kombi é outra reclamação, já que está há meses estacionada no local, esperando ser vendida. “Ladrões, traficantes e drogados se escondem atrás do veículo e perturbam os comerciantes e pessoas que passam no local”, acusa um empresário.
RESOLUÇÃO – Esses transportadores, que sobrevivem de pequenos fretes, dependem de uma resolução do Executivo Municipal para sair da irregularidade. São vários os que possuem placa cinza e, para qualquer veículo de transporte,seja de carga ou pessoas, é exigida a placa vermelha. Além disso, eles não possuem registro e não há recolhimento de taxa pela Prefeitura. A reportagem do DS procurou nos últimos dias, a Superintendência de Transportes Aéreos e Viários e a Guarda Municipal de Trânsito, que realizou as últimas negociações, para saber do andamento do caso, mas não conseguiu entrar em contato.
Conversamos com Seu Nelson, o motorista de uma caminhonete que faz ponto no Emanuel Pinheiro, e ele nos revelou que todos esperam pela regularização da situação. “Se tivermos taxa pra pagar, pagamos. Se é para mudar de placa, mudamos. Só não queremos ser removidos para um ponto só, independentemente do local, pois isso nos prejudicaria e até arriscaríamos a própria vida e, prefiro deixar de fazer esse serviço, a perder minha vida. Tenho pouca instrução, como vários de meus companheiros de profissão. Só queremos uma solução para continuar trabalhando honestamente e regularizados”, diz.
LUCIANA MENOLI
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